Adaptações Cinematográficas Odiadas pelos Escritores.
Quando vamos assistir a um filme baseado em um livro, já vamos preparados, sabendo que haverão diferenças em relação ao livro.
Uma adaptação cinematográfica difere da história original por inúmeros motivos: a duração limitada do filme, que traz a necessidade de cortar muito eventos da trama original; a dificuldade em encontrar atores com o aspecto físico exato dos personagens; às vezes o diretor tem um ideia diferente do que ele quer expressar com a história, enfim , por isso chamamos de "adaptação".
E é claro que, quando o filme sai com uma proposta diferente da que foi o livro, seus respectivos escritores não se agradam. E cobertos de razão, afinal, o nome deles também estão no filme.
Mas essa diferença torna tudo mais interessante! Poderemos ser motivados a ler o livro depois de assistir ao filme, sabendo que teremos uma experiência diferente. Até mesmo o final pode ser diferente.
Esse artigo, além de mostrar a indignação dos escritores, sugere que, antes, depois, ou ao invés do filme, procure o livro para ler; será uma experiência bem diferente, quase sempre melhor.
Forrest Gump
Apesar de ter sido aclamado pela crítica e o Tom Hanks ter eternizado o personagem, Winston Groom, o escritor do livro, odiou o filme.
Segundo Groom, o filme censurou demais o filme para que ele ficasse mais "família". No livro há mais sexo e palavrões do que no filme. Para fechar a dor de cabeça a produtora ainda deu calote no escritor; não quis pagar míseros 3% dos lucros ao escritor, como estava no contrato.
“Jamais deixe alguém fazer um filme sobre a história da sua vida. Quer eles entendam ou não, não importa”.
Mary Poppins
Um lindo filme que fez escritora derramar lágrimas... de raiva. Pamela Travers, a escritora, sequer foi convidada para assistir a premiere do filme.. aí tem. Ela arrumou um ingresso e assistiu escondida. Ela realmente chorou no filme, de raiva por terem mudado tanto a sua personagem que, no livro, era enérgica e não tinha a carinha de anjo da atriz, Julie Andrews. Ela jurou que não ia permitir nunca mais a Disney fazer filmes com as suas obras.
"O filme tem muita fantasia mas pouca mágica."
Eu sou a Lenda
"I am a Legend", do escritor Richard Matheson, é um livro antigo, ainda dos anos 50 e já teve três filmes adaptados. Nenhum dele agradou o escritor. O primeiro, nomeado "Mortos que Matam" aqui no BR, apesarde ter sido co-escrito pelo Matheson, ele preferiu assinar com o pseudônimo "Logan Swanson", por não ter gostado do resultado.
Já a versão willsmithizada do filme teve mudanças na trama sem a menor necessidade. Por exemplo se passando Nova York ao invés de em Los Angeles. E com um final diferente.
"Não entendo porque Hollywood ainda é fascinada com o meu livro, eles nunca se importaram em filmá-lo da maneira como foi escrito.”
O Iluminado
Stephen King critica a adaptação de "O Iluminado" sempre que tem a oportunidade. Ele critica, por exemplo, a construção errônea da personagem Wendy que, no filme, apenas cumpre a função de gritar e ser estúpida. King afirma que não é a personagem que ele criou.
Segundo, Alan Kubrick, o diretor, também não conseguiu atribuir a devida maldade no próprio hotel, tendo então, que explorá-la nos personagens.
"Assistir a um formigueiro por três horas é mais emocionante do que assistir a esse filme."
Sahara
Muitos brasileiros não sabem que o livro que deu origem ao filme Sahara (muito criticado) foi um best seller de Clive Cusller. O escritor afirma que foi enganado pelo estúdio, que não teve o controle do roteiro, como estava no acordo.
Solaris
Segundo o escritor polonês, Stanislaw Lem, nenhuma das duas adaptações de seu livro "Solaris" passa a ideia que ele quis com a trama: apresentar uma inteligência alienígena tão grande que se tornou um planeta.
"Não me lembro do meu livro ser sobre problemas sexuais de pessoas no espaço sideral."
A Menina e o Porquinho
E. B. White fez um único pedido ao vender os direitos da história (chamada Charlote's Web no idioma original) para a Hanna-Barbera: que seu filme não fosse musical... Pedido negado.
"O filme da Charlotte Web é
justamente como eu esperava que fosse, a cada 5 minutos eles paravam a
história para que alguém pudesse cantar uma música alegre."
A História sem Fim
Um filme que estimulou a imaginação da molecada, nos tempos do Cinema em Casa.
Mas foi uma dor de cabeça para o escritor. O estúdio permitiu o
escritor participar do roteiro.. daí esperou o escritor ir embora para
chamar outro roteirista e mudar todo o filme. Sacanagem nível master..
"Tirou a essência da minha obra, transformando em algo comercial e melodramático."
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