O Vulcão Mayon - E as Pessoas que Vivem Perto





   GOSTARIA de viver perto de uma bomba-relógio? Uma bomba que não tem hora certa para explodir, e para liberar uma fúria comparável a uma bomba atômica? 
  “Que tipo de gente maluca faria isso?" Você se perguntaria. Incrivelmente, milhares de pessoas, que povoam vilarejos ao redor do majestoso vulcão Mayon, estão nessa situação.
   Nessa região, em Bicol, nas Filipinas, a paisagem de ilha de Luzón é dominada por uma grande montanha, incrivelmente simétrica. Mas esta beleza pitoresca foi forjada por eventos assustadores!
   Mas essa bomba não explode sem antes começarem seus "tick-tacks"... a última vez que o vulcão entrou em erupção foi no ano passado, em 25 de Janeiro de 2018. 
   Mas ainda no dia 13, o Mayon começou a expelir vapor e uma pluma de cinzas subiu a 2500 metros. No dia seguinte registrou-se mais erupções de cinzas e um leve brilho era observado no cume do Mayon; isso era um péssimo sinal, significava que a lava estava chegando. No dia 16, fluxos de lava chegaram nas proximidade da cidadezinha de Albay, que foi então incluída na zona de perigo e um Estado de Calamidade foi decretado.
   Uma coluna de cinzas atingiu 3 quilômetros de altura, por volta das 12:45pm do dia 22. As atividades em todas as escolas de Albay foram suspensas. À noite bombas de lava e queda de rochas podiam ser observados. Lava começou a ser derramada pelo vulcão no dia seguinte e era possível ouvir os sons de um Armagedom iminente. A zona de perigo foi expandida para um raio de nove quilômetros. As erupções do vulcão tiveram seu clímax em 25 de janeiro, quando um espetáculo nefasto e piroclástico podia ser visto mais vívido durante a noite. 
   Felizmente, não houve vítimas, uma vez que a população respeitou a zona de perigo e se manteve alerta. Em março a atividade do vulcão já indicava declínio, embora as cidades ao redor se mantiveram alertas durante todo o ano.

   Sempre Atentos aos Sinais

   Uma vez que os especialistas fazem teste de acidez na água e outras experiências avançadas para monitorar o vulcão, os mais antigos preferem observar o comportamento dos animais, que há muito se sabe que pressentem as erupções. 
   O Mayon faz fanfarra às vezes mas, não sendo observados os verdadeiros sinais de perigo, como a mudança no comportamento dos porcos selvagens da região, os moradores não encontram motivos para se preocuparem.
   Uma mulher de nome Mayona, que vive na região, traz em seu nome o lembrete de que o vulcão não está dormente. Ela teria nascido durante uma erupção do Mayon em 1968. Na época, houve a precaução de evacuação da área, e os moradores, abrigados em retiros a uma distância segura, só podiam se perguntar se veriam suas casas de pé novamente.

  Quando o Vulcão Ceifou Vidas

  Nem sempre as erupções do Mayon resultam em aventuras excitantes para contar. Ás vezes o vulcão ajusta seu relógio para soar poucos tick-tacks e pegar todos de surpresa. 

As ruínas da Igreja de Cagasawa, antes de sua fachada cair, isto é, antes de 1960.


  Em 1 de fevereiro de 1814, Mayon bombardeou a cidade de Cagsawa com piroclastos (lava solidificada). Cinzas chegaram a se acumular a até nove metros no solo da região! Árvores foram queimadas, rios totalmente desfigurados.
   A ruína mais icônica poupada pela fúria de Mayon neste dia, certamente, é a igreja de Cagsawa. Atualmente, somente o campanário da igreja (que se junta à torre de Pisa como campanários icônicos) sobrevive para lembrar a população da letalidade da sua bela montanha, que neste dia ceifou 1200 vidas humanas!

O campanário da Igreja de Cagasawa, que ainda se mantém de pé. Por Tomas Tam.


   Talvez seja por isso, que, apesar das erupções constantes manterem a ilha fértil e paradisíaca, os moradores voltam para as suas casas sempre olhando de soslaio para o seu belo vulcão. 

      E aí, gostaram de ler a história de mais este lugar incrível do mundo? Porque você não sugere nos comentários outro lugar épico da terra para virar um artigo e para conversarmos sobre ele aqui no Histórias de Mistérios?

  

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