Afinal, Joanna, a Louca... era louca?

   Joanna, a Louca... talvez seja assim que você tenha ouvido falar dessa personalidade histórica obscura. Mas estudar história está longe de ser como é feito na escola - sentar e ouvir alguém nos contar a história. Aprendemos muito errado na escola. Estudar história é questionar e investigar - sejas tu o teu próprio historiador!
   Joanna de Castela foi realmente algum tipo de deficiente mental, tal qual encontraríamos hoje confinado em um manicômio? Para descobrirmos teremos que desbravar o passado; não como historiadores pragmáticos, mas como românticos aventureiros do tempo! E onde está a máquina do tempo? Imaginação - guiada por fatos históricos, é claro.
    Mulheres, vistam o seu melhor chapéu de cone, e homens, arrumem um tabardo, porque iremos para a época medieval investigar a vida de Joanna de Castela, a rainha louca.


A Espanha Medieval


   Voltamos no final do século XV, por volta de 1490 a. D. Não existia ainda uma "Espanha" nessa época. Na realidade a região que hoje é a Espanha, Portugal e partes da França, era nesta época chamada algumas vezes de Hispania, nome que o romanos deram a região da Península Ibérica.
   A Península Ibérica, na época, era dividida em várias nações menores; países que nos soam estranhos, pois dificilmente fazem parte do conteúdo escolar. Países como Castela, Leão, Aragão, Granada e outros. Portugal também já existia na época, e já rivalizava os mares com as coroas vizinhas.
   A ambição de consolidar toda a Península Ibérica em um único cetro, certamente, já existia entre o reis dessas nações. Realmente tentavam isso por meio de casamentos entre herdeiros de reinos diferentes. Isso resultou em vários reis e rainhas desses diversos reinos, serem parentes. O que não se conseguia conquistar com casamentos se conquistava ao fio da espada. Castela e Leão, na época, já funcionavam como uma única nação. E a rainha de Castela e Leão, Isabel I casou-se com o herdeiro do reino de Aragão, que era seu primo de segundo grau, inclusive.
   Nesse momento, em 1490, boa parte do que seria a Espanha hoje, Castela, Leão e Aragão, já está consolidada em um único governo real, formado pelo casal Isabel I e Fernando II.

O Castelo dos Reis Cristãos, Córdoba. por Francisco José Moreno.

  Neste cenário político estamos na cidade de Córdoba. Peço que misturem-se na multidão. Estamos caminhando por largas ruas de terra, ladeadas por propriedades envoltas por muros rústicos, alguma tabernas e comércios diversos. Os aldeões, na deles, passeando com suas mercadorias e jumentos, podem nos informar dos detalhes. Eles falam idiomas já bem parecidos ao português ou ao espanhol; respectivamente, o Galego ou o Leonês e o Casteliano.
   Embora Córdoba não seja a capital de Castela e Leão, logo ficamos sabendo que o rei e a rainha estão instalados aqui, no Castelo dos Reis Cristãos, uma suntuosa fortaleza real na cidade. Eles pretendem conquistar o reino muçulmano de Granada, que fica ao sul da cidade, desta vez pelo fio da espada.
   É possível ver ao sul da cidade a luxuosa fortaleza. Magníficas torres ao tom da areia. Grande parte da arquitetura de Córdoba, inclusive o Castelo, é arquitetura islâmica, visto que fora uma cidade conquistada dos muçulmanos séculos atrás. As igrejas católicas da cidade são, na verdade, mesquitas. Aqui o tom das construções é rústico e arenoso, como uma cidade no deserto. De fato, os verões mais quentes do mediterrâneo acontecem aqui, chegando a tórridos 46 graus, tendo um clima bastante árido também.
   Conforme nos aproximamos do castelo, para obter mais detalhes, vemos alguém sair apressado pelos portões do Castelo! É Cristovão Colombo, que veio pedir financiamento para as suas viagens. Não viemos para o século XV para conhecê-lo, mas sua aparição é uma agradável coincidência, que demonstra a ânsia desse casal de reis por desbravar novos territórios. Colombo partirá daqui para a cidade portuária de Palos, e dentro em breve chegará na América, com a desculpa de que estava "procurando um novo caminho para as Índias."
   Mas, vamos ao trabalho, nosso objetivo é saber mais sobre Joanna, uma princesinha no momento, filha de Fernando II e Isabel I.


Uma princesa com um sombrio parentesco 


   Agora vamos buscar mais informações na loja de livros de Córdoba. O mercador de livros é conhecido como um grande contador de histórias sobre a nobreza. Ele não nos conta muito sobre Joanna, mas nos vem com uma história macabra sobre a avó dela, Isabel de Portugal.
   Isabel de Portugal era a rainha de Castela a duas gerações de reis atrás. Seu marido, o rei João II, era viúvo e tinha um conselheiro de muita confiança, Álvaro de Luna. A influência de Álvaro de Luna nas decisões do rei superava a influência da rainha, portanto tornou-se um rival. Dizem que de Luna chegou ao ponto de limitar as noites em que o rei e a rainha dormiam juntos, supostamente para manter sua influência sobre o rei.
   A influência incomum que de Luna tinha sobre o rei ocasionou tentativas de derrubá-lo desse posto. Um dos que tentaram foi Alfonso Pérez de Vivero, que de Luna simplesmente o defenestrou (jogou pela janela), matando-o. 
   A esta altura a rainha Isabel de Portugal cuidava da filha que teve com João II, Isabel I (futura mãe de Joanna). Ela temia que Álvaro de Luna pudesse envenenar a filha, assim como suspeitava que ele teria envenenado a anterior esposa do rei, Maria de Aragão. Isabel pediu ao esposo que Álvaro de Luna fosse julgado pela morte de Perez de Vivero. O rei deu ouvidos à sua esposa e de Luna foi preso, julgado e executado por assassinato.
   O rei, que gostava de seu conselheiro, definhou após esse evento, o que debilitou sua saúde e causou sua fatalidade em 1854. Henrique IV, o herdeiro do trono, filho de João II com sua primeira esposa, assumiu o governo e enviou Isabel e seus meios-irmãos (Isabel I e o bebê Alfonso) para o castelo da vila de Arévalo, onde a manteve em dificuldade privando-lhe de parte de seus direitos financeiros.
   A saúde mental de Isabela de Portugal foi piorando nesse quase-exílio em que fora deixada. No climax de sua loucura, era vista perambulando pelo castelo discutindo com o falecido Álvaro de Luna, que lhe assombrava, senão vindo do mundo dos mortos, ao menos vindo do mundo da mente perturbada da pobre senhora.
  Enquanto isso, o rei Henrique IV, enfrentava uma crise política. Sua esposa teria dado a luz sua herdeira, Joana de Trastámara. Mas parecia óbvio para a nobreza que tal herdeira seria ilegítima, fruto de um caso da rainha com o conselheiro do rei, Bertrán de la Cueva. De fato, a princesa foi apelidada de A Bertraneja, em referência ao alegado amante da rainha.
   Henrique IV não queria admitir tal desonra e declarar bastarda sua filha. 
  Por outro lado, os rebeldes queriam destronar Henrique IV; chegando ao ponto de realizar, em Ávila, uma cerimônia de nomeação do jovem Alfonso como o novo rei, ainda com 12 anos. Mas o povo não reconheceu a cerimônia, que ficou conhecida como a "Farsa de Ávila"; pior que isso, Alfonso morreu de forma suspeita um ano depois, em 1468.
    Henrique IV morreu, em 1474, sem que ficasse bem definida essa questão da herança ao trono.
   Havia vazio apenas um trono... não havia espaço para duas herdeiras a ele. Com a morte do jovem Alfonso, seria Isabel I, meia-irmã do falecido Henrique IV ou Joana, filha do rei, que todos acreditavam que seria ilegítima, a Bertraneja. Castela e Aragão apoiaram Isabel, Portugal e França apoiaram Joana. As peças estavam posicionadas para um confronto pelo trono de Castela e Leão.
   O lado de Isabel I venceu o confronto e ela se tornou rainha por direito, junto com seu marido Fernando II, que também havia acabado de herdar o trono de Aragão. Seu marido era Fernando II em Castela e Fernando V em Aragão e, além de governar Aragão, ele também ajudou a esposa a governar Castela e Leão. Assim, acabou sendo unida as coroas de Aragão e Castela e Leão.
   A rainha Isabel I logo conquistou a lealdade de seu povo, com a força de sua vontade, iniciativa e caráter, tornando-se uma das rainhas mais queridas de Castela e Leão. 
   Em Toledo, capital de Castela, no mesmo ano de sua posse, Isabel teria dado à luz Joanna, segundo rumores, quase sem dores. Mas Joanna não seria a primogênita, Isabel já tinha dado à luz Isabela e João.
   O livreiro nos conta que Joanna é muito bem educada pois sua mãe Isabel é uma entusiasta da erudição. A princesa Joanna é educada em artes, música, latim, francês, etiqueta, religião, linguística, história, genealogia, direito civil, matemática, filosofia... uma de suas tutoras é ninguém menos que Beatriz Galindo. Também foi treinada em costura, hipismo e até caça e falcoaria! A instrução que Joanna recebeu, bem como seus irmãos, era ainda melhor que o da sua própria mãe, a rainha, embora ninguém esperasse que Joanna herdasse o trono de Castela e Leão.
   Vimos até agora, na nossa expedição temporal, que não parecia haver nada de errado com a saúde mental de Joanna de Castela e que sua avó é que manifestara realmente sinais de debilidade mental. 
   Não há mais, em 1490, nenhuma informação que possamos extrair que nos ajude a entender esse mistério histórico. 
   Teremos que sair de Córdoba. É hora de alugarmos algumas mulas e fazermos uma viagem pela estrada poeirenta dessa península medieval. 
   O destino da nossa viajem é agora a cidade de Lier, nos Países Baixos. Enquanto viajamos, deveremos também ajustar os nossos relógios temporais para daqui a seis anos. O que estaria acontecendo tão longe, mesmo fora de Castela, em 1496?


Uma Princesa Apaixonada


   Isabel I e Fernando II ainda reinavam Castela e Leão. Granada... havia sido engolida pelas forças militares de Fernando II. Agora o poderoso casal já tem um território na península quase tão grande quanto a Espanha atual, além das colônias em outros continentes.
   Lier é muito diferente de Córdoba, o rio Nete simplesmente envolve toda a cidade e também corta-a ao meio. A água fluvial se faz muito presente em Lier, quase uma Veneza. Não poderia haver, na época, lugar mais romântico para ocorrer um casamento. Um evento luxuoso e uma noiva jovem em um vestido digno da rainha que ela não era. O noivo é o Duque de Borgonha, Filipe. 
   Mas isso era tudo o que era bonito nesse evento. É um casamento meramente político, previsto em uma aliança da família do noivo com a casa casteliana de Trastámara, cuja linhagem lhe indicava Joanna como esposa. 
   Era meramente político para o duque e assim também o era para a família dele. Mas a jovem Joanna, treinada a vida inteira para um casamento importante, nutria, certamente, inocentes expectativas românticas.
   Ao avançarmos no tempo alguns anos, notaremos a duquesa Joanna melancólica por não receber a importância por parte de seu marido e da sua família, sempre sendo relegada a segundo plano, já que ela já teria feito o que era de interesse para eles, se casou com Filipe. Agora, ela era apenas uma consequência do cumprimento de um contrato. 
   Seu marido teve várias amantes e Joanna se comportava com muito ciúme. Perseguia e até mesmo feria as amantes do marido. O comportamento de Joanna pode até ser compreensível; mesmo não sendo amada por seu marido, esses casos feriam-lhe a honra de seu sangue real e pelo visto, também a magoava, por ela ainda nutrir sentimentos pelo duque. Mas tal comportamento foi visto pelas pessoas como uma obsessão, como uma extravagância de Joanna.
   Um ano antes de se casar Joanna também havia se tornado cética com relação ao ensinos religiosos que recebera. Pense como sua mãe, Isabel I, ninguém menos que a criadora da Inquisição Espanhola, reagiu a isso!
  Ninguém havia se esquecido também de sua avó, que morrera louca, conversava com seu rival morto e nem mesmo reconheceu sua filha Isabel quando esta foi visita-la, mas tarde, naquele castelo onde a pobre senhora fora confinada. Não é de hoje a crença de que "a genética pula uma geração."
   Temos agora uma princesa inteligentíssima, muito bem educada, mas inocente ao ponto de lutar obcecadamente por um casamento perdido e sincera ao ponto de questionar os ensinos católicos. Com o mundo meio que esperando que ela ficasse louca como sua avó tinha ficado, não era preciso muito que ela fosse considerada instável mentalmente.
    Essas suspeitas de sua instabilidade mental não foram levadas tão a sério. Como a terceira filha do casal de reis de Castela, era mais provável que seus irmãos ou sobrinhos herdassem o trono.


 Uma Rainha Renegada

   
   Voltamos para Castela e Leão e avançamos nove anos. Ficamos sabendo que Isabela morreu de câncer ano passado. Fernando II perde o direito de governar Castela e Leão, uma vez que o direito ao trono pertencia à sua esposa. João, o filho do casal de reis morreu ainda em 1497. Isabela, a princesa mais velha morreu, no ano seguinte, dando à luz quem herdaria o poderoso trono de Castela, Leão e Aragão, mas o bebê, Miguel de Paz, morre em poucos dias.
   O direito ao trono recai sobre a improvável Joanna e seu marido, por direito da esposa, se torna Filipe I de Castela; mas Fernando II não aceitaria isso tão fácil. Agora temos dois rivais pelo título de rei, embora o trono não estivesse vago, mas sendo ocupado por Joanna de Castela. Mesmo assim, ao menos o título de rei estava em jogo, e quem sabe a possibilidade de se tornar o rei reinante no caso de confirmação de que Joanna estivesse mesmo... louca.
   Vemos a disputa entre o Rei Fernando e o Duque Filipe nas moedas cunhadas no mercado em que estamos. A moeda diz "Fernando e Joana, rei e rainha de Castela, Leão e Aragão." Mas outro mercador, nos demonstrando a disputa nos mostra uma moeda de Borgonha cunhada "Filipe e Joana, rei e rainha de Castela, Leão e Arquiduques da Áustria, etc."
    No ano seguinte, o ato desesperado de Fernando II de casar-se com sua sobrinha neta, Germaine de Foix, para tentar produzir um herdeiro, motivou Joanna e Filipe e viajarem para Castela e consolidarem a coroa.
[Nesse ínterim, o navio deles naufraga e eles são abrigados pelo príncipe inglês Henrique, que se tornaria  Henrique VII; mas na verdade, Henrique os sequestra e obriga o duque a assinar vários acordos de extradição de rebeldes e isenção fiscal de exportação; só então eles desembarcam em Castela...]
    Em Castela Filipe I e Fernando II assinam um acordo para que Fernando volte para Aragão e deixe Joanna receber o trono. Um outro acordo é proposto por Filipe... claro... alegando que Joanna estaria inapta para governar e que deveria ser privada de seus direitos ao trono e confinada. Fernando II repudia esse segundo acordo. Um novo acordo é proposto onde Fernando II teria o direito de intervir caso considerasse que a liberdade de sua filha estaria sendo infringida. Fernando, agora apenas Fernando V de Aragão, retorna para seu país e Filipe assume o trono no lugar da esposa. Joanna já tinha tido seis filhos com Filipe, a esta altura, e seu filho Carlos se tornaria o herdeiro do trono.
   Meses depois neste mesmo 1506, Filipe morre em Burgos de uma febre tifóide. O herdeiro com apenas seis anos e Joanna sem apoio para governar, devido às suspeitas de sua debilidade mental. Agora temos um trono vazio e uma herdeira a ele sem apoio para governar. O cardeal Francisco Jiménez de Cisneros assumiu o trono como regente de Carlos, mas o trono foi tomado pela força pelo Marquês Priego de Córdoba. Fernando II viu a necessidade de intervir, usando um exército para retomar o trono e ficar como regente de Joanna.
   Contam que Joanna mandou embalsamar o marido, morto pela febre, e que nunca lhe correspondera seu amor. O vestiu com um traje luxuoso e viajou ao lado de seu caixão, cruzando toda a Castela até Granada, onde Filipe havia expressado o desejo de ser enterrado. As pessoas que viam a jornada fúnebre falavam da loucura de Joanna.
    Alguns meses depois e muito depressiva, Joanna deu a luz a filha caçula, Catarina; que já nascera orfã de pai. Aparentemente, Joanna teve que ser lavada pois seu estado emocional já não a deixava disposta a isso.
      Ao avançarmos mais alguns anos, vemos que Joanna não melhorou.
    A pedido de Isabel, no caso de ser necessário, Fernando II confinou a filha no Palácio Real de Tordesilhas, em 1509, onde ela foi ganhando a reputação de Joanna, a Louca.
Fernando II. retrato de Michael Sittow.
   Agora, com mais informações sobre esse mistério, podemos voltar aos tempos atuais e tirar as nossas conclusões. Mas ainda podemos nos informar, resumidamente, dos eventos após o exílio de Joanna de Castela:
   Fernando II ainda tomou a nação de Navarro e a anexou a Castela, Leão e Aragão. Morreu em 1516, deixando o vasto território, que hoje é conhecido como Espanha, para o seu neto, Carlos I, a esta altura já apto para governar.
    Todos os seis filhos de Joanna de Castela se tornaram grandes reis e rainhas: 
     Leonor, arqui-duquesa da Áustria casou-se com o rei Manuel I, sendo coroada rainha de Portugal. Depois da morte de Manuel, se casou com Francisco I da França sendo coroada Rainha da França. Isabel casou-se com o rei Cristiano II, sendo coroada rainha da Dinamarca, e depois da Noruega e da Suécia. 
    Carlos I acumulou o direito aos tronos de Castela e Leão, Aragão por parte da mãe e Borgonha e Países baixos por parte do pai; seu império também incluía as colônias africanas e americanas, e também herdou a Áustria, Estíria e Tirol por parte de seu avô paterno, Maximiliano I.
   Com um grande território para governar, e tendo Áustria sob seu governo, não foi difícil para Carlos I ser eleito o Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, quando, então, se tornou o imperador Carlos V, em 1519. 
   Em 1556, com saúde debilitada, começou a conceder território aos irmãos. Seu irmão Fernando I se tornou o novo imperador do Sacro Império Romano-Germânco, seu filho Filipe II se tornou rei da Espanha e Maria da Hungria, sua irmã, se tornou regente dos Países Baixos para Carlos V.
   Ainda Catarina da Áustria, a caçula, se tornou Rainha de Portugal ao se casar com o rei D. João III  .
   Joanna de Castela, conhecida como a Louca, morreu em 1555, tempo o bastante para ver todos os seus filhos e filhas se tornarem monarcas, reis, rainhas e imperadores.

Doña Juana la Loca (1877), de Francisco Pradilla y Ortiz. Museu do Prado, em Madrid.

   Para mim, Joanna era uma mulher, além de inteligente e instruída, muito sensível e carente. Por algum motivo, ela nunca deixou de amar seu marido, embora ele não a tratasse com o respeito e o amor que ela merecia. Essa rejeição deixou Joanna instável emocionalmente, e o que chamaríamos hoje de depressão e ansiedade, as pessoas na época dela chamaram de Loucura. Especialmente por já esperar que ela puxasse sua avó, que morreu louca. Se Joanna tivesse recebido o amor, o respeito e a atenção que ela precisava e merecia, certamente ela teria sido uma grande e capaz rainha.
   E para você? A que conclusões você chegou, após termos feito essa viajem ao passado para apurar os fatos? Deixe nos comentários e também compartilhe, ok?
    

  



   

2 comentários:

Fernando Vrech. Imagens de tema por andynwt. Tecnologia do Blogger.