Guia da Insônia #22 Álvares de Azevedo

Manoel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852)
Estilo: Ultrarromantismo, poesia, horror


  Como é feito com Machado de Assis, os críticos literários destacam muito mais as obras convencionais de Álvares de Azevedo; aquelas sobre o tema amor, perda e mimimi; demonstrando assim, aquele velho desdém dos acadêmicos brasileiros ao temas de mistério, fantasia e horror, passando, por sua vez, a impressão de que a literatura brasileira clássica não teve escritores ao estilo e ao nível de Arthur Conan Doyle e HG Wells. Mas isso é apenas uma impressão.
   Álvares de Azevedo  foi outro escritor talentosíssimo que pendia para a temática mais imaginativa e fantasiosa, tornando-o um escritor digno de ter um espaço aqui na série Guia da Insônia.
   Até mesmo seus poemas (que não são o foco do "Histórias de Mistério") expressam o horror e o medo; destacando-se O Conde Lopo e Poemas Maldidos.
   Infelizmente, não há muito o que mostrar da obra do escritor, visto que ele morreu muito jovem, aos 20 anos, de causas nunca inteiramente esclarecidas (morte misteriosa que é frequente em escritores de horror). Nos deixando inclusive um fragmento de seu primeiro e único romance, que ficou inacabado: O Livro de Fra Gondicário.




Sugestões de leitura 


Noite na Taverna. 1855. Horror. Coletânea de contos que já foi considerado aqui no "Histórias".




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Macário 1855. Teatro, Horror. Um homem é abordado por ninguém menos que Satanás. Quando acorda e conclui ter sido um sonho, ele encontra pegadas de bode queimadas no chão do quarto. Curiosidade: a peça acaba com Satanás mostrando uma taverna com cinco amigos, cenário onde começa o livro Noite na Taverna. O escritor cria assim um universo compartilhado, como é popular hoje em dia.







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