tag:blogger.com,1999:blog-16325058061759611942024-03-20T05:09:57.803-07:00Histórias de MistériosLeia contos de mistério, artigos sobre escritores, aprenda técnicas de escrita, leia artigos sobre curiosidades e mistérios do mundo...Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.comBlogger160125tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-14346637181894622772021-05-25T06:49:00.012-07:002021-05-27T09:11:43.223-07:00De onde veio o Cyberpunk, Steampunk, Dieselpunk e outros punks?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-_wvPMX8LJFVaURzGsqEVL_kcnVqs-V6_UH5dRBlHkravM9-f_PrqJy0ZzmxzhKwIEFHonjCbRwshThdyteJhB2RdsURiaVmoj2o1-IgY19JGlB5KcCoLTPBTw2oofzi8EerE8jCWR-A/s1280/cyberpunk-5774101_1280.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="672" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-_wvPMX8LJFVaURzGsqEVL_kcnVqs-V6_UH5dRBlHkravM9-f_PrqJy0ZzmxzhKwIEFHonjCbRwshThdyteJhB2RdsURiaVmoj2o1-IgY19JGlB5KcCoLTPBTw2oofzi8EerE8jCWR-A/s16000/cyberpunk-5774101_1280.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> Provavelmente você conhece esse termo de algum videogame. E talvez ouça que certo filme é do gênero Steampunk, com o Wild Wild West, de 1999; ou Dieselpunk, como no filme Mad Max. Mas, como acontece com grande parte da indústria de cinema ou de games, esses gêneros se originaram da literatura.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx1oc5Wb4AmdC-iSBf_TKCROI-MY1I-S5TgtQBqqPjejwmfR8EUwsS89buMNkAKcXF7-uKX4F0AQyuBrAnpc1lTD12vX3cok_X7dEk09ypeyq_rLQ-uyGf4ELGJjYeBCvbY78H06nhewA/s564/n%25C3%25A1utilus-j%25C3%25BAlio-verne.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="400" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx1oc5Wb4AmdC-iSBf_TKCROI-MY1I-S5TgtQBqqPjejwmfR8EUwsS89buMNkAKcXF7-uKX4F0AQyuBrAnpc1lTD12vX3cok_X7dEk09ypeyq_rLQ-uyGf4ELGJjYeBCvbY78H06nhewA/w454-h640/n%25C3%25A1utilus-j%25C3%25BAlio-verne.jpg" width="454" /></a></td></tr><tr align="justify"><td class="tr-caption">Motor do Náutilus, submarino criado por Julio Verne (Ilustração Original)<br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-size: medium;"> Ficção científica é um gênero de literatura muito antigo. E, em seus primórdios, escritores como H. G. Wells e Jules Verne tentavam imaginar como o futuro seria, que novas tecnologias haveriam, mas tudo dentro do conhecimento que tinham na época. E logo, os trens à vapor inspiraram veículos aéreos movidos a vapor e fortalezas inteiras que podiam se locomover à vapor. Ou se a época era ainda anterior, os escritores imaginaram tecnologias incríveis que funcionavam com intrincadas catracas e engrenagens, tecnologia surgida na época renascentista. </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> Esses escritores podem ter errado em suas previsões, já que houveram novas revoluções tecnológicas, conceitos como o microship, os combustíveis fósseis, etc. Mas eles também criaram estilos únicos de construção literária que passaram a ser explorados por escritores posteriores, mesmo hoje em dia. Surgiu o retrofuturismo: cenários literários de alta tecnologia mas usando revoluções tecnológicas de eras específicas da humanidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> Tudo bem, mas porque o termo punk? Esse termo tem o sentido de "fuga da norma". E se a humanidade rejeitasse o conceito de petróleo e continuasse se desenvolvendo somente com energia à vapor e hidráulica? Entenderam? É punk porque é uma reimaginação do mundo fora do normativo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> Agora imaginem quantos mundos podem ser criados escolhendo avanços específicos da tecnologia humana? É o que vamos analisar agora: todos os subgêneros punk da ficção científica...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUp0_6SnkhnPGvgR7kLQaZtFfVXRZBQq00WbtRUYQ_tE49o9oHP4tuScP_KLXam-n8joHn8I-ZDw771eoPuo5b92E-JGPKi8RbBxfaNN9pioBu2pkH2O3H9Bzhf7e41COYkgtgUcK7gyk/s960/air-ships-6156751_960_720.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUp0_6SnkhnPGvgR7kLQaZtFfVXRZBQq00WbtRUYQ_tE49o9oHP4tuScP_KLXam-n8joHn8I-ZDw771eoPuo5b92E-JGPKi8RbBxfaNN9pioBu2pkH2O3H9Bzhf7e41COYkgtgUcK7gyk/w640-h360/air-ships-6156751_960_720.jpg" width="640" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><br /> </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Steampunk. </b>Já bem explicado na introdução deste artigo. Trata-se de um mundo imaginário onde a humanidade se concentrou em desenvolver ao máximo a tecnologia do vapor. Normalmente, os trejeitos dos personagens, sua vestimenta, o sistema socio-político, etc, são inspirados na época vitoriana. Para citar um exemplo na literatura, eu não consigo pensar em nada mais steampunk do que o conto "O Encouraçado Terrestre" de H G Wells.<br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Cyberpunk.</b> Um mundo inspirado nas revoluções da cibernética, dos computadores e da internet. Trazendo muito da ambientação e do estilo de vida dos anos 80 e 90, não raro levando este cenário ao extremo para criar uma distopia de bares, boates, mendigos, ruas sujas, e letras neon nos estabelecimentos gerando grande poluição visual. (Veja a primeira imagem deste artigo!). Alguns dos personagens cyberpunk podem ser pessoas com implantes cibernéticos, andróides, etc. Sinto-me obrigado a citar o filme Blade Runner como exemplo de cyberpunk, tal foi a sua proficiência na construção de um mundo nesse estilo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Sailpunk.</b> Agora temos um mundo onde a humanidade, por algum motivo, focou sua moradia no mar ou nas costas oceânicas e ilhas, desenvolvendo ao máximo a tecnologia de navegação: bússolas, piratas, mapas, e navios a vela; até mesmo veículos voadores, quando inventados, são movido à força do vento! Então o filme Piratas do Caribe é Sailpunk? Não exatamente, lembre-se que, para ser punk precisa haver uma construção de mundo retrofuturista. Pensando em um exemplo dentro da indústria cinematográfica, o filme "Waterworld", com o ator Kevin Costner, é sailpunk.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivddKBmBTN3zGVVQtsb561nKgHkSFIPIi-7vS7PdLjHx0C2YwFp8DlIofgY22lEN2HS3tq5urTxJQT1U-ASw9ghm5S639XqP7Fjia2d1_aFudPqvALRkBYl6eSJf2QMgR1uyrMvNCzEJw/s770/eco-futurism.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="770" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivddKBmBTN3zGVVQtsb561nKgHkSFIPIi-7vS7PdLjHx0C2YwFp8DlIofgY22lEN2HS3tq5urTxJQT1U-ASw9ghm5S639XqP7Fjia2d1_aFudPqvALRkBYl6eSJf2QMgR1uyrMvNCzEJw/w640-h360/eco-futurism.jpg" width="640" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><br /> </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Greenpunk.</b> O que dizer de uma humanidade que escolheu apenas tecnologias sustentáveis e manteve o equilíbrio ecológico do planeta? Nesse estilo literário vemos elementos como redomas abrigando florestas inteiras, energia solar (por este motivo é algumas vezes chamado de Solarpunk), trens magnéticos, pontes decoradas com vinhas e prédios vítreos para pessoas que são amantes dos raios de sol e querem deixá-los entrar em suas habitações... aqui temos uma utopia ao invés de uma distopia. É um gênero raro de encontrar exemplos, mas eu posso pensar aqui no jogo O Fantasma 2040, da era 16-bits, que conseguiu algo dentro dos requisitos deste estilo. Eu sei que não é um exemplo perfeito, se você souber de algum livro, filme ou jogo greenpunk me ajude aí nos comentários, ok?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimspqvh63sF9yW7QjFaI12c2RdP4wnAknh-wKktAllmW9Ca1-3Qs0lDeHGejJ5ignQkmDMPOYKpqZ8XiEDylTC-xX9zQR-myJtN9mfZcyyMkJlGOhYOjj4iope2wcvQVCUltWwTkuraq8/s800/26516769441_84b1d76396_c.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="800" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimspqvh63sF9yW7QjFaI12c2RdP4wnAknh-wKktAllmW9Ca1-3Qs0lDeHGejJ5ignQkmDMPOYKpqZ8XiEDylTC-xX9zQR-myJtN9mfZcyyMkJlGOhYOjj4iope2wcvQVCUltWwTkuraq8/w640-h250/26516769441_84b1d76396_c.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Biopunk</b>. Um mundo que se desenvolveu buscando soluções dentro da biologia. Plantas transgênicas, animais trangênicos e... humanos trangênicos, não poderiam faltar em um biopunk. Mas também mutantes acidentais, aberrações, vírus mortais e todo o tipo de "biohazard", como os gringos falam. Seus veículos... porque não animais biomecânicos? Neste gênero eu posso citar clássicos romances como "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley e a "Ilha do Doutor Moreau" de Wells.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Dieselpunk.</b> Como seria o mundo se as pessoas só pensassem em carros, carros e mais carros... não é muito diferente da realidade, receio... mas um dieselpunk é uma história, normalmente distópica, onde a humanidade focou na tecnologia automobilística e seus derivados. Uma história assim lida com temas como poluição, falta de água potável, corrupção policial, enfim tudo que possa envolver carros em alta velocidade! Também é comum trazer a ambientação socio-política da segunda guerra mundial, época que houve uma revolução automobilistica. Além de Mad Max, já citado, o livro O Homem do Castelo Alto, Philip K. Dick, também segue o estilo dieselpunk.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Clockpunk</b>. Um mundo inspirado na tecnologia da época da renascença. Com o uso de engrenagens, catracas, parafusos em uma alta tecnologia que chamaríamos de analógica, talvez. Os esboços com as invenções de Leonardo da Vinci dão uma ideia de como seria um mundo clockpunk. Um exemplo notável deste estilo é The Blazing World, de Margaret Cavendish, uma sátira de 1666, onde a escritora descreve um mundo utópico com maquinário baseado em engrenagens.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTwCmp8vdPBfYkdVMABUQK6EQBp2glwSHB2XCgtkEoRVUEQYsyEmI7Fn_iX-WRWm4_rQ2T0J3GuOa02RiwivOaeNuWAJiJGHbObJx7gqhNX9QMum9QO8PsicQ89MuOt2F_LYKMwQkx_No/s640/640px-Sortie_de_l%2527op%25C3%25A9ra_en_l%2527an_2000-2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="640" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTwCmp8vdPBfYkdVMABUQK6EQBp2glwSHB2XCgtkEoRVUEQYsyEmI7Fn_iX-WRWm4_rQ2T0J3GuOa02RiwivOaeNuWAJiJGHbObJx7gqhNX9QMum9QO8PsicQ89MuOt2F_LYKMwQkx_No/w640-h412/640px-Sortie_de_l%2527op%25C3%25A9ra_en_l%2527an_2000-2.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O desenhista Albert Robida, mostrando em 1902 como ele imaginava o ano 2000<br /></td></tr></tbody></table><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Steelpunk</b>. É o futuro como os escritores e cineastas dos anos 70 e 80 imaginavam. Não levando em conta a tecnologia de miniaturização, neste tipo de mundo distópico imaginário, a tecnologia seria algo que chamaríamos de gambiarras, com fios à mostra, rebites enormes, e armas acopladas. Se pensou em Robocop, acertou em cheio, se pensou em Exterminador do Futuro, dois pontos pra você.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Atompunk</b>. Um mundo distópico com tecnologia nuclear altamente desenvolvida, abrindo espaço para explorar temas como a corrida espacial, o comunismo, a bomba atômica, espionagem. Usando, talvez, um estilo que chamaríamos de neo-soviético, na arquitetura, moda e costumes. Eu colocaria, sem duvidar, os livros de James Bond, do escritor Ian Fleming, bem como os filmes mais antigos deste personagem, com exemplo de Atompunk.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2w3jENy6YDF5txsKF_kqIshUGkyDrtVkOskgEd1devY7jfTK3P7fYyNqHSaUhwt1lPPlTtgD5aibElxRj-rqT0KD8HhU7JIleuhSl6kYSSxsnTCfcSsvsZBCzLbpnAQCMlGjrQwNnOKA/s960/science-fiction-4709047_960_720.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="960" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2w3jENy6YDF5txsKF_kqIshUGkyDrtVkOskgEd1devY7jfTK3P7fYyNqHSaUhwt1lPPlTtgD5aibElxRj-rqT0KD8HhU7JIleuhSl6kYSSxsnTCfcSsvsZBCzLbpnAQCMlGjrQwNnOKA/w640-h356/science-fiction-4709047_960_720.jpg" width="640" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><br /> </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Elfpunk</b>. E como seria se o mundo moderno se deparasse, de repente, com o mundo da fantasia? Elfos, Orcs, magos e criaturas trevosas, sendo descobertas pelo mundo moderno, por meio de portais, ou que sempre viveram escondidos de nós... isto resultaria, com certeza em algum tipo de união entre tecnologia e magia, chamado frequentemente de "taumaturgia" nesse gênero. A exploração da magia sob um escopo pseudocientífico seria um tema interessante de se abordar em uma história elfpunk. A série de livros Harry Potter e o famigerado filme Bright, com Will Smith, podem ser considerados elfpunk.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> Além desses principais exemplos, poderíamos incluir, como menções honrosas, também o Nanopunk, explorando a nanotecnologia; Candlepunk, explorando tecnologia medieval e, como não poderíamos chamar o mundo dos Flintstones de "Stonepunk"? rsrsrsrs acha que exagerei? Ponha sua opinião nos comentários.<br /></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-57764073174444260222021-04-23T13:22:00.012-07:002021-04-23T14:05:55.664-07:00 Guia da Insônia #28 Ernest Hemingway<p> <b><span style="color: #660000;"><b><b>Ernest Miller Hemingway</b></b> (1899-1961)</span></b><br />
</p><div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Estilo: Modernismo, Ficção Histórica, Aventura<br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ6pA1POhRnqBPUknWyGHyVpwyn8R93ySobhxHz9wrd72zox4jAJwyaEYwyM2bQW2OyAeD1tIXHh6jCazs3fBioS3gc8EJE9ZvI1nHUxPB4FpH6dOZPgPj86CcvGsqH6hDAr_qumJ-kkA/s1080/Ernest_Hemingway_1923_passport_photo.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="830" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ6pA1POhRnqBPUknWyGHyVpwyn8R93ySobhxHz9wrd72zox4jAJwyaEYwyM2bQW2OyAeD1tIXHh6jCazs3fBioS3gc8EJE9ZvI1nHUxPB4FpH6dOZPgPj86CcvGsqH6hDAr_qumJ-kkA/w308-h400/Ernest_Hemingway_1923_passport_photo.jpg" width="308" /></a></div> Participando da Primeira Guerra Mundial como motorista de Ambulância, os horrores guerra foi um tema recorrente nos escritos de Hemingway. </span></span><span style="color: #660000;"><span style="color: black;">Tendo também a morte em geral, inclusive suicídio, como temática frequente, podemos dizer que o escritor escrevia sobre o que vivenciava durante sua vida, visto que o escritor, aos trinta anos, perdeu o pai pelo suicídio.<br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Tendo crescido também com uma mãe opressiva e dominadora, as personagens femininas do escritor não raro são cínicas e indignas de confiança. Hemingway teria recebido de "presente" de sua mãe a pistola com a qual seu pai teria tirado a vida. O escritor ficou perturbado, perguntando-se se era um convite para que ele também tirasse a vida. Se era um convite, o escritor aceitou em 1961, aos 61 anos, usando seu rifle de caça, já debilitado pela hipertensão e o diabetes e, certamente, por depressão.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Outros temas recorrentes de sua obra é o mar, a caça, as touradas e, por incrível que pareça, histórias de amor.<br /></span></span>
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><br /></span></span>
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
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<span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;"> </span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;"> </span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;">Sugestões de leitura </span></b></span><br />
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<b><b>A Farewell to Arm</b> (</b><b><b>Adeus às Armas</b>)</b><b>. </b>1929. <b> </b><i>Ficção Histórica</i>. É a história de amor de um motorista de ambulância, que serviu na Primeira Guerra Mundial, o tenente Frederic Henry. Ele se apaixona por uma enfermeira inglesa e fará tudo por esse amor, incluindo deserção. É notado paralelos com sua vida real, revelando uma pseudo-autobiografia.
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<b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_zU9sPtBs51xW8a68mEqharMwDlmwg2PxI-olz-Fk3tw8WSGUrxFbrIbohz6iCu4LIz3C81vazXJJrXvCKkLFmMo9ETkhRTGsW3qwsHA1GgH6JgeHwS6odgX13MpQCqDBjvCIqcojYgU/s413/Front+cover+For+Whom+the+bell+Tolls.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="297" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_zU9sPtBs51xW8a68mEqharMwDlmwg2PxI-olz-Fk3tw8WSGUrxFbrIbohz6iCu4LIz3C81vazXJJrXvCKkLFmMo9ETkhRTGsW3qwsHA1GgH6JgeHwS6odgX13MpQCqDBjvCIqcojYgU/s320/Front+cover+For+Whom+the+bell+Tolls.jpg" /></a></div></b><b><b>For Whom the Bell Tolls</b> (</b><b><b>Por Quem os Sinos Tocam</b>). </b>1940. <b> </b><i>Ficção Histórica</i>. Em mais um romance de guerra, desta vez o protagonista é Robert Jordan, um demolidor atuando na Guerra Civil Espanhola, do lado dos anti-fascistas. Ele recebe a missão de demolir uma ponte de importância estratégica. Este é considerado um dos melhores trabalhos do escritor.<br />
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<b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAhzr9LpeAf4UrvKWMIs2fW1ZumRfc55fjOxSqJR-1GioKq_l8L9cetW0C5RRjaxIeC23jLzu3KsWo6P5_zWrJO9dCTkMu_oj7vImQYnXZ2qhS-mYQmAXdXU_Q0KDWufQNWiKlpLUcDI0/s1447/lf.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1447" data-original-width="1025" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAhzr9LpeAf4UrvKWMIs2fW1ZumRfc55fjOxSqJR-1GioKq_l8L9cetW0C5RRjaxIeC23jLzu3KsWo6P5_zWrJO9dCTkMu_oj7vImQYnXZ2qhS-mYQmAXdXU_Q0KDWufQNWiKlpLUcDI0/s320/lf.jpg" /></a></div></b><b><b><b>Across the River and Into the Trees</b> (</b></b><b><b><b><b>Cruzando o Rio, Entre as Árvores</b></b></b>). </b>1950. <i>Drama de Guerra.</i> A obra retrata os últimos dias de vida do coronel Richard Cantwell. Acometido por uma doença cardíaca em fase terminal, ele relembra suas experiências de vida, durante as duas Guerras Mundiais.<br />
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<br /></div><div style="text-align: center;">
<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NJyOTZPz-fzlq_evtYLcnZa-0tWT3nqxvTncxDsRgn4KmmrKVF0snFA5ZgHZKZ1DqWFIINHO8IZ4ddjsvHIesb9TMu3H-Vkv806NjyUTdwaI2JOdYqBzKvjutw7mWxGv3foxxsFQouQ/s444/1953_The-Old-Man-and-the-Sea-by-Ernest-Hemingway.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="444" data-original-width="312" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NJyOTZPz-fzlq_evtYLcnZa-0tWT3nqxvTncxDsRgn4KmmrKVF0snFA5ZgHZKZ1DqWFIINHO8IZ4ddjsvHIesb9TMu3H-Vkv806NjyUTdwaI2JOdYqBzKvjutw7mWxGv3foxxsFQouQ/s320/1953_The-Old-Man-and-the-Sea-by-Ernest-Hemingway.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">
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<b>The Old Man and the Sea (O Velhor e o Mar). </b>1952. <i>Aventura</i>. Santiago é um velho pescador em uma maré de azar. Após meses sem pescar nada, o desacreditado pescador perde seu jovem aprendiz, que é enviado pelos pais para aprender com pescadores melhor sucedidos. Após avistar um Marlin gigantesco no alto-mar, ele é zombado na vila inteira como um mentiroso. Santiago fará de tudo para pescar o colosso, e recuperar sua dignidade. Este romance, que assumes ares criptozoológicos, é a obra mais premiada de Ernest Hemingway; lhe rendendo um Pulitzer e um Nobel.<br />
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<br /></div><div style="text-align: center;">
<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaMYgA_vl1WnJKvLfoVhnCH_WPLSDQXvCYJJ7eg0VJlUNOCkRxSr2KGsowYhZIoxvqfpwQnJ_zfkqHiLly_SczOPnvgfCI02j510ft8mhP75bxI81jYMJRHzm2QiKN4LBMeMuspfj-E6k/s500/51DfXGv0EKL.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="328" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaMYgA_vl1WnJKvLfoVhnCH_WPLSDQXvCYJJ7eg0VJlUNOCkRxSr2KGsowYhZIoxvqfpwQnJ_zfkqHiLly_SczOPnvgfCI02j510ft8mhP75bxI81jYMJRHzm2QiKN4LBMeMuspfj-E6k/s320/51DfXGv0EKL.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">
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<b>Under Kilimajaro (Ao Sopé do Kilimajaro). </b>1999. <i>Pseudo-documentário</i>. Esta obra trata dos eventos ocorridos durante seu último safari no Quênia. O livro relata as caçadas do escritor e de sua esposa em meio a um possível ataque, visto que a colônia queniana enfrentava uma rebelião. Escrita como se fosse verdade, nota-se elementos ficcionais. No artigo Africa Revisited, do <cite class="citation journal cs1" id="CITEREFFleming1999"><i>The Hemingway Review, </i></cite>Robert Fleming comenta que o escritor "não pôde desligar o mecanismo que produz ficção;" considerando a obra uma mistura entre memórias reais e ficção.<br />
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<br /></div><div style="text-align: center;">
<br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4L5eJO-C_lQtlPUUK5qQmoX2llKAk1-QwnBu6W7vs7V9v0hiEaWE3TrDzjUJEnC3iPRH0Lbq03aJKiMUJT1nC6M9ULe8FezUWmPgLnKuhmr5PxO3tx3-3Z2eRyMS2H6KBdeTvNyfQGZo/s1400/e5db44a7dc482817f186cdb5f1571f11.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1400" data-original-width="824" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4L5eJO-C_lQtlPUUK5qQmoX2llKAk1-QwnBu6W7vs7V9v0hiEaWE3TrDzjUJEnC3iPRH0Lbq03aJKiMUJT1nC6M9ULe8FezUWmPgLnKuhmr5PxO3tx3-3Z2eRyMS2H6KBdeTvNyfQGZo/s320/e5db44a7dc482817f186cdb5f1571f11.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">
<b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b>Os contos com Nick Adams</b>. Ernest Hemingway também escreveu inúmeros contos, muitos deles protagonizados pelo personagem Nick Adams, um militar traumatizado, que compartilha certas características com o próprio escritor. Os contos de Nick Adams aparecem ao logo de todas as coletâneas de contos do escritor publicadas, e quase sempre são histórias muito sombrias, beirando ao horror e ficção científica, como no conto "In Another Country" (Em outro País), onde máquinas macabras regeneram os soldados; no conto "The Killers (Os Assassinos), onde Nick tenta salvar alguém de ser assassinado; ou em "An Alpine Idyll (Um Idílio Alpino)", onde Nick Adams e outros suspeitam que um camponês viúvo faz coisas bizarras com o cadáver da mulher. Os contos com o personagem Nick Adam foram reorganizados em <b>The Nick Adams Stories</b>. 1972.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglKaZh_3ZlqZw9e_fbQzgB8TeRZBdvip7sKjOksqqG9pe4djSaZDsBGfV94ROZG25ikKfmcxjr5YEmS4TQCcA-j6LSRR5FB1nrOchIlIKlxhgr0rfemrKaDIv9dHLhR_cOlUK2zcxnLFA/s400/9780684804446_p0_v1_s1200x630.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="262" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglKaZh_3ZlqZw9e_fbQzgB8TeRZBdvip7sKjOksqqG9pe4djSaZDsBGfV94ROZG25ikKfmcxjr5YEmS4TQCcA-j6LSRR5FB1nrOchIlIKlxhgr0rfemrKaDIv9dHLhR_cOlUK2zcxnLFA/s320/9780684804446_p0_v1_s1200x630.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b> </b></div><div style="text-align: justify;"><b>Outros contos de Hemingway.</b> Vários contos de Hemingway possuem um tom sombrio ou de mistério, que é o foco desta série. De seus contos não protagonizados por Nick Adams, sugerimos <span class="VIiyi" lang="pt"><span class="JLqJ4b ChMk0b" data-language-for-alternatives="pt" data-language-to-translate-into="en" data-phrase-index="0"><span>"The Gambler, the Nun, and the Radio" (O Apostador, a Freira e o Rádio), sobre um hospital mental dirigido por um convento; "The Short Happy Life of Francis Macomber (A Curta História Feliz de Francis Macomber) sobre um jovem que busca sua masculinidade por meio da caça; e "The Snows of Kilimanjaro" (As Neves de Kilimajaro), onde um escritor com gangrena recorda de suas aventuras enquanto acampa em um safári africano. Todos parte da coletânea </span></span></span><i><b>The Snows of Kilimanjaro and Other Stories </b></i>e<i><b> The Fifth Column and the First Forty-Nine Stories.</b></i>
</div>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-89164637898771734622021-04-15T08:57:00.007-07:002021-04-15T09:18:52.247-07:00A Linguística Também é Algo Curioso - 5 Curiosidades<div style="text-align: justify;"> A profissão do tradutor, a linguística, pode parecer uma das coisas mais chatas do universo. Alguém sentado em uma cadeira, com pilhas de livros abertos, vertendo algum texto de um idioma para o outro.</div><p style="text-align: justify;"> Mas grande parte da cultura humana é em forma de texto, e se tem uma coisa curiosa neste mundo é a cultura: os costumes diferentes de outros povos, as lendas, as brincadeiras. Portanto, estudar os idiomas pode ser algo muito mais divertido do que parece! Eu separei algumas curiosidades linguísticas incríveis, principalmente dentro da língua portuguesa.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: justify;"><b>Aquário e Piscina.</b> Essas palavras vieram do latim. Mas "aquário" vem da palavra aqua, significando um local com água, um lago. E "piscina" vem da palavra piscies, e significa um viveiro de peixes. Em algum momento desconhecido na língua portuguesa essas palavras trocaram de significado. Onde devia ter peixe, na piscina, tem gente e onde devia ter gente nadando, o aquário, tem peixe. E receio que seja tarde demais para reverter isso.<br /></p><p style="text-align: justify;"><b>Palavras pré-históricas.</b> Fazendo um extensa comparação em busca de semelhanças entre os idiomas mais antigos que conhecemos, os linguistas conseguiram deduzir com precisão como seria o primeiro idioma humano, o proto-indo-europeu. Com esse estudo foi possível descobrir que algumas palavras da língua portuguesa são basicamente as mesmas desde o período pleistoceno, da época dos mamutes e tigre dentes de sabre. Alguns exemplos são "altós", que significa lugar elevado; "Deiuos", a entidade divina; e "data", significava a estação do ano, ou hora do dia.</p><p style="text-align: justify;"><b><span></span></b> <b>O "nique" do pique.</b> A palavra piquenique nos faz
lembrar de uma família fazendo um lanchinho na natureza. Embora tenta-se hoje amenizar a origem desta palavra criando teorias e teorias, não adianta, a palavra é de origem francesa mesmo, e nique é aquela palavra safadinha que eu sei que você já imaginou. O termo francês era "piquer la nique" e significava, literalmente "bicar f**a", no sentido de "comer porcaria".</p><p style="text-align: justify;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg98xXKCSC_sgEUwYcHxHKqwcesFjlqz4cITwrHtfatQhWOBxr_y9cCnZ-8y1XtcQYRebLLEvw8I5bdbcpHWlQ7-zu2DISuRg7Jkq7Engpx-ASUuP06NuGcC5IuYF-KPZbGhyTDHBlTpA0/s960/picnic-5421516_960_720.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg98xXKCSC_sgEUwYcHxHKqwcesFjlqz4cITwrHtfatQhWOBxr_y9cCnZ-8y1XtcQYRebLLEvw8I5bdbcpHWlQ7-zu2DISuRg7Jkq7Engpx-ASUuP06NuGcC5IuYF-KPZbGhyTDHBlTpA0/s16000/picnic-5421516_960_720.jpg" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><b>James, Diego, Tiago e Jacó são o mesmo nome.</b> Isso mesmo que você
leu, o que aconteceu é que o nome hebreu Yacob, ou Jacó, era um tanto
difícil de pronunciar para os europeus. Os latinos pronunciavam "Yago",
que logo ficou Tiago, por causa de Saint Yago. Aí os
espanhóis passaram a pronunciar Diego. James é o resultado das
tentativas inglesas de pronunciar Yacob, não sei como chegaram a James,
mas se você duvida de mim, pegue uma Bíblia em inglês e procure o livro
de Tiago.</p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAEb1zPveg2BXK_IiJnnZEeso_h7S_oNVGVG07weuwO5vNNihA78BJTHQt68-ROXUf277nAGHFarxt6J6PtZjiYzUQzXArv-JYPWJFLZuJ2EuENUYtOoMTSwJ4fLeFVoRSww5YngcoeVQ/s1200/11554-bible-open-to-book-of-james-sparrowstock.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="1200" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAEb1zPveg2BXK_IiJnnZEeso_h7S_oNVGVG07weuwO5vNNihA78BJTHQt68-ROXUf277nAGHFarxt6J6PtZjiYzUQzXArv-JYPWJFLZuJ2EuENUYtOoMTSwJ4fLeFVoRSww5YngcoeVQ/w640-h334/11554-bible-open-to-book-of-james-sparrowstock.jpg" width="640" /></a></div><br /> <p></p><p style="text-align: justify;"><b>O seu quarto é cheio de história</b>. Os deveres de um soldado em guarda era ficar vigiando durante 75% do dia; o resto do dia ele podia descansar em seu aposento. Este tempo de descanso correspondia, portanto a 1/4 do dia, ou seja um quarto do dia. Era comum o soldado dizer aos colega: "Estou indo pro meu quarto, tchau." Por isso o cômodo onde dormimos se chama quarto.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;"> E você, conhece algum fato curioso sobre a origem das palavras? Capricha nos comentários que eu quero ler!<br /></p>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-86840654364443358992020-10-26T07:52:00.004-07:002020-10-26T08:01:46.317-07:00Resgatando um Marsupial Entalado na Casa dos Meus Pais + Curiosidades so...<p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p style="text-align: center;"> <iframe frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/pEwyr5CytOU" style="background-image: url(https://i.ytimg.com/vi/pEwyr5CytOU/hqdefault.jpg);" width="480"></iframe></p>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-58799850328712322172020-08-25T10:51:00.006-07:002020-08-25T11:13:34.676-07:00A Importância da Literatura<h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: georgia;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinF9SUCzMfIbR5UvzLEX8brJL5Wfi7cl8mHGtTw82vw4UcksOn4fpXvLtlRh6bwf6JN9_b8NoQUPKT90_iU9688C7vEj2Fn_QOEQNMbXGgpcMZGoO_46kBpX1B1Zht9_uOSe0QzHPVxWc/s1280/trees-4324616_1280.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="815" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinF9SUCzMfIbR5UvzLEX8brJL5Wfi7cl8mHGtTw82vw4UcksOn4fpXvLtlRh6bwf6JN9_b8NoQUPKT90_iU9688C7vEj2Fn_QOEQNMbXGgpcMZGoO_46kBpX1B1Zht9_uOSe0QzHPVxWc/d/trees-4324616_1280.jpg" /></a></div></span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: georgia;"> </span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: georgia;">A civilização humana adora inventar histórias e faz isso a
milênios a fio. É até motivo de debate se o que veio primeiro foi
a arte de inventar histórias ou se foi a arte de contar histórias reais. Eu
arrisco dizer que a arte de contar histórias inventadas, isto é,
ficcionais, veio antes mesmo da arte de contar histórias reais. Isto
porque eu posso imaginar perfeitamente o homem primitivo contando um
evento acontecido para sua tribo, enfeitando e interpretando… se
distanciando bastante do evento real.<br /> Isso acontece devido a
natureza subjetiva da psique humana. Tendemos a idealizar, a imaginar
o mundo melhor do que ele é, melhor na opinião de cada um, é
claro. Imagine uuma civilização humana restritamente objetiva, que só
lida com os fatos, duros e concretos… uma civilização
assim nunca cresceria porque não conseguiria imaginar o mundo à sua
volta melhor do que ele é; e portanto seria incapaz de melhorá-lo.
Ele veria uma planície verdejante, mas seria incapaz de imaginar um
lindo vilarejo nesta planície, onde seu povo poderia morar
feliz. Ele colheria os frutos nativos mas nunca iria imaginar
plantar seu próprio pomar. Somos uma espécie evoluída devido a
nossa capacidade de imaginar.<br /> As histórias fictícias são o
exercício inconsciente de nossa criatividade, um subproduto
involuntário do nosso aprendizado. E quando uma história começa a
surgir na nossa mente, podemos tentar nos concentrar no mundo real,
no nosso trabalho secular, mas não conseguimos impedi-la de
acontecer dentro da nossa cabeça, e a trama vai acontecendo, com
personagens sendo criados espontaneamente, aparecendo em dúzias e
criando vida própria em nossa mente, tomando atitudes inusitadas,
bolando planos mirabolantes, que ninguém pensaria, dentro de uma
história excêntrica, que ninguém imaginaria… e vai crescendo na
nossa cabeça como um câncer de cérebro, implacável! E a única
cura, a única coisa que, ao menos, controla esse crescimento é
escrevendo-a, tentando colocar ordem nessas ideias, e não raro temos
só um conhecimento precário na arte de escrita criativa, e na falta
de técnica escrevemos por instinto. </span></span></span></h1><h1 style="text-align: left;"><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: georgia;">
</span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: georgia;">
E finalmente a história vai fluindo, como se cavássemos um canal
para distribuir um rio desgovernado por uma plantação. E nossos
amigos leem a história e se maravilham, e seus personagens
inventados inspiram pessoas, dão novas ideias, assim como o canal fertiliza a
terra e coisas crescem por isso.<br /> Histórias ficcionais acontecem
em nossa cabeça, como uma espécie de vício antropológico mas
elas, sim, tem muito valor para o conhecimento humano. Não que
ficção seja didática ou moralista mas, quando o artista observa o mundo, e mimetiza o que vê em sua arte, e a vida, por sua vez, imita essa arte, o artista talvez esteja nos provendo... sabedoria perdida, que nenhuma ciência objetiva alcança
mais. E isso inspira ao invés de simplesmente ensinar. A imaginação é ingrediente indispensável ao desenvolvimento.<br /></span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: georgia;"> </span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: georgia;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOy6B1dsJ0gimPRBkHYtM71uNNsRiaW9DJc9HusbScN9C6t0mAiObfn8NnAIVXMjdrj0AH7sN_QMyyUR1z92OPHOM5iWM6i9-uneSID0aWbbaScw7LIFNx-9dbOJTjWcjHwFM5ad0DeQY/s1280/fantasy-3856750_1280.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="588" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOy6B1dsJ0gimPRBkHYtM71uNNsRiaW9DJc9HusbScN9C6t0mAiObfn8NnAIVXMjdrj0AH7sN_QMyyUR1z92OPHOM5iWM6i9-uneSID0aWbbaScw7LIFNx-9dbOJTjWcjHwFM5ad0DeQY/d/fantasy-3856750_1280.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table> </span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: georgia;"> </span></span></span></h1><h1 align="justify" style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.6cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: georgia;"> </span></span></span></h1>
Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-32377174412527904612020-07-28T08:22:00.012-07:002020-07-28T09:13:54.581-07:00Platão e o Conto da Caverna<div style="text-align: justify;"><font size="5"> </font><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font size="3"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD26X2Ov-_O7DxphUcYObFohWSEV7s8pkKMSFgLJNv-TWHtcpbJFO8oiwe7Y4mGboZ5E6SnBChUojhU-evv0bMn8Uk4S6K5wylKEgztPPIVrniRvqAlTbhZV4U2QIuYvYQ0mBj1UMsFZ4/s1920/cave-1835825_1920.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></font></div><font size="3"> Pessoal, estou voltando a postar artigos do Histórias, após organizar melhor os meus projetos. Eu trabalho com marketing e também com Bitcoin e me vi tendendo para esses empreendimentos por serem mais rentáveis; mas decidi que vou dar lugar na minha para a minha paixão; mesmo que dê pouco dinheiro. Afinal, viver pra ganhar dinheiro não é o mesmo que ganhar dinheiro para viver, e o que me faz me sentir vivo é a literatura.</font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"> Nada melhor para reinaugurar o Histórias de Mistério do que falar sobre a importância da ficção, e como ela pode usada como muito mais do que mero entretenimento. Ela pode ser usada para entesourar sabedoria que seria muito difícil, ou muito chato, mantê-la apenas no formato didático.</font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"> Platão sabia muito bem isso, por isso que ele também escrevia ficção: para expressar suas ideias de uma maneira fluida e inteligível.</font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><font size="3"> Talvez a melhor dessas histórias de Platão tenha sido o conto da caverna, que eu transcreverei aqui, com alguma licença poética. Como toda a lenda, cada um encontra seu próprio jeito de conta-la. Depois iremos refletir sobre a história. </font><br /></font></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="color: #2b00fe;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDvwlk3omCuRXjM8YX31wsViZiv74UL4zzHilgN7ECrLsZpy9m0e2_TACZekzjSL4isMb76iSPZAcbw5DWX8094gvA_nZmGtFHfGjrKKjg9KMbdW_pBR2TvvQI8S9zcniyORnjNa_ZAMg/s1920/cave-1835825_1920.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1920" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDvwlk3omCuRXjM8YX31wsViZiv74UL4zzHilgN7ECrLsZpy9m0e2_TACZekzjSL4isMb76iSPZAcbw5DWX8094gvA_nZmGtFHfGjrKKjg9KMbdW_pBR2TvvQI8S9zcniyORnjNa_ZAMg/d/cave-1835825_1920.jpg" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrsQayfFC9yApH51dHm8xXgaicoAx-eQQIVzzg2id9GFpBpNBrU4FK_ZEZaF1bj5qdmE6cVtQQqIIIZSciMl2vu-EUD5NxzyTTz-RgMs3W6z3lq5NFIseiE-v7hXnPmkXdB4HR3ZHmm1Q/s1200/waterfall_rainbow_spray_water_flow_cascade_person_freedom-874062.jpg%2521d.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></span></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"> <span style="color: #2b00fe;"> Em O Conto da Caverna, Platão começa nos explicando sobre dois homens que passaram a vida inteira pre</span><span style="color: #2b00fe;">sos em uma caverna, desde que nasceram. Ele não conta porque eles foram presos lá; mas dá para imaginar que eram indesejados pela comunidade, com alguma característica de nascença ou algo assim.</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Nesta caverna, tudo o que eles viam eram algumas sombras de estátuas, deixadas por seus opressores em cima de alguma rocha inacessível. Quando a luz do sol projetava essas estátuas na parede da caverna, os dois homens assistiam intrigados aquelas imagens estáticas. Tais estátuas eram como um programa de televisão diário, que eles não perdiam.<br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Os dois homens ficavam então interpretando aquelas sombras e conversando sobre o que elas seriam. Eram estátuas de soldados, de animais, de árvores, etc.</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Durante todos os anos de suas vidas era tudo o que conheciam: meras sombras de imitações da vida, e nada mais.</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Talvez tenham se pass</span><span style="color: #2b00fe;">ado umas quatro décadas e os dois homens, já de meia-vida, nunca saíram dessa caverna. É possível que eles comiam ratos, morcegos e artrópode</span><span style="color: #2b00fe;">s, pois Platão não menciona que eles recebessem algo além daquelas estátuas. A comunidade se esqueceu deles, e foram embora.</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Por fim, um dos homens, vencendo o medo daquela luz que viam, resolveu segui-la, finalmente saindo da caverna.</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Lembre-se de que esses homens nunca tinham visto nada na vida, além daquelas sombras. O que esse h</span><span style="color: #2b00fe;">omem viu ao sair da caverna deixou-o simplesmente maravilhado! <br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Ele descobriu que os passarinhos, além de coloridos, também produziam notas musicais magnífic</span><span style="color: #2b00fe;">as! <br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Descobriu que os elefantes eram, na verdade, criaturas enormes, muito maiores do que certa estátua insinuava, eram elegantes criaturas azuladas que marchavam em grupos sobre as águas rasas e caçavam raízes com seus longos narizes (que por vezes também usavam como chuveirinho, rsrsrsrs).</span><span style="color: #2b00fe;"></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> E o rio, que ele vê agora pela primeira vez! Que nenhuma escultura era capaz de imitar sequer uma partícula de sua beleza! Água corria feroz em uma quantidade muito maior do que ele talvez tenha presenciado em algum charco gotejante dentro daquela caverna. Quando a luz do sol batia nas água</span><span style="color: #2b00fe;">s, era como se ela estivesse cheia de glitter!<br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"> Tente imaginar o quão fantasioso e inacreditável era o mundo lá fora para este homem. Cheio de lágrimas, o homem volta para libertar seu companheiro. Dentro da caverna ele fala sobre as coisas magníficas que ele viu lá fora.</span></font></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #2b00fe;"><font size="5"><br /></font></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrsQayfFC9yApH51dHm8xXgaicoAx-eQQIVzzg2id9GFpBpNBrU4FK_ZEZaF1bj5qdmE6cVtQQqIIIZSciMl2vu-EUD5NxzyTTz-RgMs3W6z3lq5NFIseiE-v7hXnPmkXdB4HR3ZHmm1Q/s1200/waterfall_rainbow_spray_water_flow_cascade_person_freedom-874062.jpg%2521d.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="513" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrsQayfFC9yApH51dHm8xXgaicoAx-eQQIVzzg2id9GFpBpNBrU4FK_ZEZaF1bj5qdmE6cVtQQqIIIZSciMl2vu-EUD5NxzyTTz-RgMs3W6z3lq5NFIseiE-v7hXnPmkXdB4HR3ZHmm1Q/w768-h513/waterfall_rainbow_spray_water_flow_cascade_person_freedom-874062.jpg%2521d.jpg" width="768" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /><span style="color: #2b00fe;"></span><span style="color: #2b00fe;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #2b00fe;"><font size="5"><br /></font></span></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;">"Amigo, tu nem imaginas o que vi. Lá fora, de onde a luz vem, essas sombras se mexem! E são de cor muito mais vibrante!</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"><br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;">"O quê! A sombras se mexem? Está louco homem?"</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"><br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;">"Mas é verdade! E toneladas de água correm continuamente."</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"><br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;">"Ahahahaha, toneladas de água, que aqui temos que procurar o dia inteiro para encontrar. Deve estar delirante de sede."</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"><br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;">"E algumas estátuas tocam sons lindos, e voam. Outras estátuas tem comida pendurada nelas, é só pegar! É doce como eu jamais tinha experimentado."</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;"><br /></span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><span style="color: #2b00fe;">"Tu falando essas asneiras de comida pendurada enquanto passamos fome todos os dias. Ah, isso é intolerável. Está expulso dessa caverna! Suma daqui e tente sobreviver dessas tuas fantasias ridículas! Se eu te ver novamente eu te mato."</span></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"><br /></font></div><font size="3"><br /></font><div style="text-align: justify;"><font size="3"> Já deve ter notado que foi exatamente essa história me fez ver o verdadeiro valor do que eu
estava deixando para trás; às vezes só ganhar dinheiro para pagar as
contas é cômodo e triste como passar a vida comendo, bebendo e dormindo
dentro de uma caverna...</font></div><div style="text-align: justify;"><font size="3"> Enfim, galera, não é tão difícil decifrar o quê Platão quis passar com essa história. Ao passo que tomar coragem e desbravar o desconhecido, seja fisicamente ou por meio da expansão intelectual, pode nos maravilhar e encher nossos olhos de júbilo, nossos antigos amigos podem preferir continuar interpretando meras sombras da realidade.</font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><font size="3"> E você como você interpreta essa história? Ou comente o que achou da história, fique à vontade.</font><br /></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></div><div style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></div>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-50500233483828649972020-02-02T10:47:00.001-08:002020-02-02T11:24:09.116-08:00Superpoderes que, de Certa Forma, São Mesmo Possiveis!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBaAKoMKysrlti0ZuKLS6SpfreycIogqtX0c7EgicWvXixvVCStwZ5NIghT4ATDbx9N3l8M3jKa4IUs78QczSP0QmbEYYvVm_8ZTyAM70RJ1ERJ5aeuJaiyacpt6mXmQ7xQYxnai32hmc/s1600/35122993376_2e76fc068b_w.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="400" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBaAKoMKysrlti0ZuKLS6SpfreycIogqtX0c7EgicWvXixvVCStwZ5NIghT4ATDbx9N3l8M3jKa4IUs78QczSP0QmbEYYvVm_8ZTyAM70RJ1ERJ5aeuJaiyacpt6mXmQ7xQYxnai32hmc/s640/35122993376_2e76fc068b_w.jpg" width="640" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"> É claro, se você estudar vai ter o superpoder da inteligência, se você fizer academia vai ter o superpoder da força, se você trabalhar bastante vai ter o superpoder do dinheiro (será?) etc, e etc. Não vou descrever aqui o óbvio. Este texto trata de poderes que estão no limite da realidade e da fantasia, que tratam de assuntos muito teóricos ainda, mas que pode haver um respaldo ou que pode haver interesse da ciência no tema. </span></div>
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<span style="font-size: large;"> E já vou começar metendo o pé na porta, falando de <b>Visão Remota</b>, um dos poderes do Dr. Estranho. Nas histórias em quadrinhos deste herói, por vezes vemos ele sair de seu corpo para vigiar a outros lugares, bem como para interagir de outras formas com pessoas e objetos também. Mas um poder tão escalafobético assim tem algum respaldo?</span></div>
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<span style="font-size: large;"> Estudiosos das peripécias das organizações secretas, tais como a CIA e a KGB, tem consciência da existência de um projeto da CIA chamado Stargate (que aliás, não é nada secreto, até um tempo atrás eles mantinham atualizações das experiências em um site). Trata-se do estudo da capacidade que alguns seres humanos demonstram de clarividência; obtida por meio da habilidade de projetar a própria conciência para fora do corpo. No sentido mais místico, seria a tal da Projeção Astral. Porém, o respaldo científico por trás do projeto Stargate é que certas pessoas, por se concentrarem, são capazes captar informações audiovisuais, de forma exótica, de lugares que nunca foram de modo presencial. </span></div>
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<span style="font-size: large;"> As pessoas capazes desse poder, portanto, não saem do corpo, apenas captam as formas e cores e vozes... remotamente, sem precisarem estar presentes com seu corpo. A teoria é que tais pessoas usam o cérebro para decodificar informações advindas do </span><span style="font-size: large;"><span class="st">emaranhamento </span>quântico, recebidas pelo átomos da matéria de seus corpos. O </span><span style="font-size: large;"><span class="st">emaranhamento </span>quântico é uma já comprovada forma com que átomos comunicam informações entre si, átomo a átomo. Essa ideia insinua que toda a matéria do universo está interconectada, como se o universo fosse uma internet natural. Os antigos hindus já tinham a percepção dessa rede natural, com a qual podiam acessar por meio de meditação, que chamavam de Registros Akáshicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Algumas pessoas alegam que foram contratadas pela CIA para atuarem como espiões psíquicos. Espiões especiais que, por meio de visão remota, tentavam identificar a localização de bases inimigas, por exemplo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Alguns que experimentam essa capacidade alegam ser capazes de ver também seres dimensionais, talvez deslocados um pouco da nossa realidade tridimensional, com os quais não podemos interagir corporalmente. Alguns espiões psíquicos são tratados com certa "violência" psíquica por parte desses seres, perseguindo-os e assustando-os, uma vez que sentem esses espiões como invasores não-autorizados deste plano alternativo. Bora tentar esse poder?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Outro poder ainda relacionado aos tais Registros Akáshicos seria a <b>Previsão</b>, a capacidade de ver o futuro. Muito mais pessoas do que parece manifestam algum nível desse poder. Você mesmo nunca ficou pensando em ligar para alguém que não fala a algum tempo e logo em seguida essa pessoa ligou para você? Ou sonhou com a sua mãe te acordando, no que, logo em seguida, ela te acorda? Neste caso, como sua mente sabia que sua mãe iria abrir a porta do teu quarto e te acordar para recriar isso em sonho antes de acontecer? Algo a se pensar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> É sabido também que a CIA contrata pessoas com a capacidade de sonhar com o futuro com o fim de usarem elas como informantes de eventos importantes ainda por vir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A teoria é que tais videntes usam também os Registros Akáshicos, visto que esta rede de informações naturais está além do espaço e tempo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um superpoder pouco falado mas que está surgindo como tendência é o que podemos chamar de <b>Biocinese</b>, a capacidade de controlar sua própria biologia. Um X-men menos conhecido leva este poder a patamares astronômicos, o herói Elixir. Capaz de autocura, imune a qualquer veneno e mesmo a capacidade de impedir o próprio envelhecimento, tornado-se imortal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas isso tem respaldo na ciência? Obviamente que não ao nível Ômega do X-men Elixir; mas os médicos, faz muito tempo, já sabem, e não se resumem apenas a tomar ciência disto, mas também contam com isto durante testes de eficiência de novos remédios. Estou falando do efeito Placebo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Estranhamente, o ser humano pode melhorar, ficar anestesiado, e mesmo se curar de certas doenças, pelo simples fato de acreditar estar sendo curado, mas sem se submeter a um tratamento realmente efetivo. Refletindo nisso, o que seria o efeito placebo senão uma biocinese, uma cura pela mera força da mente?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Devo instar no entanto que, embora tentar se curar com a força da mente é uma tentativa válida, sempre busquem ajuda especializada e convencional de um bom médico caso esteja doente ou gravemente ferido. E isto vale para qualquer superpoder que você venha a crer que realmente seja possível, NUNCA se coloque em risco físico, emocional ou financeiro por uma teoria; isto seria cometer a burrice de trocar o certo pelo duvidoso. </span><br />
<span style="font-size: large;"> Contanto que você se certifique de sua segurança, porque não tenha desenvolver esses poderes aí?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> E quase como que com o poder da mente, parece que eu já estou lendo os questionamentos mentais dos leitores deste texto: "Fontes, FONTES, EU QUERO PROVAS" ou talvez, "Alegações Extraordinárias requerem Provas Extraordinárias." Eu poderia poluir visualmente os meus artigos com um monte de links de pesquisas e notícias e dados... mas embora este texto seja realmente fruto de pesquisa eu sairia da proposta de entretenimento e teria que ficar cientifizificando tudo o que eu escrevesse aqui. Já imaginou que chato seria para mim se eu tivesse que referenciar com fontes cada frase que eu disser? ... estou certo que vocês não seriam chatos assim.</span></div>
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<span style="font-size: large;"> Mas este artigo está cheio de termos e nomes reais que podem ser checados por quem quiser cavar mais este tema. Faça uma pesquisa pessoal sobre o projeto Stargate, da CIA, ou sobre os Registros Akáshicos, você vai descobrir informações que dariam volumes de livros.</span></div>
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<!---->Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-69057348244764698102019-11-07T11:07:00.000-08:002019-11-07T11:44:56.291-08:00Cinco Ilhas Estranhas que só Existem no Brasil.<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm5tcOEykdF8NjD2i_45rIIHP6FT6F5-zcpm4NGqCrYYcOU6UZAqNc60Z4JXKQcMwrKsAaI3jaQKhSpZsEZZ46O07tLAtKDrnNioLhDK-bvVn4q3tDAUgkXqQSVPLaid8Kws8SNcTaTvE/s1600/Ilha_da_Trindade_-_Penhascos.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="600" height="472" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm5tcOEykdF8NjD2i_45rIIHP6FT6F5-zcpm4NGqCrYYcOU6UZAqNc60Z4JXKQcMwrKsAaI3jaQKhSpZsEZZ46O07tLAtKDrnNioLhDK-bvVn4q3tDAUgkXqQSVPLaid8Kws8SNcTaTvE/s640/Ilha_da_Trindade_-_Penhascos.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A estranha Ilha de Trindade, ilha oceânica brasileira, onde podemos ver, ao fundo, samambaias do tamanho de árvores formando uma rara floresta de samambaias. Por Vitogustavo.</td></tr>
</tbody></table>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;"> Se há lugares neste mundo que acabam ficando bem estranhos são as ilhas. Isoladas dos continentes, estes micromundos precisam se adaptar ao isolamento e funcionar cada um à sua maneira.</span></div>
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<span style="font-size: large;"> H.G. Wells com "A Ilha do dr Moreau", Julio Verne com "A Ilha Misteriosa", "A Terra do Nunca," onde o escritor James Matthew Barrie eterniza a juventude de Peter Pan, e que tal todos os destinos bizarros de Guliver em "As Viagens de Gullliver", de Jonathan Swift... são todas obras de ficção incríveis onde os autores encontraram inspiração em ilhas estranhas. Então, neste artigo, vamos buscar inspiração por aprendermos um pouco sobre ilhas brasileiras pouco faladas, mas cheias de mistérios... tão perigosas que a maioria sequer é permitido por o pé.</span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGX30uqaxZE17wd5pi6UlQJk8iUrvGXlrDy5d-amuSWkYe3FNCh-adOAZBKJNCX-EWkZd4eSy7uj9xPjtG2mhTGefKViQLjeKHceyYHj7gRFRrT7TZL88grJHXUKWiLLxGFc-JKlzDZGk/s1600/QueimadaGrande.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="661" data-original-width="1024" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGX30uqaxZE17wd5pi6UlQJk8iUrvGXlrDy5d-amuSWkYe3FNCh-adOAZBKJNCX-EWkZd4eSy7uj9xPjtG2mhTGefKViQLjeKHceyYHj7gRFRrT7TZL88grJHXUKWiLLxGFc-JKlzDZGk/s640/QueimadaGrande.jpg" width="640" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"> Em Peruibe, SP, nas redondezas do balneário Gaivotas, você poderá observar, no azul horizonte marítimo, a sombra distante de uma ilha intocada. E é o máximo que você pode contemplar desta ilha. Chamada de Ilha da Queimada Grande, é lar de uma pequena e endêmica (só existe nesta pequena ilha) espécie de cobra, cujo veneno é tão mortal que uma picada significa, praticamente, uma sentença de morte - a jararaca-ilhoa (<i>Bothrops insularis</i>). Se o raro antídoto não for aplicado em menos de duas horas, o órgãos do corpo falecem e a pessoa morre.</span></div>
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<span style="font-size: large;"> Acredita-se que o veneno desta cobra tenha ficado assim tão potente para poder causar morte instantânea nas aves que visitam a ilha, praticamente a única fonte de alimento para essa cobrinha, que ela busca ao subir em árvores; comportamento exclusivo desta espécie de jararaca.</span></div>
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<span style="font-size: large;"> A ilha está simplesmente repleta dessas cobras, estima-se uma em cada metro quadrado da ilha! No passado quando o acesso á ilha não era proibido, era costume provocar queimadas na ilha para afugentar as cobras, o que rendeu um nome muito estranho para a ilha.</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWg55otLxyvHjOwqRSpGS5EYOxHPISR6hN_ma9Mi_LvLig_4qQV7V27jWvl_lXWD3eHxuf7R0sbubEl-CTvnUTcvDM45tdIWPqECH1mjYIlugXkrjGpQhb2B4w1uX96E-E9jDBlCDA-Dk/s1600/Alcatrazes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="661" data-original-width="1024" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWg55otLxyvHjOwqRSpGS5EYOxHPISR6hN_ma9Mi_LvLig_4qQV7V27jWvl_lXWD3eHxuf7R0sbubEl-CTvnUTcvDM45tdIWPqECH1mjYIlugXkrjGpQhb2B4w1uX96E-E9jDBlCDA-Dk/s640/Alcatrazes.jpg" width="640" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Diferente da Ilha de Alcatraz americana, a ilha brasileira é um pedaço de terra que permaneceu intocado por milhares, talvez milhões de anos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Embora esteja separada do continente por apenas 35 quilômetros de mar, o interesse científico desta ilha (parte principal de um arquipélago com ilha menores) é bem recente. No passado, um paredão da ilha era alvo de treinamento com canhões, e podem ser encontradas as balas de canhão espalhadas pela ilha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A Ilha de Alcatrazes tem uma geografia muito diversa, apesar de sua pequena extensão. Há morros, uma mini-cordilheira, canaviais, florestas, uma campina e até um vale entre morros. Uma ilha do tipo que poderia mesmo ser imaginada como um mundo perdido e pré-histórico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Apesar da ilha, agora já explorada, não ter dinossauros, há espécies únicas de animais na ilha, que se apresentam, estranhamente, em versões miniaturizadas das versões continentais: a jararaca-de-Alcatrazes (<i>Bothrops alcatraz</i>) a menor espécie de jararaca do mundo e a única que é insetívora, a perereca-de-Alcatrazes (<i>Scinax alcatraz</i>), um dos menores anfíbios do mundo com apenas 25 milímetros e a rã-de-Alcatrazes (<span class="st"><i>Cycloramphus faustoi</i>) uma pequena rã escura que vive na ilha.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Há também cerca de seis espécies de plantas endêmicas, algumas dão flores únicas, como a <i>Siníngia insularis</i>. Outras espécies de fauna e flora não são endêmicas mas ainda assim, muito raras, tornando a ilha um local de grande interesse ambiental.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> A biodiversidade da ilha incluí também mais de cem espécies de aves, o maior ninhal de fragatas do mundo, capaz de agrupar 6 mil fragatas, a maior diversidade de peixes do Brasil com 250 espécies, inclusive a estranha enguia-de-jardim (</span><span class="st" style="font-size: large;"><i>Heteroconger longissimus</i>) peixe que até então não se sabia ser brasileiro, que se enterra na areia do fundo do mar, frequentemente expondo até metade do corpo para fora, como uma estátua de jardim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Recentemente aberta ao público, para visitar as proximidades por barcos, não é permitido o desembarque na ilha.</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHoWu8d271W3y8-kc-sldkiFSmiQcVCDBMM12HqBQYsPLOsLwVFipRWKgvM7oVxE4uo6YMXR2iMnKqySb_KSJYE-jwHTufunaoXQcztqRtwcoLAFwANQzs8FggGlrM-oT9WxQBOq7KawM/s1600/Rocas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="661" data-original-width="1024" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHoWu8d271W3y8-kc-sldkiFSmiQcVCDBMM12HqBQYsPLOsLwVFipRWKgvM7oVxE4uo6YMXR2iMnKqySb_KSJYE-jwHTufunaoXQcztqRtwcoLAFwANQzs8FggGlrM-oT9WxQBOq7KawM/s640/Rocas.jpg" width="640" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um atol é uma ilha formada por sedimentos de origem exclusivamente biológicas, como restos de corais e conchas. O único atol do Brasil é também único pelo fato de ser o único atol tropical do Oceano Atlântico, com uma biodiversidade muito rica.</span><br />
<span style="font-size: large;"> O local é cheio de piscinas naturais envoltas por areia biológica que também possibilita com que plantas de restinga cresçam, cobrindo a ilha com um pouco de verde para competir com o tom da areia. O atol também é ninho de tartarugas marinhas, inclusive a tartaruga-verde, ameaçada de extinção, e a tartaruga-de-pente, criticamente ameaçada. A ilha também possui uma grande população de aratus, caranguejos raros que só habitam ilhas distantes do continente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> É possível encontrar também espécies de aves migratórias fazendo parada de diferentes regiões do mundo; além de cinco espécies que residem no atol permanentemente.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Para visitar a ilha por turismo é necessário autorização especial do IBAMA.</span></div>
<span class="st" style="font-size: large;"><br /></span><span style="font-size: large;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIFizRKipQ2hWRF1V1NnTqmc0aJpqTcV5646wZCUIrrcT3xqcBW-HfHsFugM_vGEBWPH6CJVU_MWidj1pdAiPqz-ukODNTl7IbcK18LwQCSErTjVx9PDR9w4E_PS_y7KGDMwrDTBo1RcY/s1600/TrinVaz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="659" data-original-width="1024" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIFizRKipQ2hWRF1V1NnTqmc0aJpqTcV5646wZCUIrrcT3xqcBW-HfHsFugM_vGEBWPH6CJVU_MWidj1pdAiPqz-ukODNTl7IbcK18LwQCSErTjVx9PDR9w4E_PS_y7KGDMwrDTBo1RcY/s640/TrinVaz.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
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<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span class="st" style="font-size: large;"> Uma das regiões mais inóspitas do Brasil, a ilha de Trindade e sua companheira menor, Martim Vaz, ficam no extremo leste do Brasil, bem no meio do oceano Atlântico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Martin Vaz é um planalto rochoso, quase sem praias, e com pouca vegetação; a Ilha da Trindade é mais exuberante, embora ainda seja um ambiente bem inóspito e rochoso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> O local onde ficam as duas ilhas é cheio de rochedos afiados escondidos sob a superfície da água, além de diversas ilhotas que formam o arquipélago Trindade e Martim Vaz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Embora menos exuberante, a ilha de Martin Vaz abriga espécies raras de aranhas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Porque a ilha de Trindade é mais exuberante do que a rochosa ilha de Martim Vaz? A resposta está no fato de que a ilha de Trindade é repleta de solo vulcânico, solo muito nutritivo para formas vegetais. Sim, a ilha da Trindade contém um vulcão extinto, que outrora espirrou rocha derretida pela ilha. O chamado Morro do Paredão é, na verdade, as ruínas de um vulcão extinto, o único vulcão brasileiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Nesta ilha vulcânica podemos nos aventurar por uma rara floresta de samambaias-gigantes (</span><span class="st" style="font-size: large;"><span class="st"><i>Cyathea copelandii</i><wbr></wbr>)</span>. A espécie de samambaia-gigante da ilha, além de ser ainda maior e possuir diferenças morfológicas em relação à espécie continental, </span><span class="st" style="font-size: large;"><span class="st"><i>Cyathea delgadii</i>,</span> ocorre predominante na ilha, formando uma floresta de samambaias não vista em nenhum outro lugar do mundo. Outras samambaias raras ocorrem abundantes na ilha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Um excelente arquivo sobre a fauna e a flora desta ilha pode ser lido <a href="https://www.marinha.mil.br/secirm/sites/www.marinha.mil.br.secirm/files/documentos/protrindade/producao/ensaio-geobotanico.pdf">aqui</a>. </span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhszeDkOrNu0Zg7I7u6UwGmcbuldPuVaFUvekh9AjpDbzQ9Q_1uQ8nLqIcOV1FgNy_rLRrsxYKRdi5LE7wCeF3qVPN3x2yk9Rd8UVn98fYD_nTm_XlWpPtu9G1A1iC0pW-Fytfnkh43T0U/s1600/PedroPaulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="661" data-original-width="1024" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhszeDkOrNu0Zg7I7u6UwGmcbuldPuVaFUvekh9AjpDbzQ9Q_1uQ8nLqIcOV1FgNy_rLRrsxYKRdi5LE7wCeF3qVPN3x2yk9Rd8UVn98fYD_nTm_XlWpPtu9G1A1iC0pW-Fytfnkh43T0U/s640/PedroPaulo.jpg" width="640" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Sem dúvida o ambiente mais inóspito do território brasileiro, esse pequeno arquipélago está situado após o final da placa tectônica sulamericana, já no início da placa africana. Não há água, nem vegetação nativa em nenhuma das ilhas. Uma estação de pesquisa funciona ali e é constantemente habitada por revezamento, para garantir a soberania da ilha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Mas o que uma ilha tão inóspita poderia ter de tão importante? Ela é nada menos do que a única ilha do mundo cuja a superfície exposta é composta do manto oceânico. É o único manto oceânico exposto do mundo e é brasileiro! Isso possibilita raras oportunidades de estudos científicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"> Apesar de inóspita, as ilhas são usadas para nidificação por muitas espécies de aves marinhas. Além de crustáceos como o exótico caranguejo <i>Grapsus grapsus</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="st" style="font-size: large;"><br /></span>
<span class="st" style="font-size: large;"><br /></span><span style="font-size: large;">
<span class="st"> Então pessoal, vocês sabiam que existem tais territórios brasileiro tão isolados e estranhos? Comentem o que acharam!</span></span></div>
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Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-62380524048891259032019-10-26T11:59:00.003-07:002019-10-26T12:13:05.435-07:00O que Diabos é um Olho Voador ?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAUq79yxTB18lNqNbucKVE2rhzKAuNbHRSdZXqnMuzCN-0hhGIm-c091XvoteSAHa9so2aLRpHWx6dm0sFaE5UmVEsgFGx3mhZ7vtIy8DTjZfR7E7CbFk5ZEw2PFzUUhZZCxMsZ2wC1CQ/s1600/isstoq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="712" data-original-width="640" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAUq79yxTB18lNqNbucKVE2rhzKAuNbHRSdZXqnMuzCN-0hhGIm-c091XvoteSAHa9so2aLRpHWx6dm0sFaE5UmVEsgFGx3mhZ7vtIy8DTjZfR7E7CbFk5ZEw2PFzUUhZZCxMsZ2wC1CQ/s640/isstoq.jpg" width="572" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Você pode encontrar essa criatura bizarra em muitos games de RPG, e em algumas histórias literárias de horror fantástico, mas ela receberá sempre nomes genéricos como Fiend (Monstro), Flying Eye (Olho Voador), entre outros.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Como eu defendo a hipótese de que toda a criatura da fantasia foi baseada em um monstro da mitologia, eu fiquei por anos pesquisando que monstro mitológico esse... Fiend... poderia ser.</span><br />
<span style="font-size: large;"> E é uma criatura realmente muito improvável, daquelas que parecem mesmo pura invenção de um escritor criativo: um olho gigante que voa, às vezes retratado com asas de morcego, às vezes usando os nervos oculares como asas.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Apenas recentemente eu consegui descobrir de que mitologia veio esta criatura, ela veio da mitologia Inuit - um povo que é popularmente conhecido como Esquimós.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Para o povo Inuit, eles sempre estavam sendo vigiados por Issitoq, um olho gigante monstruoso que voa procurando pessoas que não seguem as regras da comunidade, como um Big Brother vivo. Se a pessoa falasse um palavrão, já era motivo para temer que Issitoq estivesse vendo.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Quem visse Issitoq mas não estava "devendo na praça" podia ficar tranquilo, se é que a simples aparição dessa criatura horrenda desse alguma margem para tranquilidade. Mas se a pessoa tivesse desrespeitado alguma regra da comunidade inuit, Issitoq certamente sabia já que o vigilante monstro sempre vê tudo. Como castigo, Issitoq sugava a alma do infrator com sua pupila imensa; se o infrator se arrependesse e prometesse concertar sua infração, o monstro até poderia devolver a alma da pessoa. Mas se não houvesse arrependimento, a alma da vítima viveria nas entranhas de Isstoq por toda a eternidade.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Muito pouca informação está disponível sobre essa estranha deidade inuit, que se tornou um monstrinho muito popular em RPGs. Então esse artigo da série "Que diabo é..." ficou curto. Pelo menos já sabemos o nome verdadeiro dessa criatura esdrúxula e a que mitologia ela pertence.. Issitoq, o Big Brother da mitologia Inuit.</span></div>
<br />Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-83393093899376277412019-10-11T12:10:00.000-07:002019-10-11T16:22:40.050-07:00 Guia da Insônia #27 Agatha Christie<b><span style="color: #660000;"><b>Agatha Mary Clarissa Christie</b> (1890-1976)</span></b><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Estilo: Romance Policial</span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinYfwdPgF2hySd7A7-JpBILCM1ueSo1z1JqBapLy5PLir713InLxqNyuppKlL0rvey5hdsSFKacPbpQbogkHHNkLyI26LVOM0xsGqG0jSyLX-WBWZVbq7OOUQJwAdKOd8o5MhhKIDBIUU/s1600/agcr.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="372" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinYfwdPgF2hySd7A7-JpBILCM1ueSo1z1JqBapLy5PLir713InLxqNyuppKlL0rvey5hdsSFKacPbpQbogkHHNkLyI26LVOM0xsGqG0jSyLX-WBWZVbq7OOUQJwAdKOd8o5MhhKIDBIUU/s400/agcr.jpg" width="310" /></a></div>
Conhecida como a "Rainha do Crime," a escritora se especializou em romances policiais e de mistério; embora também fosse capaz de escrever outros gêneros.<br />
Agatha Christie teve uma excelente educação, estudando em casa com diversos professores.<br />
Ao contrário de muitos escritores de romance policial, Agatha Christie criou diversos protagonistas que atuaram como investigadores em suas histórias, podendo ser profissionais ou amadores. Como personagens mais famosos da escritora podemos citar Hercule Poirot, que foi usado em cerca de 40 histórias da escritora, e Miss Maple, presente em 12 romances e 20 contos.<br />
Ela tinha uma personalidade forte, sendo tímida e sensível. Ela chegou a protagonizar seu próprio mistério policial, real, quando descobriu que seu marido a tinha abandonado para ficar com outra mulher. Ela ficou 11 dias desaparecida, seu carro foi encontrado em um barranco no lago Silent no dia 4 d dezembro de 1926, com as luzes acesas. Cerca de 15000 pessoas estiveram envolvidas em sua busca. Finalmente ela foi encontrada hospedada em um hotel na cidade de Harrogate, muito confusa e tendo se registrado no hotel pelo nome de Teresa Neele, o nome da amante de seu marido. Enquanto muitos interpretam isso como um golpe publicitário oportunista, outra teoria tenta explicar o evento como sendo um caso de dissociação de identidade por conta do trauma de ter sido abandonada pelo marido.<br />
A escritora chegou a se casar novamente, e seu novo relacionamento durou até sua morte. Este fora o melhor momento da escritora, que fez muitas viagens com seu marido, visitando expedições arqueológicas.<br />
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<span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;">Sugestões de leitura </span></b></span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWPeuQgU61NHB3EQO4e50POPA1LwnhKHY7lOm4iJmqyrICvvPoWejiulYzwpD6AqdI5AnTD_1HOj_-ZlT8l-NLMdTHLIAtMYNl56_pIz74NCUx5dUnbufpj9s8CV7_0M824gCrt4j_G7Y/s1600/bf563f_af9d30bbae67438baddf4bc5ef7e2963%257Emv2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="294" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWPeuQgU61NHB3EQO4e50POPA1LwnhKHY7lOm4iJmqyrICvvPoWejiulYzwpD6AqdI5AnTD_1HOj_-ZlT8l-NLMdTHLIAtMYNl56_pIz74NCUx5dUnbufpj9s8CV7_0M824gCrt4j_G7Y/s320/bf563f_af9d30bbae67438baddf4bc5ef7e2963%257Emv2.jpg" width="235" /></a></div>
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<div style="text-align: center;">
<b><i><b>O Misterioso Caso de Styles</b></i> (The Mysterious Affair at Styles)</b> 1920. <i>Romance Policial </i> O primeiro livro da escritora e o primeiro livro protagonizado pelo investigador Hercule Poirot. Ele investigará uma morte por ataque cardíaco na misteriosa Mansão Styles, uma morte suspeita de envenenamento.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2IB000y1BhTHAC50qvZxUjNH6q19cURwsDQPgR8ijWW82w1dLWohvvQC9jABmLxZXQ8FVcPOoKqLwRBjT2s5IhS9fhB_cdJzbHyD1o9r4nQrwyT1Unv9BZzeM60hTbd7L9hnU-wjZfWI/s1600/ag02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="273" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2IB000y1BhTHAC50qvZxUjNH6q19cURwsDQPgR8ijWW82w1dLWohvvQC9jABmLxZXQ8FVcPOoKqLwRBjT2s5IhS9fhB_cdJzbHyD1o9r4nQrwyT1Unv9BZzeM60hTbd7L9hnU-wjZfWI/s320/ag02.jpg" width="218" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<b><i>O Assassinato de Roger Ackroyd </i>(The Murder of Roger Ackroyd)</b> 1926. <i>Romance Policial</i>.<i> </i>Mais um caso para o detetive belga Hercule Poirot<i>. </i>Um suicídio por envenenamento se desdobra em um complexo caso onde cada suspeito tem um segredo; o investigador Poirot, que pensara estar sossegado plantando abóboras é requisitado para resolver o mistério.</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsDSIZtecoEgB6L-xyW_Bk8LESxc46MqSGQBsi857OGyZILBMsi2UT2VFyJyk_hWvz6RbGJU9onZwZD2MNuP9fFSVT9UtR25y1dBqeHhkkIEAz1hf5Cr51ED0lkT1xxpwGgNhyphenhyphenH8Rl68/s1600/ag03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="382" data-original-width="236" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsDSIZtecoEgB6L-xyW_Bk8LESxc46MqSGQBsi857OGyZILBMsi2UT2VFyJyk_hWvz6RbGJU9onZwZD2MNuP9fFSVT9UtR25y1dBqeHhkkIEAz1hf5Cr51ED0lkT1xxpwGgNhyphenhyphenH8Rl68/s320/ag03.jpg" width="197" /></a></div>
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<div style="text-align: center;">
<b><i><b>Assassinato no Expresso Oriente</b></i> <i>(Murder on the Orient Express)</i></b> 1934. <i>Romance Policial</i>. Encalhado nos trilhos devido a uma tempestade de neve, o trem Oriente Express amanhece com um passageiro a menos, ou melhor, com um passageiro vivo a menos. Mas outro passageiro é ninguém menos que o investigador Hercule Poirot, que tentará solucionar o assassinato.<br />
<i></i><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYFQR2MA1QDo5olfWYCdj_R7VuV1fRjDQiJrSvi08rFOrnJF-u6u57LDjJAetOhbMPO3-Jqg2Fl8fvVXpCBBnVUKcdDTMkcj9L_LfialuAJgR4ob81MEE9mQF3sx-yb135cYod6_TLJ4k/s1600/ag04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYFQR2MA1QDo5olfWYCdj_R7VuV1fRjDQiJrSvi08rFOrnJF-u6u57LDjJAetOhbMPO3-Jqg2Fl8fvVXpCBBnVUKcdDTMkcj9L_LfialuAJgR4ob81MEE9mQF3sx-yb135cYod6_TLJ4k/s1600/ag04.jpg" /></a></div>
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<div style="text-align: center;">
<b><i><b>A Casa do Penhasco</b></i> (Peril at End House)</b> 1932. <i>Romance policial. </i>Na costa da Cornualha, Poirot tentará proteger uma jovem de diversas tentativas de assassinato misteriosas que ela vem sofrendo, ela é proprietária da pitoresca Casa no Penhasco.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Kx56I1uQ202K3jx0EB44avbGochrhNlgxb7bdGDix3O8wG8ZaHwzOH346fmojqGFPk9-YQTllcq5rN419hF9lNRoSB0tEguC33DdqwQXq3esl61RDXTd96sJ-aq8JhkkO4uMhgT0cv4/s1600/ag05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="267" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Kx56I1uQ202K3jx0EB44avbGochrhNlgxb7bdGDix3O8wG8ZaHwzOH346fmojqGFPk9-YQTllcq5rN419hF9lNRoSB0tEguC33DdqwQXq3esl61RDXTd96sJ-aq8JhkkO4uMhgT0cv4/s320/ag05.jpg" width="213" /></a></div>
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<i><b><b>Morte no Nilo </b></b></i><b>(</b><b><b>Death on the Nile</b>)</b> 1937. <i>Romance policial. </i>Uma lua de mel no Egito fica muito estranha quando o casal encontra a melhor amiga da esposa, que também é ex do marido, perseguindo-os na viagem. Entre os muitos turistas aleatórios que estão por lá, encontra-se o investigador Hercule Poirot, que se vê no dever de investigar quando um assassinato acontece, rompendo o triângulo amoroso.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNy5Mp-aBrAWRliD970KbyI6qLUsWE_KZqqufPjXBgwRWPMAHDMMvAOY_uIf27qCweCmHdTbHeAW05iXuTpKBVEh7qrj4QgaH-BNNEt10zqmwDXj8SIbBEzQZPEhyphenhyphenn-_TgrbfBNwB-k7k/s1600/ag06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="309" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNy5Mp-aBrAWRliD970KbyI6qLUsWE_KZqqufPjXBgwRWPMAHDMMvAOY_uIf27qCweCmHdTbHeAW05iXuTpKBVEh7qrj4QgaH-BNNEt10zqmwDXj8SIbBEzQZPEhyphenhyphenn-_TgrbfBNwB-k7k/s1600/ag06.jpg" /></a></div>
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<b><i><b>Morte na Praia </b></i><b>(Evil Under the Sun)</b></b> 1941. <i>Romance policial. </i>Arlena Marshall tem um marido moderninho que deixa ela se envolver com outros caras. Mas teme que seu marido também queira uma aventura amorosa quando uma amiga bem próxima dele aparece na história. Quando o corpo de Arlena aparece na praia, todos suspeitam do marido, que poderia ter se zangado por ela não dar a ele a liberdade que ele dava a ela. De férias nesse fervilhante litoral da Cornualha está Hercule Poirot, que será requisitado para resolver mais esse caso.<br />
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<i><b>Morte na Mesopotâmia </b></i><b>(Murder in</b><b> Mesopotamia) </b>1936.<b> </b><i>Romance policial. </i>A ex-esposa de um espião condenado à morte, e foragido, frequentemente recebe cartas anônimas ameaçando-a de morte caso se case com alguém. Ela casou-se mas apareceu morta. Hercule Poirot irá trabalhar em mais esse caso ambientado na Mesopotâmia.<br />
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<i><b>Nemesis. </b></i>1971. <i>Romance policial. </i>Miss Marple promete conceder o último pedido de um morimbundo, a resolução de um crime. Mas a escassez de pistas torna difícil para ela cumprir sua promessa.<br />
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<i><b>Um Crime Adormecido. </b></i><b>(</b><b>Sleeping Murder)</b>. 1976. <i>Romance policial. </i>Um misterioso deja vu deixa uma jovem recém-casada atônita quando vêm em sua mente a imagem vívida de uma mulher morta. A investigadora amadora Miss Marple tenta ajudá-la a desvendar esse mistério psíquico.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn3iT_q68HMlfb-o3qSa5HVcg9S0gc4_B0MUQsLBqaTHd0z_vN0ufJgTb92daXvk3rOsYoLCdAFvQPzD5Ryo7JV2rVlh8xddOeoxRyq7Yvnk5oMhrCuc12kGjbWZNveY5vzNiXaG-JMVY/s1600/ag10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="263" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn3iT_q68HMlfb-o3qSa5HVcg9S0gc4_B0MUQsLBqaTHd0z_vN0ufJgTb92daXvk3rOsYoLCdAFvQPzD5Ryo7JV2rVlh8xddOeoxRyq7Yvnk5oMhrCuc12kGjbWZNveY5vzNiXaG-JMVY/s320/ag10.jpg" width="210" /></a></div>
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<i><b>Convite Para um Homicídio </b></i><b>(</b><b><b>A Murder is Announced). </b></b>1972<b><b>. </b></b><i>Romance policial. </i>Um estranho anúncio aparece no jornal local: <i>"Convida-se para um homicídio, sexta-feira, 29 de outubro, em Little Paddocks, às 18h30m."</i> A Miss Marple ajuda a polícia a apurar esse anúncio bizarro.<br />
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<i><b>O Segredo de Chimneys </b></i><b>(The Secret of Chimneys).</b> 1925. <i>Romance policial. </i>Diversos crimes acontecem em paralelo quando um assassinato à tiros na Mansão Chimneys se apresenta qual clímax desses eventos ilícitos aparentemente desconectados. Cabe ao Superintendente Battle, da Scotland Yard, resolver esse quebra-cabeças. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3PPJsHnV2YJZ3ZMY14-UwQ7zWO04LSkvwrG5BdYtKnADhaW3TWwgdtl7-HVcqI8bV_3aGfpRa5WAvxtI20cTS6eTTn9S7dCEdDZ7Ew-Ugq3WcbB_PLqoxAxl88mmQQyqJNA0KkP3Balk/s1600/ag12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="237" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3PPJsHnV2YJZ3ZMY14-UwQ7zWO04LSkvwrG5BdYtKnADhaW3TWwgdtl7-HVcqI8bV_3aGfpRa5WAvxtI20cTS6eTTn9S7dCEdDZ7Ew-Ugq3WcbB_PLqoxAxl88mmQQyqJNA0KkP3Balk/s320/ag12.jpg" width="189" /></a></div>
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<i><b>Noite sem Fim </b></i><b>(Endless Night)</b>. 1967. <i>Romance policial. </i>Um casamento às escondidas, sob a fúria da família da noiva, prossegue com a construção de uma suntuosa casa em local que descobre-se ser amaldiçoado. E um sonho de amor vira um pesadelo quando a esposa aparece morta no bosque.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6mV_AsbioQZzrAfBvK6MbfZ9BY0dHI0qF8P7pTfl2O19pHt69N0asxtvUSJWUK-FUW3s2TqFMUKFJq8IdVfjSDS2d3wwlqC1AbVEhcPiodBk1vmucZi8WyT8SAuWoi2CSjVWOevlIc0c/s1600/ag13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="231" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6mV_AsbioQZzrAfBvK6MbfZ9BY0dHI0qF8P7pTfl2O19pHt69N0asxtvUSJWUK-FUW3s2TqFMUKFJq8IdVfjSDS2d3wwlqC1AbVEhcPiodBk1vmucZi8WyT8SAuWoi2CSjVWOevlIc0c/s320/ag13.jpg" width="184" /></a></div>
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<i><b>Passageiro para Frankfurt </b></i><b>(</b><b><b>Passenger to Frankfurt)</b></b><i><b><i><b>.</b></i></b><i> </i></i>1970. <i>Romance de Espionagem</i>. Uma mulher em desespero entrega seus documentos para um diplomata no aeroporto. Ele agora terá que sair de uma enrascada internacional e enfrentar a Condessa von Waldsausen, uma nazista que ainda aspira dominar a Europa corrompendo os jovens.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikBWEuqGsRkk9hgaD_gxB99TWYw2HOcuOSRmXJ2QkP0naWoI6t915tI8Z-P6Trc4O0jbNGnY23cmaa8HrQy8u3ytSnOKd5hxZI4Tpn7lKcOW-P0HjJ7zmdjenOKloJxlY2hLRJqmIUhqo/s1600/ag14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="270" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikBWEuqGsRkk9hgaD_gxB99TWYw2HOcuOSRmXJ2QkP0naWoI6t915tI8Z-P6Trc4O0jbNGnY23cmaa8HrQy8u3ytSnOKd5hxZI4Tpn7lKcOW-P0HjJ7zmdjenOKloJxlY2hLRJqmIUhqo/s320/ag14.jpg" width="216" /></a></div>
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<i><b>O Cão da Morte e outras Histórias </b></i><b>(</b><b><b>The Hound of Death and Other Stories</b></b><b><b>)</b></b>. 1932. <i>Terror Sobrenatural</i>. Agatha Cristie também escreveu muitos contos, embora a maioria fossem histórias curtas de seus personagens investigadores. A coletânea "O Cão da Morte" se destaca por ser composta por histórias independentes com a temática mais direta ao terror sobrenatural. <b><b> </b></b><i><b><i><b><br /></b></i></b></i><br />
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Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-46003119030946279062019-09-01T10:11:00.000-07:002019-09-01T16:10:45.784-07:00Como Dar um Nome ao seu Personagem?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0_8t_GqQkmFg6Dn8tCCxfTtm9DAt9Yg0IUwSs63ft1x6MbNn8eqT_r0x7lAKt9SbMFmhhsJU6SFOA7p03GZKaUBm_GV1NBGNOVY1AUk0_qrgumu8g_YL4oBtM_hVRbSZMjH4fB1Av1XY/s1600/personas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0_8t_GqQkmFg6Dn8tCCxfTtm9DAt9Yg0IUwSs63ft1x6MbNn8eqT_r0x7lAKt9SbMFmhhsJU6SFOA7p03GZKaUBm_GV1NBGNOVY1AUk0_qrgumu8g_YL4oBtM_hVRbSZMjH4fB1Av1XY/s1600/personas.jpg" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"> Para muitos escritores dar um nome a um personagem é uma tarefa difícil. Isso porque, diferente de um texto, um nome não pode ser fruto exclusivo da criatividade, um nome precisa soar real, para tornar o personagem crível. Por outro lado também não é interessante um nome muito comum; é certo que um escritor não quer criar um personagem com o mesmo nome e sobrenome de umas trocentas pessoas reais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O solução para esse dilema é aliar a criatividade com pesquisas no campo da História e da Linguística. Pronto, artigo terminado, até o próximo assunto, pessoal... brincadeira, é claro que vou explicar com mais detalhes para vocês.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A escolha do primeiro nome não é um bicho de sete cabeças. Pode ser até João e Maria, se seu personagem for uma pessoa simples. Na verdade é esse o segredo para a escolha de um bom primeiro nome. Um nome que combine com as características de seu personagem. Personagens fortes devem ter nomes fortes, como o nome masculino Victor ou nome feminino Érika. Se seu personagem for simples, João, Maria, Cida, Conceição, Zé. Também há nomes para personagens medrosos, para personagens selvagens, etc. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Se for um personagem histórico, a escolha do primeiro nome também ser compatível com os nomes que eram comumente usados no local e na época em que a história se passa.</span></div>
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<span style="font-size: large;"> A escolha de um sobrenome pode ser mais complicado. Um escritor, geralmente, não quer que o nome de seu personagem coincida com o nome de uma pessoa real. Assim, escolher um sobrenome raro ou inventar um é recomendado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Quer você decida usar um sobrenome real quer decida inventá-lo, é bom que esse sobrenome seja baseado nas origens étnicas do personagem. Antes de dar um nome ao seu personagem é bom criar a história de origem desse personagem, de onde ele veio, ou de onde a família dele veio, principalmente. Daí escolher um sobrenome que combine com a etnia do personagem. Se desejar inventar um sobrenome, você deve usar o idioma falado pela etnia do personagem, ou pelas civilizações ancestrais dessa etnia; você poderá usar uma só palavra desse idioma ou juntar mais de uma para formar o sobrenome, e é legal que você também combine o sobrenome com as característica de seu personagem. Imagine a alegria de um leitor que vai pesquisar, ele próprio, a origem do nome do teu personagem e encontrar algum significado interessante. Nome de vilas ou cidades pouco conhecidas de civilizações antigas também dão ótimos sobrenomes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Se quiser um personagem bem único, escolha também um primeiro nome oriundo da etnia do personagem. E se o personagem é brasileiro, tem a vantagem dele poder ter muitos dos sobrenomes estrangeiros como sobrenomes italianos, portugueses, alemães, africanos, etc. Pois o Brasil recebeu muitos imigrantes ao longo da história.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Eu uso essas dicas a muito tempo e criei nomes tanto inventados quanto existentes, que dificilmente coincidem com algum nome real, mais que ainda soam como se fossem verdadeiros. Por exemplo, criei o detetive Gregório Tanneli, sendo que Tanneli é um sobrenome inventado, sendo uma variação antiga do nome italiano Daniele. O arqueólogo Kalebh Akshan, que é judeu, tem um nome bíblico e um sobrenome em hindi, que significa "olho." Criei também o mago Apolo Adler, o nome de um deus e um sobrenome teutônico, visto que ele é um mago de origem escandinava; no livro <a href="https://fernandovrech.blogspot.com/p/blog-page.html">Kaos</a>, é revelado que o nome completo dele é Odin Hórus Apolo Adler, porque sua mãe acreditava que nomes de deuses conferiam poder; note que o nome de um personagem pode estar intimamente relacionado com a sua historia, servindo para destacar aspectos de sua personalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> E aí, você é bom em criar nomes? Sugira aí nos comentários nomes de magos, de detetives, de guerreiros... para ajudar quem tem dificuldade em criar nome, que tal? Ou dê sua dica pessoal de como criar nomes, fique à vontade.</span></div>
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Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-91081770656568706242019-07-30T10:17:00.002-07:002019-07-30T10:48:50.235-07:00O Flautista de Hamelin - E os Fatos Macabros que Podem ter Dado Origem ao Conto.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6H5d8OZeV4sLfpFoKJQIjG0dJCnwuFOAHgzZwXlJRb-fSWLm0fQnAkczOjSt7v_x8HfNkL_TK6dZ6Nw7QofZjZEkA4UWYQH5eT7EG4uBBtCuHaKLyBw72UuyexAok4ThnNIKYjkynEoA/s1600/piperhamlin.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="455" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6H5d8OZeV4sLfpFoKJQIjG0dJCnwuFOAHgzZwXlJRb-fSWLm0fQnAkczOjSt7v_x8HfNkL_TK6dZ6Nw7QofZjZEkA4UWYQH5eT7EG4uBBtCuHaKLyBw72UuyexAok4ThnNIKYjkynEoA/s640/piperhamlin.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-size: large;"><br /><br /> Contos folclóricos podem parecer apenas ficção e fantasia mas são muito mais que isso. Até a ficção surge por um motivo, e está aí o grande valor dos chamados contos de fadas; porque tais contos folclóricos é literatura espontânea. Surgem em uma comunidade e vão sendo recontadas e sendo espalhadas com uma força tal que chega até aos nossos ouvidos, por vezes milhares de anos mais jovens do que os primeiros ouvidos que as ouviram. Essa incrível força que leva tais histórias pelos milênios são, na verdade, os motivos pelos quais tais histórias fictícias tornaram-se necessárias para as primeiras comunidades humanas: os medos desses povos, suas mágoas e por que não, a esperança deles. Um bom historiador aprecia as informações psicossociais, veladas nas entranhas dessas histórias fantásticas, e as decodifica para prover cor ao quadro que a historiografia faz desses povos antigos, cor esta que não é provida pelos frios documentos e artefatos que são as fontes históricas mais comuns.<br /> Existem até pessoas que acreditam que os contos da fadas são, de alguma forma, relatos de eventos reais, por mais fantasiosos que pareçam. Eu, pessoalmente, não chego a esse extremo de conferir veracidade a contos folclóricos. A minha linha de pensamento é que eventos reais poderiam sim motivar a criação dessas histórias, mas que a ficção e fantasia contida nelas seriam meios de tornar esses eventos mais fáceis de serem aceitos, ou teriam o objetivo de alertar as crianças, em uma tentativa de evitar que tais eventos reais se repetissem futuramente.<br /> Eu já tratei dessa temática aqui no "Histórias", apresentando para os meus leitores versões macabras da história da Chapeuzinho-Vermelho, e foi na pesquisa que fiz para este artigo que eu desenvolvi esta hipótese, de que contos folclóricos estariam ligados a eventos reais. No caso da história da chapeuzinho, por exemplo, fica óbvio que a história está ligada aos abusos de crianças que ocorriam na época; especialmente quando identificamos aspectos claramente sexuais em certas versões da história, onde a menina tira a roupa diante do lobo. Não é sem motivo que este artigo sobre a chapeuzinho (que pode <a href="https://fernandovrech.blogspot.com/2016/10/as-mais-antigas-e-macabras-versoes-da.html">ser lido aqui</a>) se tornou simplesmente o artigo mais visualizado do "Histórias de Mistério", o artigo rende visualizações mesmo hoje, vários anos depois de eu publicá-lo. Mas, se você deseja conhecer este meu estudo sobre os contos de fadas desde o começo, deve começar por <a href="https://fernandovrech.blogspot.com/2016/10/historia-da-literatura-quando.html">ler este artigo</a> ainda mais antigo, onde eu inicio esta temática aqui no blog.<br /> As minhas atividades como escritor (das minhas próprias histórias), e tradutor, bem como meu trabalho secular (não, não vivo de literatura, infelizmente) tornam muito difícil que eu tenha foco no que quer seja. Há mil e uma histórias que eu sinto inspiração para escrever, mais mil e um textos ficcionais incríveis precisando de uma tradução para o português... não é nada fácil decidir onde trabalhar e qual ideia dar vida. Embora eu tenha ficado feliz que o melhor artigo do Histórias tenha sido um texto que eu escrevi com tanto carinho e pesquisa, a correria não me permitiu notar que o sucesso deste tipo de artigo (sobre contos folclóricos) é uma demanda que os meus leitores merecem que seja satisfeita com maior constância. Eu quero, portanto, reviver este assunto aqui no blog, assunto este muito pertinente para uma Blog que fala de literatura, história, mitologia e mistérios da mundo.<br /> E quando eu me deparei com o conto folclórico do Flautista de Hamelin, com o fato desta história se passar em uma cidade histórica real, a primeira coisa que senti vontade de fazer foi buscar algum caroço neste angu, por assim dizer, rsrsrs. E, talvez eu não encontrarei mais nenhum outro conto de fadas que exemplifique aquela minha tese tão bem como esta história do Flautista de Hamelin: que contos de fadas estão embasadas em eventos históricos reais.<br /> Mas do que se trata a história do Flautista de Hamelin? A estrutura da narrativa é bem simples e eu posso resumi-la em poucas frases:<br /><br /><i><span style="font-size: small;">Havia uma praga de ratos na cidade de Hamelin. Desesperados, os moradores da cidade contrataram um "exterminador" de ratos inusitado: um flautista que hipnotiza ratos. O flautista começou a tocar uma música estranha pelas ruas da cidade, e todos os ratos não resistiram em seguir o flautista para onde quer que fosse. O flautista, então, dá cabo dos ratos mandando eles se afogarem em algum rio, lago, se jogarem do abismo (aqui as versões variam). Mas os moradores ficaram tão felizes com o extermínios dos ratos que resolveram dar calote no flautista. Para se vingar, o flautista retorna a cidade, e toca outra música, desta vez para encantar as crianças. Todas as crianças da cidades abandonam suas famílias e seguem o flautista até a floresta. Dentro da floresta o flautista abre um portal para um mundo mágico, cheio de alegria, para onde ele leva as crianças, que nunca mais retornam.</span></i><br /><br /> "Ahahah, então você acha que esta história, cheia de magia inocente é real, deve estar louco!" Eu imagino que você possa pensar isso a esta altura de sua leitura. Mas esta história me chamou a atenção pelo seguinte: Se passa em uma cidade real, a pequena Hamelin, na Alemanha. E... pasme agora.. possui DATA... ano, mês e dia. O dia em que o Flautista levou as crianças da cidade de Hamelin foi o dia 26 de Junho de 1284. Normalmente, contos de fadas não possuem dados precisos como esses; são desnecessários em uma ficção, bastaria dizer que se passou a muito tempo atrás em um lugar qualquer, não haveria porque manter a data e o local, se não fosse com o objetivo de REGISTRO.<br /> Uma antiga igreja local da cidade de Hamelin possuía um vitral onde se registrava este evento perturbador como se fosse um evento real. O vitral foi construído no ano de 1300, apenas 24 anos após a data da história. Esta igreja e seu vitral não foram preservados, porém, cópias feitas por artistas sérios da época, sobreviveram. </span><br />
<span style="font-size: large;"> </span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUza4jd5tqlSjB_BOGiRB4oDBEF_ctGc7lc7FnDQC3KEcNqS-gjVxW5EU0sWZs3-GobSznJ4jRcmsrc2o1-9_WQSyqEEvxZN4sc4meKCLP_-SQfrwHfTPnCyXVx-IaVCMFT9Z0DGUrkw4/s1600/Pied_piper.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="505" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUza4jd5tqlSjB_BOGiRB4oDBEF_ctGc7lc7FnDQC3KEcNqS-gjVxW5EU0sWZs3-GobSznJ4jRcmsrc2o1-9_WQSyqEEvxZN4sc4meKCLP_-SQfrwHfTPnCyXVx-IaVCMFT9Z0DGUrkw4/s640/Pied_piper.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr align="center"><td class="tr-caption"><span style="font-size: large;"><i><span style="font-size: small;">A cópia mais antiga do vitral da Market Church, pequena igreja da cidade de Hamelin. - by Augustin von Moersperg </span></i></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;"><br /> O mais importante documento histórico deste evento é o manuscrito de Lueneburg (cerca de 1440 a.d.). Neste documento lemos o seguinte, em alemão arcaico:<br /><br />ANNO 1284 AM DAGE JOHANNIS ET PAULI WAR DER 26. JUNI - DORCH EINEN PIPER MIT ALLERLEY FARVE BEKLEDET GEWESEN CXXX KINDER VERLEDET BINNEN HAMELN GEBOREN - TO CALVARIE BI DEN KOPPEN VERLOREN.<br />Tradução:<br />[Em 1284, No dia de {SÃO} João e {São} Paulo - na data de 26 DE JUNHO - Um flautista com roupas coloridas levou 130 crianças nascidas em Hamelin - Ao chegarem no calvário das colinas de Koppen, desapareceram.]<br /><br /> Quer mais? E se eu te dissesse que até endereço esta história tem? A rua onde se alega que as crianças hipnotizadas passaram é chamada de <i>Bungelosenstrasse </i>["Rua sem Tambor"], em Hamelin. Há uma regra que proibe que se toque qualquer instrumento nesta rua, dança também não é permitida. Este evento misterioso de desaparecimento, seja ele qual tenha sido, feriu realmente esta cidade, e nunca mais desejaram ver alguém dançando ou tocando novamente nesta rua! Como poderia uma história puramente fictícia ferir os moradores de tal modo?<br /> Portanto, a história do Flautista de Hamelin, como era contada antes de ser compilada pelos irmãos Grimm, parecia mais um registro do que um conto folclórico. Deixando inclusive, "cicatrizes" memoriais permanentes até hoje na cidade de Hamelin.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Mas se há tantos registros, o que pode ser verdade nessa história?<br /><br /><b>As hipóteses</b><br /><br /> Logo no início da história vemos um elemento que preocupava muito as pessoas de época: a praga de ratos; o conto poderia ser um eufemismo mais suave para alguma epidemia de peste bubônica que poderia ter ceifado a vida de 130 crianças. Porém, é estranho que apenas crianças tenham sido registradas como vítimas fatais. Outro fator que não ajuda nessa teoria é que a peste bubônica só assolaria a Europa cem anos depois. Também não há evidência de que esse flautista tenha encantado primeiro a ratos. Este parece ser um elemento ficcional inserido na história, para tentar explicar o sequestro massivo das crianças.<br /> Freudianos certamente teorizarão que esta história pode ter sido a trágica história de vítimas de um psicopata com distúrbios sexuais e sua típica habilidade de seduzir crianças. Esta hipótese é plausível. Só não me parece possível que um assassino tenha conseguido levar 130 crianças para fora da cidade em um único dia; sem nenhuma reação por parte dos pais. Se foi realmente isto que aconteceu, este psicopata matou essas crianças ao longo de muitos dias. Mas a data do evento, um único dia, parece ser algo importante para quem registrou, o que enfraquece a hipótese do psicopata.<br /> Alguns podem ter notado que a inscrição de Lueneburg menciona claramente o termo "calvário," que remete ao local de execução de Jesus Cristo. Isto dá peso à hipótese de que as crianças foram assassinadas de uma forma sistemática. Mas não podemos afirmar com certeza porque "calvário" também remete à subida que Jesus fez antes de morrer; qualquer colina íngreme e difícil também pode ser chamada de calvário.<br /> Já Giorgio Tsoukalos, o cara do "Alienígenas do Passado", certamente levantaria a hipótese de abdução em massa de crianças por alienígenas. É interessante que foi importante para os cidadãos de Hamelin tomarem nota de que o flautista era uma pessoa estranha, vestindo roupas estranhas. Como é muito comum com a hipótese dos "Deuses Astronautas", tudo pode ser racionalizado, desde o flautista estranho, até seu equipamento de hipnotismo. Assim é uma teoria que se encaixa, embora não seja ainda minha teoria preferida.<br /><br /><b>A melhor e mais triste das hipóteses...</b><br /><br /> A parte mais bonita do conto do Flautista de Hamelin é, certamente, seu final. Onde o flautista mágico abre um portal para um mundo mágico e alegre onde as crianças brincariam para sempre. Analisando esta história segundo a tese dela ser uma reconstrução eventos históricos reais, este belo final é também a parte que mais perturba. Sabendo que um conto folclórico pode ser uma recriação de um real evento traumático para um povo, finais felizes são sempre a parte mais ficcional do conto; o toque de imaginação que dava esperança para os pais dessas crianças desaparecidas, de que, onde quer que as crianças estivessem, talvez,</span><span style="font-size: large;"> estivessem em um lugar sem sofrimento onde podiam ser felizes.</span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-size: large;"> Visto que a cidade de Hamelin era, provavelmente, ainda assolada pelas dificuldades climáticas ocorridas algumas décadas atrás, crianças poderiam ter sido escolhidas entre as famílias e depois contratariam, no caso, algum artista, que prometeria para as</span><span style="font-size: large;"> crianças levá-las para uma excursão na floresta com o intuito de, na verdade, perdê-las propositadamente, abandonando-as, ou ainda vendê-las como escravas. </span></span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span><span style="font-size: large;"><span style="font-size: large;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1191u8ywWgJuVbWQGDkPctKDT-4O-ubeR83ZXZDUM2ZwkxsWTvT1tiWD-58ha51A8LpWrrN7SjJTqeB803lBDnaclemo069uzUsgg2V8bum7LZYbPyzmPDHn05PRdshToJG8pMyMol8o/s1600/800px-Meccan_merchant_and_his_Circassian_slave.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="989" data-original-width="638" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1191u8ywWgJuVbWQGDkPctKDT-4O-ubeR83ZXZDUM2ZwkxsWTvT1tiWD-58ha51A8LpWrrN7SjJTqeB803lBDnaclemo069uzUsgg2V8bum7LZYbPyzmPDHn05PRdshToJG8pMyMol8o/s640/800px-Meccan_merchant_and_his_Circassian_slave.jpg" width="412" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um
escravo branco europeu (circassiano) ao lado de seu mercador africano. Em um
contrassenso do que aprendemos na escola. Este pode ter sido o verdadeiro e triste
fim das crianças de Hamelin.</td></tr>
</tbody></table>
</span> </span></div>
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</div>
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<span style="font-size: large;"> A pele clara já era, nesta época, um símbolo de status; principalmente entre os povo árabes e norte-africanos. Há fundamento histórico suficiente para afirmar que pessoas brancas eram escravizadas por povos norte-africanos nesta época, simplesmente por conta de sua genética germânica. Centro e trinta crianças loiras seria um lote precioso pelo qual muitos norte-africanos pagariam muito. Mas não me parece muito plausível que algum mouro, de roupas árabes engraçadas, tivesse simplesmente entrado em Hamelin e persuadido as crianças a irem com ele, sem que os pais percebessem. <br /> Isso abre duas hipóteses: o rapto à força dessas crianças ou a venda dessas crianças pelas próprias famílias famintas da cidade. </span><span style="font-size: large;">Para mim é a hipótese mais macabra e triste de todas. Talvez tenha sido essa a dor emocional tão forte que levou-os a criar um eufemismo em forma de conto folclórico com final feliz. A dor que levou a cidade a criar este conto e a proibir dança e música em <i>Bungelosenstrasse</i> poderia muito bem ser a dor da vergonha dos moradores da cidade, em ter feito tal crueldade traiçoeira com seus próprios filhos. Senão, seria suficiente a dor de ter seus filhos tirados à força de seus braços. Enfim, esta é a hipótese que eu acredito que mais se encaixa. Porque eu escolhi esta como a melhor hipótese? Nas principais versões do conto do Flautista de Hamelin, um menino coxo não consegue ir com as crianças, ou então uma criança cega, ou surda; algumas vezes as três. Em uma hipótese de escravidão, isso confere pois os mercadores não iriam levar crianças com defeitos. A lembrança de terem ficado apenas crianças com defeitos físicos é certamente um ponto importante. </span><br />
<span style="font-size: large;"> Assim, talvez a criação do conto serviu para diminuir a vergonha e culpa dos moradores de Hamelin ou então a dor de ter seus filhos raptados. </span><br />
<span style="font-size: large;"> </span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<span style="font-size: large;"> </span>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-52567227115245577822019-07-04T10:23:00.002-07:002019-10-26T12:13:13.552-07:00A Desconstrução - Uma Boa Maneira de Fugir de Clichês!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNbIoeys_J81gcHc0pCwGgw9WGrzYlo6qZ7nU7TuenkfzEfCi_Tn6jZ5uKbWH_70inEHsxdIN4Q5IjtMdB87d_bNSg47IhcIA_rCyBbj7Gj-DcVnoRjTbQMJtLXw6cnoxz6GhithOhiEc/s1600/fantasy-3077928_960_720.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNbIoeys_J81gcHc0pCwGgw9WGrzYlo6qZ7nU7TuenkfzEfCi_Tn6jZ5uKbWH_70inEHsxdIN4Q5IjtMdB87d_bNSg47IhcIA_rCyBbj7Gj-DcVnoRjTbQMJtLXw6cnoxz6GhithOhiEc/s640/fantasy-3077928_960_720.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Após milhares de histórias se passando em ilhas misteriosas perdidas no mar, resolveram torná-las ilhas flutuantes perdidas nas nuvens. Este é um exemplo de desconstrução de clichê; mas hoje em dia já está se tornando clichê</td></tr>
</tbody></table>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em escrita criativa temos três opções: podemos copiar uma ideia de outro escritor, o que caracteriza um trabalho de má qualidade ou podemos criar ideias totalmente novas, que fará com que o nosso trabalho seja original e surpreendente para o leitor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas e a terceira opção? Trata-se da Desconstrução: significa pegar uma ideia exaustivamente usada por outros escritores, ou uma fórmula literária, um tipo de enredo, etc e remoldá-lo para que tenha um desfecho totalmente diferente do esperado. E a surpresa do leitor é intensificada, porque ele esperava o desenrolar comum da história, a exemplo de histórias similares que ele tenha lido. Note que o leitor continuou a leitura mesmo já deduzindo a trama, talvez por ter gostado da construção das personagens, talvez pela bela ambientação da história, enfim, outras qualidades da história. Mas daí, vem a surpresa onde o leitor esperava o clichê.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um meteoro cai na Terra... o leitor logo imagina aquela cena espacial do meteoro avançando em direção à Terra, comum em filme de monstro. O leitor também espera que alguma gosma biológica, parasita ou monstro de crescimento rápido saia deste meteoro. Mas o escritor habilidoso estava apenas brincando com esse clichê... o meteoro trouxe um vírus. Ou quem sabe... o meteoro trouxe uma tecnologia fossilizada, de milhões de anos atrás, tecnologia avançada mesmo sendo de um passado tão remoto. Ou quem sabe o meteoro era, ele próprio, um tipo de satélite lançado por uma outra civilização a milhões de anos atrás, à exemplo da nossa Voyager 1, e aí, transformando o clichê em um plot twist, abre-se um desenrolar totalmente original na trama.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Veja abaixo mais alguns clichês que podem ser transformados em uma trama original.</span></div>
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<span style="font-size: large;">O arco do herói pode ser modificado transformando o herói no antagonista da história.</span></div>
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<span style="font-size: large;">A mocinha da história que não é salva, trazendo um drama para o herói que podemos explorar.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;">Um herói sagaz e o vilão maluco... por que não um herói maluco e um vilão sagaz?</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um aparente triangulo amoroso... que depois revela que a pessoa em questão não gosta de ninguém. Não seria hilário ver uma pessoa ser azucrinada por duas outras que não lhe despertam atração nenhuma? Temos aí uma comédia de desconstrução de clichê.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;">A mocinha aparentemente vulnerável que revela ser a heroína da história.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;">Por que os gays na ficção sempre são descolados e alto-astral? Por que não um gay fechado e raivoso?</span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: large;">Um náufrago em uma ilha, que descobre que o seu naufrágio NÃO FOI UM ACIDENTE...</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;">Vitimas que são sempre burras/imorais/desonestas, do tipo que a gente já queira que morra mesmo. Imaginem o efeito no leitor se uma das primeiras vítima fosse a pessoa mais inteligente da história!</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;">Fantasia com dragões voando para lá, voando para cá.... por que não criar um mundo de fantasia com... seres piciformes gigantes que aterrorizam os moradores das costas marítimas?</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Uma dimensão muito distante... por que não um mundo que se localiza a exatamente 11 centímetros do nosso mundo, em um ponto de vista quadridimensional e.. ããh.. nem eu mesmo entendi direito essa minha ideia...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um planeta alienígena com moradores com cara de peixe, com cara de coelho... mas como explicar um planeta distante com pessoas iguais a nós? Como foram parar lá? </span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um vírus zumbi que transforma seres humanos em animais? Por que não um vírus que transforma as pessoas em psicopatas discretos e sorrateiros, que podem fingir por dias... como saber quem está infectado?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um mundo de fantasia modernizado e tecnológico, ao invés de um mundo de fantasia nos moldes medievais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Estão aí várias ideias de desconstrução de clichês, pessoal. Quem sabe algumas delas não se tornam obras minhas no futuro próximo? Ou obras suas? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Você tem mais ideias de desconstrução de clichês, põe aí nos comentários para nós!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<br /></div>
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<br />Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-41313385369656794982019-06-11T09:27:00.002-07:002019-06-11T09:36:57.232-07:00Guia da Insônia #26 Mark Twain<b><span style="color: #660000;"><b>Samuel Langhorne Clemens</b><b></b> (1835-1910)</span></b><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Estilo: Sátira; Literatura Infantojuvenil; Ficção Histórica</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj85ouoQQFm2GWtUTtmnqfvRSJ3grgeihOTeVQw5ohvXTjQ-i77m4Aa4MyWADYYTzOa2qN9sh_HQ_BXh9d8Ycb4u_vTuU33zjTafvmA3Xqg5ph4sPnLC7X_8iuFcf8hFsIrVlSqtuHe-0o/s1600/MT.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="631" data-original-width="680" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj85ouoQQFm2GWtUTtmnqfvRSJ3grgeihOTeVQw5ohvXTjQ-i77m4Aa4MyWADYYTzOa2qN9sh_HQ_BXh9d8Ycb4u_vTuU33zjTafvmA3Xqg5ph4sPnLC7X_8iuFcf8hFsIrVlSqtuHe-0o/s400/MT.jpg" width="400" /></a> Samuel L. Clemens, nada a ver com o nome artístico pelo qual ficou conhecido, começou a sua carreira como jornalista, tendo tentado trabalhar como mineiro nesse ínterim. Começou a ganhar notoriedade como escritor com seus livros de viagem, que mais tarde foram compilados no livro The Innocents Abroad (Inocentes Mundo Afora) - 1869.<br />
Mas ele também foi um inventor, patenteando três invenções. A mais notável delas foi o Álbum de Recortes Autocolante: um livro em branco com folhas untadas com cola seca que voltavam a ficar colantes com o umedecimento da folha.<br />
Embora o escritor tenha feito muito dinheiro com seus livros e invenções, ele passou por frequentes problemas financeiros devido a investimentos em tecnologias que não produziram resultados. Entre esses fracassos é notável os 300 mil dólares (cerca de 34 milhões de reais em valores atuais) que Twain investiu no Paige Compositor, uma máquina que prometia mecanizar a formatação de texto humana. A invenção falhou e trouxe severos problemas financeiros para Twain e sua esposa, que cedeu parte de sua herança para o investimento do marido.<br />
Apesar de ser um proeminente contista, seu trabalho literário mais notável foram as aventuras de seus personagens Tom Sawyer e Huckleberry Finn, que se passa ao longo de quatro romances, bem como outros cinco romances inacabados. Visto que a escravidão ainda era legal em muitos estados americanos na época, a escravidão era um tema recorrente em suas histórias.<br />
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<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;">Sugestões de leitura </span></b></span><br />
(Obras em Domínio Público)</div>
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<b>Pudd'nhead Wilson (Wilson Cabeça-de-Pudim)</b> 1894. <i>Infantojuvenil, Sátira</i>.<i> </i>A história conta sobre dois garotos, um da nobreza e ou outro, um escravo com 1/32, ou seja, um trinta e dois avos de afrodescendência. Ambos brancos em aparência, são trocados na infância. Embora não seja um romance policial, este romance é notável por ser um dos primeiros trabalhos literários a usar as impressões digitais como pistas para a resolução de crimes.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDeVfQvPkSHItuGnpN-3zvTN4EM6JhSIhWD3vY6ZsWGopzwPw74S90fAVq9tzAi-ak1iCANKw94g9ez6MnHRS4D73AEHb-S0NLKQpqEGTLSGPd9IE5LkjgMZO9w7PjeQZDB5b-gSndj24/s1600/9780451530745.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="274" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDeVfQvPkSHItuGnpN-3zvTN4EM6JhSIhWD3vY6ZsWGopzwPw74S90fAVq9tzAi-ak1iCANKw94g9ez6MnHRS4D73AEHb-S0NLKQpqEGTLSGPd9IE5LkjgMZO9w7PjeQZDB5b-gSndj24/s320/9780451530745.jpg" width="194" /></a></div>
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<b>A Connecticut Yankee in King Arthur's Court (Um Yanque de </b><b><b>Connecticut na Corte do Rei Arthur)</b>)</b> 1889. <i>Fantasia; Viajem no Tempo</i>.<i> </i>Hank Morgan leva um forte golpe na cabeça e acorda na época medieval, no mítico reino arthuriano de Camelot. Também uma obra pioneira em recorrer ao tema de ficção científica viajem no tempo.<br />
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<b>The Prince and the Pauper (O Príncipe e o Mendigo)</b> 1881. <i>Infantojuvenil; Ficção Histórica</i>.<i> </i>Tom Canty era um garoto cujo pai o obrigava a mendigar e a roubar sob ameaça de surra se não trouxesse muito lucro. Em um inusitado encontro com o Príncipe Edward, eles percebem que são a cara um do outro. Eles resolvem trocar de identidade em uma clássica história do rico e do pobre que trocam de identidade, temática popularizada pelo escritor Mark Twain.<br />
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<b>The Mysterious Stranger (O Estranho Misterioso)</b> 1897-1908. <i>Fantasia Contemporânea; Terror Sobrenatural. </i> Mark Twain vinha tentando escrever esta história de um jeito que desse certo. Sua melhor de três tentativas, entre 1897 e 1908, uma história com desfecho completo, foi publicada postumamente em 1916. Conta a história do sobrinho de Satanás, que aparece em uma vila austríaca do século XV, realizando magias e precognições. Aparentemente misericordioso, Satã (ele também tem o nome do tio), usa seu poder para beneficiar as pessoas da vila... de um jeito bem satânico.</div>
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<b>Contos de Mark Twain.</b> Os contos de Mark Twain são menos populares mas ainda muito bons. Aqui recomendo: <b>Cannibalism in the Cars</b> (Canibalismo nos Carros), 1868, sobre políticos comentando casos de canibalismo. <b>The Stolen White Elephant</b> (O Elefante Branco Roubado), 1882, Um conto policial sobre o roubo de um raro elefante. <b>A Dog's Tale</b> (Um Conto de Cachorro), 1903, onde um cachorro conta a sua história e <b>Captain Stormfield's Visit to Heaven</b> (Captain Stormfield Visita o Céu), 1907, onde o protagonista viaja por décadas em um cometa para chegar ao céu.</div>
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<b>Tom Sawyer e Huckleberry Finn. </b><i>Aventura</i>; <i>Infantojuvenil</i>.<i> </i>Tratam-se de quatro romances terminados<i> </i>com os personagens mais memoráveis do escritor: o valente garoto Tom Sawyer e seu amigo vadio, Huckleberry Finn. Todos os livros contém uma trama principal e várias aventuras paralelas, em cemitérios, cavernas, rios, florestas e assim por diante.<br />
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No primeiro livro, Sawyer e seu amigo se mete em uma perigosa aventura durante uma brincadeira de pirata.<br />
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No segundo livro, a trama centraliza em Huckleberry Finn, que foge de seu pai abusivo para uma ilha fluvial onde encontra um escravo fugido chamado Jim, seu amigo Sawyer também é coadjuvante na trama.<br />
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O terceiro livro, Tom Sawyer Abroad (Tom Sawyer pelo Mundo), os três personagens (Tom, Huckleberry e Jim) viajam em um balão de "alta tecnologia" até a África onde vivem mais aventuras.<br />
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O último livro completo é um romance policial onde o Tom Sawyer age como detetive tentando resolver um misterioso assassinato.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7AJ5SSg6sxe43I81bRsi6Q6nhkgLTxPtfuK_1aFp2UMSguF93KluuKWtwhEQBSueOM6sysFXNP3mhqp_7zVRpHBVBuVtnG73oQGRRMvDlTTaQr_6vWZtdKdHIGrugJVJ-Ty22OAFfCxg/s1600/3236825.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="447" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7AJ5SSg6sxe43I81bRsi6Q6nhkgLTxPtfuK_1aFp2UMSguF93KluuKWtwhEQBSueOM6sysFXNP3mhqp_7zVRpHBVBuVtnG73oQGRRMvDlTTaQr_6vWZtdKdHIGrugJVJ-Ty22OAFfCxg/s320/3236825.jpg" width="212" /></a></div>
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Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-33115660455351283422019-06-06T06:42:00.002-07:002019-06-10T09:42:08.336-07:00Qualquer um é Capaz de ser Autodidata !<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw3LXj0iJDTdT-uK4cK_7DCeMQOd-YMBkuPcbaeRekleqRLFXZgTz4uPP_QoNCprjo_MOhxCQU3PMSWbrSRWnuG4LiKydZBRjdfhJPF9oHPFx-Efaxju7MVi3kUmfdq-sup73PsOOmbVo/s1600/pexels-photo-1458318.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="954" data-original-width="1600" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw3LXj0iJDTdT-uK4cK_7DCeMQOd-YMBkuPcbaeRekleqRLFXZgTz4uPP_QoNCprjo_MOhxCQU3PMSWbrSRWnuG4LiKydZBRjdfhJPF9oHPFx-Efaxju7MVi3kUmfdq-sup73PsOOmbVo/s640/pexels-photo-1458318.jpeg" width="640" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Até a uns quarenta anos atrás, existia uma elite de intelectuais. Eles tinham acesso às melhores universidades, podiam comprar uma montanha de livros, contratar os melhores professores quando precisassem e depois saíam por aí, de pôser, sacaneando e abusando do ad </span><span style="font-size: large;">hominem quando confrontados por pessoas menos instruídas que discordassem deles. O que eles diziam era considerado... verdade absoluta; afinal nem todo mundo tinha a instrução deles.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas logo houve uma revolução tecnológica e social. Se não foi a maior revolução da história eu admito que é a minha revolução preferida: a internet. A internet permitiu o acesso fácil e barato às melhores - bem como às piores - informações sobre o assunto que for. A informação, mesmo a informação técnica e acadêmica, estava finalmente ao alcance de pessoas de todo o tipo. Parte da antiga elite intelectual também gostou das facilidades da internet, mas muitos odiaram. E acreditem quando eu digo que tentaram de tudo para impedir o desenvolvimento da internet.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> E não é para menos. A elite de especialistas, na sua maioria diplomados, estava acostumada com as pessoas aceitando a visão deles sobre assuntos científicos como sendo a verdade absoluta. Mas hoje em dia, as ideias deles são questionadas e algumas vezes mesmo refutadas... pelo Zé do ZapZap.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Hoje em dia não é difícil o próprio paciente apresentar ao médico terapias para o seu próprio problema que nem mesmo esse médico sabia! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O método antigo do profissional se atualizar, o livro, ainda em uso hoje por apresentar uma informação mais polida, envolve esperar o livro ser escrito, editado, publicado e por fim comprado quando chegar
na livraria; e não é incomum que, quando finalmente o profissional consegue obter esse livro, novas informações já estejam sendo escritas para refutar a informação que o profissional nem começou a ler. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> As informações viajam muito mais rápido pela internet; e, para se manter atualizado hoje em dia, é preciso ficar antenado nela diariamente. E muitas vezes é o autodidata, que bebe dessa fonte mais diretamente, que se atualiza primeiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A autoditática é um fenômeno muito antigo. Eram autodidatas muitas das personalidades mais brilhantes da história, como Machado de Assis, Isaac Newton, Leonardo da Vinci, Santos Dumont, Abraham Lincoln... Ora, todos os cientistas que fundaram uma nova ciência era autodidatas por definição.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas nunca existiu uma época melhor para ser autodidata! Justamente por causa da internet, que muitos gostam de chamar de "A Democratizadora da Informação."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas mesmo sendo nós nautas em um oceano de informação, não é preciso saber muito para entender que aprender não é simplesmente ler o que os outros escrevem, ouvir o que os outros dizem... É necessário todo o um processo metodológico de aprendizado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em uma universidade, a informação necessária para graduar os estudantes passa por um processo até estar acessível a esses estudantes: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> 1. Primeiro se pesquisa sobre as áreas, convém então filtrar a informação para torná-la de qualidade (embora saibamos que não é raro uma universidade apresentar informação de baixíssima qualidade);</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> 2. Depois é preciso organizar a informação acumulada para ser ensinada de forma programática, resultando no que chamamos de Conteúdo Programático (são aqueles tópicos que as universidades apresentam em seu marketing).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> 3. Então as universidades organizam os meios para a transmissão dessas informações. Basicamente os professores e, por sua vez, a definição do material didático que o estudante deve obter, comprando ou de forma gratuita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Bom, ser autodidata é, simplesmente, realizar todos esses processos sozinho. O que não é necessariamente um esforço desconfortável; muitos autodidatas derivam prazer justamente desse processo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Há também duas principais abordagens de autodidática: a pragmática e a orgânica. A primeira consiste em criar um conteúdo programático, como as universidades fazem, e estudar a área de forma metódica, tendo o estudo como o principal objetivo. A segunda, que eu chamo de "orgânica", é quando uma pessoa tem um objetivo que envolve conhecimento acadêmico e vai estudando conforme a necessidade. Por exemplo, um tradutor que se aventura em um texto de um idioma que conhece pouco e estuda esse idioma na medida em que traduz; ou um programador que estuda a linguagem de programação na medida em que programa o software. Quem quer ser autodidata também deve refletir sobre qual das duas abordagem vai seguir: se ele só tem curiosidade pela área, talvez ele queira ser metódico, mas se ele tem a vontade e o objetivo de já realizar algo que precise do conhecimento, talvez ele se dê conta de que seria melhor começar a aprender sob a demanda que este objetivo solicita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um autodidata não irá contratar professores para ensiná-lo (aí não se encaixariam na definição de autodidatas), o passo 3 é feito exclusivamente com a obtenção de material didático: livros e artigos CONFIÁVEIS pela internet. Mas onde buscar material didático pela internet?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Baixar livros digitalizados completos, pela internet, é possível mas, infelizmente, é ilegal. No entanto, livros digitalizados, relativamente modernos, podem ser visualizados de forma legal em sua quase totalidade por meio da ferramenta <a href="https://books.google.com.br/">Google Books</a>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Livros didáticos antigos, cujos direitos autorais já venceram, também podem ser encontrados aos montes em sites como<a href="https://archive.org/"> Archive.org</a> (eu sou um dos ratos dessa imensa biblioteca de livros antigos e a considero ideal para autodidatas historiadores ou linguistas, e todos os que precisarem recorrer aos grandes nomes dos tempos antigos, como filósofos e cientistas primordiais).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Existe também muita informação disponibilizada gratuitamente em forma de e-books por universidades e pelo MEC. Você também pode buscar informação em TCCs, teses e monólogos que os estudantes publicam gratuitamente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> E ainda há o que eu gosto de chamar de "Garimpo de Informação", que consiste em usar e abusar da ferramenta de busca, à procura de todo o tipo de artigo sobre o assunto e depois analisar a qualidade e confiabilidade dessas informações, verdadeiros tesouros ocultos da Web.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mesmo áreas do conhecimento que não pertencem à convencionalidade acadêmica podem ser aprendidas assim. E no caso, podem ser aprendidas unicamente por meio da autodidática. Por exemplo, aquelas áreas cabulosas como criptozoologia e ufologia, ou então certas áreas artesanais, como bijuteria, bordado, tricô e assim por diante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;"><span style="font-size: large;">Porém, h</span>á algumas áreas cuja prática exige o diploma oficial emitido por uma universidade. Alguma áreas que não seriam apropriadas aprender sozinho PARA PRATICÁ-LAS seria a medicina, a biologia, entre outras. Não é preciso dizer que você não deve sair por aí distribuindo remédios de tarja preta e nem dissecando bichinhos em nome da ciência, não é?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um ponto de suma importância é escolher áreas do conhecimento que você goste. Tem gente que gosta tanto de uma área específica que adquire um conhecimento absurdo e nem percebe, porque simplesmente se informa sobre o assunto por entretenimento. Embora seja perfeitamente possível aprender algo que você não gosta, se for necessário, não será um esforço para você se você escolher uma área pela qual você já tenha afinidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> E senso crítico é obrigatório para transformar esse conhecimento acumulado em conhecimento de qualidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Com a internet mais acessível do que nunca a todo o cidadão que se preze, você pode ser o que você quiser, muitas vezes gratuitamente. E então poderá até ganhar dinheiro usando esse novo conhecimento! </span></div>
<br />
<br />Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-86461151211785027132019-05-30T22:57:00.000-07:002019-05-30T23:49:24.402-07:00Pessoas Reais que Inspiraram Personagens <div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Você lê um livro com um personagem bizarro e exclama... "Só em livros mesmo!" Mas, e se eu te dissesse que vários dos personagens mais improváveis da ficção não só foram inspirados em pessoas reais como também algumas dessas pessoas eram mais estrambóticas que os personagens que eles inspiraram? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Convido vocês a considerarem comigo neste artigo que nem mesmo a ideia mais maluca da ficção surge do nada, sempre há um fundo de realidade na história mais fantástica. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Veremos cinco pessoas que inspiraram personagens da literatura, mas eu sei que há muito mais exemplos disso porque eu precisei escolher dentre muitos para o artigo ficar em um tamanho adequado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Alexander Selkirk, o real Robinson Crusoé.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXe3C8F_Jb3rHKbkaawBTpeUhvLpQx3NVaRPqmNt4EpU8AKACCZu_JJyPnxjC56ySIWA5R3JvZxV6hC6grXmqyViNdbM2k4qYKMhNmXIPI52ipMp7ADIp5CRR6DFbGmlmBSf9vpXNuACg/s1600/RC.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1202" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXe3C8F_Jb3rHKbkaawBTpeUhvLpQx3NVaRPqmNt4EpU8AKACCZu_JJyPnxjC56ySIWA5R3JvZxV6hC6grXmqyViNdbM2k4qYKMhNmXIPI52ipMp7ADIp5CRR6DFbGmlmBSf9vpXNuACg/s640/RC.jpg" width="480" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Antes de se tornar um filme, a história de Robinson Crusoé era originalmente um roman-ce do escritor Daniel DeFoe; de fato, a maior parte dos personagens desse artigo, que você, provavelmente, identifi-cará em filmes, são originalmente de livros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O Robinson Crusoé de DeFoe era um persona-gem impaciente, mas Selkirk, o marinheiro escocês que inspirou o personagem, era simples-mente insuportável. Vivia recebendo intimações da lei por conta de seu comportamento explosivo e rebelde, e ele sempre fugia das audiências zarpando para o mar, onde ele aprendeu o ofício de marinheiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Certa vez, o seu irmão Andrew lhe fez uma brincadeira de mal gosto, oferecendo-lhe um copo de água que na verdade era água salgada, do oceano. Selkirk começou a espancar o irmão, e depois também o irmão mais velho, John, que tentou apartar os dois, por conseguinte o pai deles apanhou de Selkirk e até mesmo a sua cunhada, esposa de John, recebeu um forte golpe na cabeça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Durante a consequente audiência, perante a igreja, Selkirk foi intimado a confessar publicamente seus pecados e a prometer se regenerar "em nome do Senhor." Com essa humilhação, ele partiu novamente para o mar na primeira primavera, desta vez, permanentemente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Alexander Selkirk fez carreira como marinheiro, inclusive participando da tripulação da frota de William Dampier, um famoso explorador Ingles da época. Selkirk serviu como Mestre de Navegação, na galé Cinque Ports, navio que fazia parte da frota de Dampier. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em outubro de 1704, a galé Cinque Ports desembarcou na ilha de Más a Tierra, onde os espanhóis fizeram uma tentativa mau sucedida de colonização. Era uma ilha totalmente abandonada, mas alguns navios ainda desembarcavam ali para se reabastecerem de água doce.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Selkirk avaliou que a galé não era bem adaptada ao clima tropical, e resmungou ao seu capitão que preferia ficar na ilha a naufragar na Cinque Ports. Ele tentou convencer seus colegas a desertarem também sem sucesso. O capitão da Cinque Ports discordou das avaliações de Selkirk mas declarou que concederia seu desejo de ficar na ilha, abandonando-o na mesma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em Más a Tierra, Selkirk ficou ilhado por quatro anos e quatro meses. Diferente de Robinson Crusoé, todos os seus pertences ficaram com ele, incluindo um mosquete, pólvora, várias ferramentas náuticas, mudas de roupa e uma corda. Portanto, o verdadeiro Robinson Crusoé não teve dificuldade em fazer a sua primeira fogueira, nem precisou tecer cordas usando matinho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-YmjJ3e17QZK0wS_cHNqnzH6F0F85_82FE_AHmE9IVygfUSTtqANokLhp95yn7KNI3C_7okYFMWZnw8kIbmBt4XgoTBaTED7M90DNoJzmjH1hUT61yTc3rzlDzrwhjbZQSQEh7rcnRGs/s1600/34886.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="749" data-original-width="990" height="484" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-YmjJ3e17QZK0wS_cHNqnzH6F0F85_82FE_AHmE9IVygfUSTtqANokLhp95yn7KNI3C_7okYFMWZnw8kIbmBt4XgoTBaTED7M90DNoJzmjH1hUT61yTc3rzlDzrwhjbZQSQEh7rcnRGs/s640/34886.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma gruta onde Alexander Selkirk se abrigou na ilha de Más a Tierra.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Inicialmente, Selkirk tinha medo dos barulhos estranhos que ouvia na ilha, portanto ficava sempre próximo a praia, comendo frutos do mar. Mas quando ferozes leões-marinhos chegaram à sua praia para o acasalamento, Selkirk precisou se abrigar no interior da ilha. Lá ele encontrou animais que foram introduzidos pelos espanhóis quando tentavam colonizar a ilha, este novo território fez sua vida na ilha subir de nível. Até pôde construir cabanas usando pimenteira-preta que ele encontrou na região.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Entre as coisas geniais que Selkirk fez na ilha estão: domesticar gatos selvagens para se proteger de ataques dos ratos que vieram para a ilha com os espanhóis, trajes com peles de cabras quando suas roupas estragaram (seu pai era sapateiro e lhe ensinou a curtir o couro), e usar metal dos anéis de barris abandonados para fazer uma nova faca.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A ilha, como já foi dito, era visitada por algumas embarcações. Mas Selkirk não podia ser salvo por qualquer navio. Durante a sua estadia na ilha, dois navios desembarcaram ali, mas eram navios espanhóis. E Selkirk, sendo um corsário escocês em plena Guerra da Sucessão (1701-1714), não se arriscaria virar prisioneiro do inimigo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Somente em fevereiro de 1709, Selkirk foi resgatado por um navio inglês chamado Duke, no comando de quem? quem? quem?... ninguém menos que William Dampier. Esse final em um livro ficcional certamente irritaria os leitores que acham coincidências demais algo inverossímil em uma história. A propósito... lembram de Cinque Ports? Realmente naufragou na mesma expedição em que Selkirk fora abandonado, matando quase toda a tripulação.</span><br />
<span style="font-size: large;"> Os familiares e amigos de Selkirk, quando foram recebê-lo ficaram admirados com a mudança na personalidade dele, mais disciplinado, vigoroso e com uma grande paz de espírito; esta última foi a qualidade que mais surpreendeu a todos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Johann Conrad Dippel, o verdadeiro Dr. Frankenstein.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Johann Conrad Dippel nasceu em um castelo na Alemanha, em 1673. Ele era um desses cientistas, meio gênio, meio bruxo, que tinha ideias excêntricas e era acusado de ter pacto com o Diabo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Se o propósito dele era seguir a carreira de cientista louco, Dippel tinha um currículo impecável para tal ambição: estudou filosofia, teologia e alquimia na Universidade de Giessen, obtendo ali um mestrado em teologia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Ele clamava ter descoberto o elixir da vida longa, um óleo animal que ele produzia em suas dissecações de animais mortos. Dippel não era bem visto pela sociedade e ficava exilado no castelo em que vivia, praticando experimentos secretos. Podemos ter uma idéia dos experimentos dele pelas dissertações que ele publicava. Em <span class="tlid-translation translation" lang="pt">"Remédios da Vida da Carne," Dippel explicava sobre seu elixir de vida longa e também porções, feitos de ossos e carne cozidos de animais, que ele afirmava ter o poder de expulsar demônios. Neste mesmo ensaio, Dippel fez sua polêmica dissertação (como se os outros tópicos do livro não fossem polêmicos) sobre a possibilidade de transferir a alma, o folêgo de vida, em cadáveres, usando um funil.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> Entre outras bizarrices que Dippel estudava envolvia a criação de um homúnculus - uma espécie de minion, como os minions da cultura pop, um ser que poderia ser servil em alguns trabalhos. Para tanto, Dippel tentava fertilizar ovos de galinha com sêmen e sangue de menstruação humanos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> Mas nem tudo que Dippel fazia era de natureza fantástica, o pintor Heinrich Diesbach tentava fazer um pigmento vermelho quando notou que o pigmento ficava azul por conta de uma reação química com carbonato de potássio. Ele cedeu uma amostra do acidente para Dippel que aperfeiçoou o experimento criando um lindo e profundo pigmento azul que hoje é conhecido como azul-prussiano. Diesbach e Dippel fundaram uma fábrica desse pigmento em Paris, fazendo segredo da fórmula. Pelo visto, esse negócio foi o que viabilizou a carreira científica de Dippel.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> Pelo menos uma vez há registro de que Dippel foi acusado de roubar corpos em cemitérios.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> Johann Dippel afirmava que seu elixir da vida longa o faria viver, pelo menos, até os 135 anos. Mas, para a sua infelicidade, ele morreu de derrame aos 60 anos, em 1734.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">E qual era o nome do castelo em Dippel nasceu? Castelo de Frankenstein. Dispensando explicações.. próximo...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjvPRcEHwCwna4584TW2YnacvHTESr-aOiRIygb0_cF1K-aIhQGDuDUStbYkUlwqlGrxnjC2zPuzI6zG13qXjmK2_5oelPkICxZwe8jb34JKOTs8pDVTA8nOwi6QG9Gdk7kz0VwS_3oHw/s1600/castle-2480218_960_720.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjvPRcEHwCwna4584TW2YnacvHTESr-aOiRIygb0_cF1K-aIhQGDuDUStbYkUlwqlGrxnjC2zPuzI6zG13qXjmK2_5oelPkICxZwe8jb34JKOTs8pDVTA8nOwi6QG9Gdk7kz0VwS_3oHw/s640/castle-2480218_960_720.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Castelo <span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;"> Frankenstein </span><span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;"><span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;">Mühltal, onde o cientista Johann Conrad Dippel viveu.</span></span></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;"><span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;"><br /></span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Alfredo Balli Trevino, o verdadeiro Hannibal Lacter</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mais um personagem que você reconhecerá na pele de Anthony Hopkins, no filme O Silêncio do Inocentes. Porém, originalmente, a história é um livro da autoria do escritor Thomas Harris, The Silence of the Lambs (O Silêncio dos Cordeiros (ou Pessoas Simples) ou, O Silêncio do Inocentes como ficou traduzido aqui no Brasil).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O escritor conta que , durante a sua carreira de jornalista, ele foi enviado ao México, para fazer uma reportagem sobre um condenado à pena de morte chamado Dykes Askew Simmons, que assassinou três pessoas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em suas pesquisas ele descobriu que Simmons já levou um um tiro, uma vez, por ter tentado escapar. O repórter foi então apresentado ao médico que tratou do ferimento. Que Harris chamou de Dr. Salazar, para preservar a identidade do médico. Durante uma entrevista com este médico, Thomas Harris o descreveu como um homem pequeno e ágil, quieto e dotado de uma certa elegância.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O repórter tentou entrevistar o médico mas logo perdeu o controle da conversa e o médico começou a fazer perguntas ao repórter, ao invés do contrário. "O que você sentiu quando viu Simmons? Notou a seu rosto desfigurado? Já viu uma foto das vítimas deles?" Isto deixou Thomas Harris desconcertado, e é recorrente na personalidade ficcional de Hannibal Lecter.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Quando a entrevista acabou, Harris perguntou ao guarda quem era aquele médico. A resposta do guarda pegou o escritor de surpresa: "Cara! O médico é um assassino! Como um cirurgião, ele pôde embalar a sua vítima numa caixa surpreendentemente pequena. Ele nunca vai deixar este lugar. Ele é louco."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Anos após o escritor revelar essa história, o escritor Diego Enrique Osorno identificou Dr Salazar como sendo Alfredo Balli Trevino; um cirurgião que brigou com sua namorada, bateu nela até ela ficar inconsciente, então cortou a garganta dela com um bisturi, picou-a em pedaços e depois a enterrou dentro de uma caixa. Foi pego e condenado a prisão perpétua, e durante sua sentença prestou serviço como médico dos prisioneiros. Depois sua pena foi reduzida para 20 anos e o médico passou o resto da vida ajudando os pobres.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A última frase do assassino, em uma entrevista em 2008 foi esta: "Eu não quero reviver meu passado sombrio. Eu não quero acordar meus fantasmas, é muito difícil. O passado é pesado e a verdade é que essa angústia que tenho é insuportável."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Vlad III, O Drácula da vida real.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbxrJhQCVb-Z85h7xKN9GsZeQ9DxutslIbhWS6lazQlNtad5pVElDELw8mdhwet6IPHNy6P3E7RTffY5r9VcxvH30mZ22oF_xdffuiPgDs9eLT0zSMNrHhnYuoUtEQdm9Hb06QA9KcUXQ/s1600/Vlad.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="461" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbxrJhQCVb-Z85h7xKN9GsZeQ9DxutslIbhWS6lazQlNtad5pVElDELw8mdhwet6IPHNy6P3E7RTffY5r9VcxvH30mZ22oF_xdffuiPgDs9eLT0zSMNrHhnYuoUtEQdm9Hb06QA9KcUXQ/s640/Vlad.jpg" width="491" /></a><span style="font-size: large;"> Está aí o cara que inspirou o vampirão de Bram Stoker. Mas o Drácula ficcional é uma mocinha de vestidinho rosa em comparação com a personalidade histórica que inspirou o personagem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Vlad III era conhecido por matar cruelmente seus inimigos, </span><span style="font-size: large;"><span style="font-size: large;">e quando eu digo inimigos, me refiro também aos parentes dos inimigos - homens, mulheres... e crianças.</span> Também era chamado de Vlad, o Empalador. Isso porque este era o método favorito dele matar seus inimigos. A pratica do empalamento consiste em enfiar uma estaca pontuda no ânus da vítima ainda viva e depois firmar a outra ponta da estaca no chão e esperar que a gravidade mate a vítima lentamente. Eu não vou me delongar descrevendo as perversidades insanas que fez esse Rei da Valáquia (este é o nome do reino dele); mas se eu fizesse isso aqui, daria muita, mas muita coisa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Não se sabe como ele morreu, há fontes que dizem que seu próprio povo valáquio, cansado de suas perversidades, o matou; outros dizem que os turcos o mataram em uma batalha, expondo sua cabeça em praça pública e outras fontes dizem que um soldado o matou acidentalmente em comemoração a uma vitória em campo de batalha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Vlad III era filho de Vlad Dracul, que é uma forte evidência que Stoker teria se inspirado nele para criar o Conde Drácula. Este nome, Dracul, é uma referência à linhagem Drăculeşti, da qual Vlad II é o fundador. Este nome é uma referência à Ordem do Dragão, a que Vlad II aderiu em seu tempo. Dracul é derivado do latim Draco, ou "Dragão." Drácula, ou Draculea, significa, portanto, "Filho de Dracul."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Forest Frederick Edward Yeo-Thomas, o verdadeiro James Bond.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD10qoOqsGoglmwlx9OOzABY8EnF9wClzZag2WM68zxARaiGzwel79UqdxAh5-L9PNr7Fz7u8B5shK6Rtj2MkEcDqV8f0JawdnrazksZsNrxBFPXtsLbjT3Ec-MYId5AaWt6PPzCgBjg8/s1600/007real.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="248" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD10qoOqsGoglmwlx9OOzABY8EnF9wClzZag2WM68zxARaiGzwel79UqdxAh5-L9PNr7Fz7u8B5shK6Rtj2MkEcDqV8f0JawdnrazksZsNrxBFPXtsLbjT3Ec-MYId5AaWt6PPzCgBjg8/s400/007real.jpg" width="282" /></a><span style="font-size: large;"> Outro personagem de cinema, mas que foi trazido da literatura. Ian Fleming, o escritor que criou este personagem se inspirou, na realidade, em muitas pessoas que ele admirava, sobretudo no meio militar. O nome James Bond foi emprestado de um ornitólogo, o sr James Bond, que concordou no uso de seu nome.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas eu escolhi aqui a pessoa histórica que Fleming admitiu servir de inspiração e que, principalmente na personalidade, é muito compatível com o agente 007.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Forest Frederick Edward Yeo-Thomas foi um agente britânico de operações especiais que tinha também um codinome: "Seahorse" (cavalo-marinho). Mas a Gestapo, seus inimigos, o chamavam de "O Coelho Branco."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Também era um agente tático, que ajudava a criar estratégias para, por exemplo, impedir a invasão nazista da França. Mas também tinha missões de infiltração em campo inimigo, que quase sempre envolvia o salto de paraquedas, habilidade recorrente do personagem James Bond. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em uma dessas missões na França, ele foi traído, capturado e submetido pelos nazistas a torturas cruéis como submersão em água gelada até o afogamento (depois era trazido de volta) e choques nas genitálias; torturas também típicas dos filmes do 007.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Enquanto prisioneiro dos nazistas, ele realizava frequentes escapadas da prisão e era recapturado. Na iminência de uma dessas recapturas, ele se passou por um cidadão francês e foi levado para um campo de prisioneiros de guerra chamado <span class="tlid-translation translation" lang="pt">Stalag XX-B, de onde era fácil fugir.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> As aventuras desse agente, não vou narrar todas aqui, são sempre bem parecidas com as aventuras do 007, e o modus operandi do espião também é bem compatível.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> Mas foi quando eu descobri, em minha pesquisa, que </span><span class="tlid-translation translation" lang="pt">Yeo-Thomas se envolvia com diferentes mulheres em meio às suas missões, que eu reconheci sem nehuma dúvida que este era a verdadeira inspiração para o espião mulherengo dos cinemas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span class="tlid-translation translation" lang="pt"> E aí, o que achou das pessoas reais que inspiraram personagens, qual deles é mais doido ainda que os personagens que inspiraram? Comente para nós, ok, Se você lembrar de mais alguma pessoa real que inspirou um personagem eu vou ficar feliz se você expandir o artigo comentando sobre ele.</span></span></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-17633313252428610542019-05-03T11:18:00.001-07:002019-05-05T12:11:37.834-07:00Metéora - Monges nas Alturas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-m8BhETGNg5cKHW4XhT2GhzGTwDTngc7bcJPULyII7E2sbToZFAeEhUYKmPodALt0aepsIvvXvHsWhs2zx3fCWTM_fWuEoJ3UyLGkyWD7r_sHZ9S3P_j5wMYu-7MNBhl24pXx1JgsiyM/s1600/Met%25C3%25A9ora+Trindade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="495" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-m8BhETGNg5cKHW4XhT2GhzGTwDTngc7bcJPULyII7E2sbToZFAeEhUYKmPodALt0aepsIvvXvHsWhs2zx3fCWTM_fWuEoJ3UyLGkyWD7r_sHZ9S3P_j5wMYu-7MNBhl24pXx1JgsiyM/s640/Met%25C3%25A9ora+Trindade.jpg" width="440" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Porque o Histórias de Mistérios, um Web Log de literatura, possui artigos sobre lugares do mundo? A resposta pode ser uma imagem: olhe para esta foto incrível ao lado. Quantas histórias de aventura, ação e romance lhe veem à cabeça com essa simples imagem!</span><br />
<span style="font-size: large;"> Uma boa história conta sobre sentimentos, o leitor quer se identificar com as personagens e compartilhar das aventuras deles. O mundo está repleto de lugares inspiradores, lugares carregados de sentimentos complexos e com muitas histórias reais para contar sobre pessoas que sentiram a vida, mas sentiram de verdade. O escritor deve estudar esses lugares, deve acumular impressões sobre esses lugares, e usar isso como matéria bruta para a criação de ficção. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Seja você um escritor ou um leitor, você certamente deseja conhecer melhor tais lugares especiais do mundo e conhecer as histórias que se escondem atrás dessas habitações antigas, ou de selvas intocadas, vales perdidos, ou então, cidades repletas de cultura exótica. Eu diria que estes artigos sobre lugares do mundo são do gênero aventura; então, vamos conhecer, hoje, um pouco mais sobre a região grega de Metéora...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Durante o século XIV era difícil ser cristão em regiões cobiçadas pelo temido Império Otomano. De fato, a Grécia chegou a ser conquistada pelos Otomanos posteriormente. Em meio a essa agitação política e insegurança, a região de Metéora trouxe a solução para os monges; seus altos pilares naturais forneciam uma estadia segura, como ilhas nos céus. E não raro, uma única entrada era possível, onde pessoas teriam acesso ao monastério, uma de cada vez, por meio de longas e estreitas escadarias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Na verdade, Metéora oferecia abrigo seguro para as pessoas desde a pré-história. Estima-se que um muro, encontrado na entrada de uma das cavernas da região, tenha sido erguido a 23 000 anos atrás!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Quando o Imperador dos Sérvios e Gregos, John Uroš, se converteu ao cristianismo, ele começou a endossar a construção de muitos mosteiros nos penhascos de Metéora. O número desses mosteiros chegou mesmo a vinte e quatro, no século XVI.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Apenas seis desses mosteiros ainda estão de pé e vamos conhecer um pouco a história de cada um.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O maior e o mais antigo dos mosteiros de Metéora é o Grande Meteoron. A palavra meteoro, à propósito, significa "suspenso no ar" em grego, meteora é a flexão no plural; por isso a palavra se aplicava tão bem a esta região e a seus mosteiros. O Grande Meteoron foi fundado pelo monge Athanasios Koinovitis, em 1344, quando ele trouxe para a região seus seguidores. No passado, a única entrada para o monastério era uma longa escada de corda, que era puxada sempre que se avistava uma ameaça. Atualmente apenas três monges residem nesse colossal monastério, havendo um prédio que serve de museu para os turistas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Outro monastério famoso, também o segundo mais antigo, é o Monastério da Sagrada Trindade (da foto inicial), que já foi esconderijo para um dos vilões de James Bond, no filme Somente para os Seus Olhos. Este monastério, embora famoso, é o mais precário dos monastérios de Metéora. Os monges que lá viviam abandonaram o monastério na Segunda Guerra Mundial. Atualmente apenas um zelador e turistas de passagem podem ser encontrados no local.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0tHxwm9WdMGrX4Xv8ZiC2Sjn-0ZMQWWTB2_V5udjZCoQB65_c3SDL-GYXkGqfTHbx8aD_W3vkOFe1zq6qVdk2vRjJGdOBGITBpyBtPAl6hgHOn0QzsdXW53TcPUPiIVOoa0bNbA0UpJc/s1600/met%25C3%25A9oravalaam.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="289" data-original-width="757" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0tHxwm9WdMGrX4Xv8ZiC2Sjn-0ZMQWWTB2_V5udjZCoQB65_c3SDL-GYXkGqfTHbx8aD_W3vkOFe1zq6qVdk2vRjJGdOBGITBpyBtPAl6hgHOn0QzsdXW53TcPUPiIVOoa0bNbA0UpJc/s1600/met%25C3%25A9oravalaam.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Monastério de Varlaam</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O Monastério de Varlaam, fundado no século XIV, é um dos mais visitados. Uma torre permitia a subida até o monastério, e ainda está bem preservada, apesar de não ser mais usada para este propósito. Outra atração do local é um barril de carvalho gigante que os monges usavam para armazenar água; mesmo deitado, o barril tem quase três metros de altura!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihuDI6XKEQPIkKEgL8Yk9AXFdlu-8taPK51nZO0qJgpaMlSaaqxBkVJ71OfcCP0lx52a4zHs6B_JE2_Y-1ThVlUWHrKBk3LSodmVmaBpKPPezc6woMlghGHjOh7ksjfy5BtekBEsJKuWc/s1600/Met%25C3%25A9ora+Roussano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="588" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihuDI6XKEQPIkKEgL8Yk9AXFdlu-8taPK51nZO0qJgpaMlSaaqxBkVJ71OfcCP0lx52a4zHs6B_JE2_Y-1ThVlUWHrKBk3LSodmVmaBpKPPezc6woMlghGHjOh7ksjfy5BtekBEsJKuWc/s1600/Met%25C3%25A9ora+Roussano.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> Monastério de Rousanou</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O Monastério de Rousanou é o que fica sobre o penhasco mais baixo, foi severamente atacado durante a Segunda Guerra Mundial e passou por uma reforma para se tornar um convento em 1988.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxOze1S6kgIQzswvvqDSh5q2U5F7Y3lEpTy_BJA919JSsouowNAzYv49kOOwQ2RdM3iSkrwbCgkBHizI9RGT8Fx-ePtVQIXH4UpT8Mtzz9OSE21QqptdqjBxiv2p1Mk4RZzlgt9PCMdF4/s1600/Met%25C3%25A9oraAnapusas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="396" data-original-width="293" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxOze1S6kgIQzswvvqDSh5q2U5F7Y3lEpTy_BJA919JSsouowNAzYv49kOOwQ2RdM3iSkrwbCgkBHizI9RGT8Fx-ePtVQIXH4UpT8Mtzz9OSE21QqptdqjBxiv2p1Mk4RZzlgt9PCMdF4/s400/Met%25C3%25A9oraAnapusas.jpg" width="295" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Monastério de São Nicholas Anapausas</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: large;"> Bombardeada também pelos Nazistas durante a Segunda Guerra, o Monastério de São Estêvão é o mais acessível. Para entrar não é necessário subir escadarias, apenas uma ponte lhe dá acesso. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um dos mais interessantes, no ponto de vista arquitetônico é o
Monastério de São Nicholas Anapausas. Muitos acreditam que este nome
significa "O descanso de São Nicolas". Como o penhasco em que foi
fundado é estreito, o monastério teve que ser construído na vertical,
como um prédio com vários andares. Visto que não havia espaço na
horizontal para um local de reuniões, os monges se reuniam no Nártex,
isto é, a área de entrada do Monastério.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Então, galera, espero que apresentar esse local épico estimulem a imaginação de vocês e seja o começo de grandes histórias de aventura... </span></div>
<br />Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-58269626770660158762019-04-17T19:46:00.002-07:002019-04-18T05:45:56.552-07:00O Corvo, de Edgar Allan Poe - Traduzido por Fernando Vrech<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCN-cqKUSXzt7OCGg8ouuSK1JaWWFAsUOg1xBm4FHxA1b1tY-2RTD5OXIiAtfvW2cLZA4h176KnCMGLAtRTKHemNnWLZsH1ujfnDmFFgKDANupHrA-qYC1StpaRlY9gZJXEw17cIovHjk/s1600/raven.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="807" data-original-width="583" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCN-cqKUSXzt7OCGg8ouuSK1JaWWFAsUOg1xBm4FHxA1b1tY-2RTD5OXIiAtfvW2cLZA4h176KnCMGLAtRTKHemNnWLZsH1ujfnDmFFgKDANupHrA-qYC1StpaRlY9gZJXEw17cIovHjk/s640/raven.jpg" width="460" /></a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Pessoal, como eu já havia traduzido parte do poema durante a tradução do "<a href="https://fernandovrech.blogspot.com/2019/03/grandes-ensaios-filosofia-da-composicao.html">Filosofia da Composição</a>" de Poe, eu, naturalmente, terminei a tradução do poema; e estou publicando aqui para vocês lerem. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Machado de Assis também já traduziu "O Corvo". Se quiserem terá um link ao final para vocês conferirem a tradução dele, ok? Apreciem.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: large;">O Corvo </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: small;">de Edgar Allan Poe</span></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Certa vez, na calada noite de vento, quando eu meditava, lasso e sonolento<br />Envolto em reflexões curiosas, de um vasto saber esquecido pelos mortais<br />Distraí-me, já quase inconsciente, por um repentino bater insistente<br />Como quem, mesmo gentilmente, bate na porta, trazendo assuntos banais.<br />"Apenas uma visita," eu sussurrei, "alguém que se preocupa demais."<br />"Só isso e nada mais."<br /><br />Ah, espere, agora me lembro, foi numa sombria noite de dezembro<br />E cada brasa morrendo, faiscava ao chão seus espíritos finais.<br />Ansioso eu esperava a aurora – em vão eu buscava a melhora.<br />Os livros não alentam agora, a dor por Lenore dói demais,<br />Pela rara donzela a quem os anjos chamam Lenore, ademais<br />Este nome não chamo mais.<br /><br />E os tão tristes sussurros ao léu soando de cada sedoso e roxo véu<br />Me tocam – enchem-me de terrores fantásticos, não lembro iguais.<br />Para meu coração se acalmar repito em sussurros sem parar<br />"É apenas um visitante à porta com seus assuntos banais.<br />Um visitante tardio querendo entrar e se aquecer um pouco mais <br />É só isso e nada mais."<br /><br />Logo minha alma foi ficando forte, e sem hesitar ou temer minha sorte<br />"Senhor," disse eu, "ou madame, em verdade peço a vós que me perdoais<br />É que eu estava pestanejando, e vós chegastes tão suave tocando<br />E tão gentilmente batendo, e em vossa batida tão pouco soais<br />Que eu duvidei ter ouvido a vós." - Abri a porta sem dizeres mais.<br />Escuridão lá fora e nada mais.<br /><br />Com tal escuridão me encarando, fiquei algum tempo esperando<br />Temendo, duvidando, sonhando sonhos que assombrariam imortais<br />Mas o silêncio só deu arrepio, e a quietude não deu um pio.<br />A única palavra ali sussurrada foi "Lenore?" e não mais.<br />Isso eu sussurrei, e a escuridão ecoou "Lenore!" Quem mais?<br />Apenas isso e nada mais.<br /><br />De volta, então, para dentro e minha alma queimava sem alento.<br />E então novamente outra batida soou alto, um pouco mais.<br />E eu disse, então: "Certamente, é algo confundindo minha mente,<br />Deixa eu checar a janela para desvendar esses mistérios triviais,<br />Deixa meu coração se acalmar ao ver que os sons são normais.<br />É só o vento e nada mais.<br /><br />No instante em que abri a tramela, com saracoteio e agitação veio ela, <br />Uma ave entrou e pousou imponente como em santos tempos primais<br />Ela não fez nenhuma reverência, apenas entrou cheia de impaciência.<br />E com jeito de duque ou dama, pousou acima da porta, sem mais.<br />Pousou em cima da porta, e no busto de Pallas, além do mais.<br />Empoleirada, pousada, e nada mais.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br />Este pássaro ébano seduzia minha triste fantasia quando ria<br />Do severo decoro do semblante que eu usava, sem modos formais.<br />"Ainda que tenhais a crista rasgada," disse eu,"não temais vossa ação ousada.<br />Sinistramente assustador e antigo corvo, nesta orla noturna em que vagais<br />Qual o teu nobre nome, nesta noite plutoniana de que cais?"<br />Disse o corvo: "Nunca Mais."<br /><br />Com esta ave ordinária surpreso por seu discurso soar tão coeso,<br />Ainda que, como resposta, pouco significava para os racionais,<br />Tenho que admitir, moroso, que homem algum já fora venturoso<br />De receber a visita de um passarinho que diz palavras, sejam quais,<br />Em um busto acima da porta, ou mesmo daquelas feras bestiais,<br />Com o nome "Nunca Mais."<br /><br />Mas o corvo, no busto de Pallas, falava somente essas palavras<br />Como se sua alma derramasse nelas seus sentimentos mais viscerais.<br />Nada mais ele falou – nenhuma pluma ele vibrou.<br />Então eu murmurei: "Amigos já foram embora em outros vendavais.<br />De manhã ele voará para longe, como se foram meus sonhos, iguais.<br />E disse o corvo: "Nunca Mais."<br /><br />Assustado com a quietude quebrada por tal resposta tão bem falada<br />Eu disse, "sem dúvida, além desta resposta o corvo não sabe mais<br />Pego por algum dono infeliz, que nada mais positivo diz,<br />Suas canções foi esquecendo, de ouvir só tal lamento, não outro mais<br />Os lamentos de sua esperança apenas soam a melancolia de nada mais<br />Que 'Nunca, nunca mais.' "<br /><br />Mas o corvo ainda seduzia a minha imaginação quando ria.<br />Lhe ofereci uma almofada macia para pousar suas plumas infernais<br />E mergulhando profundamente no veludo, eu que pouso a mente e me iludo.<br />Fantasias terríveis em torno deste sinistro pássaro de eras primordiais<br />Que pássaro sombrio, lúgubre, e esquelético; profano entre os animais<br />E sempre grasna "Nunca Mais."<br /><br />Me sentei envolvido na suposição, sem fazer nenhuma questão<br />E os olhos da ave brilhavam, queimando o meu peito, cada vez mais.<br />E coisas sombrias do corvo fui pensando, com minha cabeça repousando<br />No forro veludo da almofada que as luzes do quarto acendiam joviais<br />Mas tal forro violeta também contemplava o brilho das luzes radiais<br />Ele também exprime, ah, nunca mais.<br /><br />Então, pensativo, o ar fica mais denso, perfumado por um oculto incenso<br />Embalado por raros serafins cujos passos no chão tilintavam surreais.<br />"Miserável," chorei, "Teu Deus te enviou – das hostes angélicas aqui pousou.<br />Trazendo alívio e ópio para as memórias de Lenore, saudades abissais.<br />Beba, engula esse ópio e esqueça essa Lenore perdida, dolores penais.<br />E disse o Corvo "Nunca Mais."<br /><br />"Profeta!" disse eu, "ave maligna! Profeta ainda que sejas indigna!<br />Seja lá de onde viestes, que sejas de Lúcifer, ou cá jogada por ventos descomunais<br />Desolada, ainda que valorosa, nesta terra erma e horrorosa<br />Nesta casa pesada pela aflição, eu imploro que me diga, em suas palavras cabais<br />Há bálsamo em Gileade? Um bálsamo que cure saudade? Por quem não existe mais?<br />E disse o Corvo: "Nunca Mais."<br /><br />"Profeta!" disse eu, "coisa funesta! Profeta ainda se pássaro ou besta!<br />Por este céu, que se curva acima de nós, pelo Deus que até vós adorais,<br />Diga a esta alma carregada de aflição, se no distante Éden, então,<br />Esta alma abraçará ainda a virtuosa donzela; Lenore, chamam os anjos, ademais,<br />Abraçará a quem os anjos chamam Lenore, uma rara donzela de olhos radiais?"<br />Disse o corvo "Nunca mais."<br /><br />"Seja estas palavras o sinal de despedida", gritei levantando,"ave perdida."<br />"Volte para a tempestade que vos trouxe, para a noite plutoniana em que vagais.<br />Não deixes aqui uma pluma negra que seja como prova da blasfêmia que vossa alma despeja.<br />Deixes intacta minha solidão. Saias de cima da minha porta, e do busto em que pousais.<br />Retira este bico que rasga meu coração, retira-te da minha porta e não volte jamais!"<br />E disse o corvo "Nunca Mais."<br /><br />E o corvo, nunca mais voando, vai ficando e vai ficando,<br />No pálido busto de Pallas, me olha diferente dos outros animais<br />Parece do demônio o seu olhar. Um demônio parado a sonhar.<br />À luz do candeeiro, sua sombra dança no chão, e ele imóvel nos umbrais.<br />É minha alma esta sombra que tremula por sofrer demais;<br />E não terá alívio "Nunca Mais."</span><br />
<br />
<br />
<br />
Confiram <a href="https://pt.wikisource.org/wiki/O_Corvo_(tradu%C3%A7%C3%A3o_de_Machado_de_Assis)">aqui </a>a tradução de Machado de Assis.<br />
E confiram <a href="https://www.poetryfoundation.org/poems/48860/the-raven">aqui </a>o texto original, em inglês.Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-40292282176288108082019-04-14T17:57:00.002-07:002019-04-14T20:13:14.700-07:00Guia da Insônia #25 Bram Stocker<b><span style="color: #660000;"><b>Abraham</b> "<b>Bram</b>" <b>Stoker</b> (1847-1912)</span></b><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Estilo: Horror; Aventura; Romance Gótico</span></div>
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<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiQkp7ZXRQnn2xTPg8LdJnNkHOMeKNq2iO_ea07MNjRHGu3WchVHF2uCcQKPr8WnFE34UdYQdG1-1Eh5esilq-8ZNH9GaYT4oMArPXpjNfmeFE41xpzM13DOrPDniMOAZ1EDE7perNn1M/s1600/Bram.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="350" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiQkp7ZXRQnn2xTPg8LdJnNkHOMeKNq2iO_ea07MNjRHGu3WchVHF2uCcQKPr8WnFE34UdYQdG1-1Eh5esilq-8ZNH9GaYT4oMArPXpjNfmeFE41xpzM13DOrPDniMOAZ1EDE7perNn1M/s400/Bram.jpg" width="327" /></a> Formado em Matemática Pura, Stoker talvez nunca se interessasse por literatura, não fosse pelos períodos em que ele padeceu de uma doença desconhecida que o deixava de cama em sua infância. Foram nesses momentos que sua mãe, escritora, entretinha o filho com histórias de terror; que lhe cativaram o interesse pela ficção.</div>
<div style="text-align: justify;">
Durante a vida adulta, ele nunca mais padeceu da dita doença, mas sentia inspiração para escrever histórias escabrosas como aquelas que ele ouvia na infância.</div>
<div style="text-align: justify;">
Criador do imortal Drácula, personagem que foi imortalizado também na literatura, Bram Stoker escreveu 13 romances e também contos, publicados em três coletâneas. Uma dessas coletâneas, Under the Sunset (Debaixo do Pôr do Sol), são contos infantis; outra coletânea é dedicada ao seu personagem Drácula.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bram Stoker teve sucessivos derrames no final de sua vida, sendo acometido fatalmente pelo último. Alguns médicos atribuíram seus males ao excesso de trabalho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><br /></span></span>
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;">Sugestões de leitura </span></b></span><br />
(Obras em Domínio Público)</div>
<div style="text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRWxbLDVZXImYq3t2dDHgzaVFa-_c53FJFp2nJByB2wdHeF1wcLzhnzmX_OfpvswlyDLzrnfPgUKFfT6u1kqwhpE-3QOtUkMi2bWao-Os_e1zE9ocaNe1XxUC6TXmm0wuIiOD1RXvrSr4/s1600/Bramsnake.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="402" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRWxbLDVZXImYq3t2dDHgzaVFa-_c53FJFp2nJByB2wdHeF1wcLzhnzmX_OfpvswlyDLzrnfPgUKFfT6u1kqwhpE-3QOtUkMi2bWao-Os_e1zE9ocaNe1XxUC6TXmm0wuIiOD1RXvrSr4/s320/Bramsnake.jpg" width="206" /></a></div>
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<div style="text-align: center;">
<b>The Snake Pass (O Passo da Cobra)</b> 1890. <i>Aventura</i>.<i> </i>Um viajante é obrigado a se hospedar em uma cidadezinha. Ele descobre que nas redondezas há um tesouro obscuro que envolve a lenda de São Patrício, o santo que expulsou todas as cobras da região.</div>
<div style="text-align: center;">
<i></i><br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy7NmwAwEtyTV_J9QGHgchhXwB5AodKE2h9jdsItRRS-9vonFnp-pAKDdAsVRGtWHPJxaVN6qMQIGR9aLPzG0-GXyfBORMRJ-AzSl8HGb8n_RlEkIGvFOAOqGDDofQF48HZRdAiQheOSE/s1600/BramSea.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy7NmwAwEtyTV_J9QGHgchhXwB5AodKE2h9jdsItRRS-9vonFnp-pAKDdAsVRGtWHPJxaVN6qMQIGR9aLPzG0-GXyfBORMRJ-AzSl8HGb8n_RlEkIGvFOAOqGDDofQF48HZRdAiQheOSE/s320/BramSea.jpg" width="213" /></a></div>
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<br />
<div style="text-align: center;">
<b>The Mystery of Sea (O Mistério do Mar). </b>1902. <i>Aventura, Suspense.</i><b> </b>Archibald está de férias na cidade costeira escocesa de Whinnyfold. Ele começa a ter delírios estranhos e descobre, por meio da misteriosa velha Gormala, que ele pode estar sendo agraciado com o dom da "Segunda Visão," uma espécie de vidência. Com a ajuda de suas visões, o protagonista vai descobrindo uma conspiração para matar sua namorada, que ajudou o lado americano durante a guerra hispano-americana.</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVXavv_U7d6mk1Pw6i85a8gP0Tu_39kGEPXko6VzRjVL7QlhO_RznK2bX_pTjVSLFYCAbHyaB2hDiNo4iyFVLzCnPfTwzEQwBrJTtqJVzMGCByQwNWN8zsE6WHOXz4Bk14cRvnk0WnxVo/s1600/Bramjewel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="429" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVXavv_U7d6mk1Pw6i85a8gP0Tu_39kGEPXko6VzRjVL7QlhO_RznK2bX_pTjVSLFYCAbHyaB2hDiNo4iyFVLzCnPfTwzEQwBrJTtqJVzMGCByQwNWN8zsE6WHOXz4Bk14cRvnk0WnxVo/s320/Bramjewel.jpg" width="193" /></a></div>
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<div style="text-align: center;">
<b>The Jewel of the Sevem Stars (A Jóia das Sete Estrelas)</b>. 1903. <i>Aventura, Horror</i>. Um egiptólogo é encontrado pela filha, sangrando e catatônico. Em suas anotações o arqueólogo deixa instruções explícitas para o caso de ser encontrado inconsciente: não deve ser removido do lugar em hipótese alguma. Depois que um médico suspeita que o arqueólogo foi atacado por um gato e que a múmia de gato pertencente à coleção do egiptólogo sumiu, o advogado Malcolm Ross é chamado para ajudar e embarca em uma surreal aventura envolvendo os mistérios egípcios.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioWyAfCXCF-bpFhd3uAhGARHYdea7bZ0RlzHtiS2P6EGLF4EH6TeBMrXahx0Jt-SKv7BO2nyDGZpEO9WHv6MTDVUNVB-y2sB8rqScDv8ab397OiatW7JFacuhhhjq86JXh3UcaM6y16A4/s1600/Bramman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioWyAfCXCF-bpFhd3uAhGARHYdea7bZ0RlzHtiS2P6EGLF4EH6TeBMrXahx0Jt-SKv7BO2nyDGZpEO9WHv6MTDVUNVB-y2sB8rqScDv8ab397OiatW7JFacuhhhjq86JXh3UcaM6y16A4/s320/Bramman.jpg" width="201" /></a></div>
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<b>The Man (O Homem).</b> 1905.<i> Romance Gótico</i>. Uma moça de uma família excêntrica é criada como menino e chamada de Stephen. O rapaz que a ama, Harold, é rejeitado por ela e mais tarde se torna um marinheiro. Harold salva uma garotinha de seis anos do mar, que passa a chamar seu herói de "The Man" (O Cara). Mais tarde Harold naufraga e vai parar próximo à mansão herdada por Stephen, mas, agora mais velho, Stephen não o reconhece. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgY2ISmUD_Hn8manT4HpdkqQGHciHVaDoyFOXAumYQXe-bIyrRBw1P1ISqbBCNhiNqy3Ss2HQI06-yOdZUvP84_vyzxlVyLKrWM2PpJzm1aLW0cYOmqCSsInFGFRfbgUWs3voTnfNjmN0/s1600/Bramworm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="387" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgY2ISmUD_Hn8manT4HpdkqQGHciHVaDoyFOXAumYQXe-bIyrRBw1P1ISqbBCNhiNqy3Ss2HQI06-yOdZUvP84_vyzxlVyLKrWM2PpJzm1aLW0cYOmqCSsInFGFRfbgUWs3voTnfNjmN0/s320/Bramworm.jpg" width="214" /></a></div>
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<b> The Lair of the White Worm (O Covil da Minhoca Branca)</b>. 1911. <i>Horror</i>. </div>
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Ataques com animais, principalmente cobras, está aterrorizando uma cidade onde mora um excêntrico que tenta recriar as técnicas hipnóticas de Franz Mesmer. E um fosso na floresta próxima parece ser habitado por uma criatura que se parece com um verme branco gigante.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrNf4XC_UUytU1pu7EFOIkgL3koQdAjA4fP3D5a_yAG0GscFxcreNYBpaLNhFPPPwD8eFvworytFdys32EturAw8OwS8QwwmZsVV5SEHqmgRdRk9jN5mCwhXgTKzhVlqTWw3yAtSX_c84/s1600/bramdrac.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrNf4XC_UUytU1pu7EFOIkgL3koQdAjA4fP3D5a_yAG0GscFxcreNYBpaLNhFPPPwD8eFvworytFdys32EturAw8OwS8QwwmZsVV5SEHqmgRdRk9jN5mCwhXgTKzhVlqTWw3yAtSX_c84/s320/bramdrac.jpg" width="220" /></a></div>
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<b>Drácula.</b> 1897.<i> Horror, Romance Gótico.</i> O advogado Jonathan Harker é chamado para ajudar um conde em um castelo na Transilvânia a realizar uma transação imobiliária. Mas Jonathan logo percebe que está sendo aprisionado pelo conde, o conde Drácula.</div>
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<br />Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-22719909120036704472019-03-30T16:34:00.000-07:002019-03-30T16:51:49.897-07:00O que Diabos é um Gênio?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzNlnx_nQU4Z1IhNjRUlwuBo8SaEjziNLE4kVBebo02c1E2C7inNErYqW8LP_IytTayoXGmzQuixFeb8vTTnZgNxFTM4dMQqKh2YaoRQerLbXlijauN1vEXI6WdXXU5DbXIbOm-YapOxQ/s1600/genio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="581" data-original-width="800" height="464" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzNlnx_nQU4Z1IhNjRUlwuBo8SaEjziNLE4kVBebo02c1E2C7inNErYqW8LP_IytTayoXGmzQuixFeb8vTTnZgNxFTM4dMQqKh2YaoRQerLbXlijauN1vEXI6WdXXU5DbXIbOm-YapOxQ/s640/genio.jpg" width="640" /></a></span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> "Um espectro palhação que concede três pedidos." É assim que a cultura ocidental talvez definiria um gênio, baseando-se em como o cinema e a televisão o mostra. Mas na realidade, quando falamos em gênios, estamos falando de uma crença tão antiga que talvez remonte mesmo à pré-história! Uma crença que foi sofrendo adaptações culturais e hoje se apresenta totalmente distorcida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Alguém mais sabichão talvez diga que os gênios são provenientes da crença islâmica dos Jinn, ou seja, são parte da mitologia islâmica. E ele estaria certo em dizer os gênios são parte da mitologia islâmica; mas estaria errado se dissesse que o islamismo deu origem à crença em gênios.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas antes de falarmos das origens dos gênios, vamos falar em como os gênios foram caracterizados como são hoje.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
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<b><span style="font-size: large;"> Os Gênios da Lâmpada</span></b></div>
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<span style="font-size: large;"> A palavra "gênio" não é, como muitos pensam, uma espécie de aportuguesamento da palavra árabe Jinn. Gênio vem, na realidade, da mitologia romana. Os genius eram espíritos guardiões de pessoas do sexo masculino (as mulheres tinham as junos). Eram os anjos da guarda da mitologia romana. </span><br />
<span style="font-size: large;"> Aparentemente, o primeiro a traduzir assim os Jinn foi Antoine Galland, o primeiro tradutor das Mil e uma Noites para um idioma ocidental, o francês. Pelo visto, ele encontrou na palavra gênio (génie, no francês) uma semelhança aproximada tanto no significado quanto na pronúncia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas a principal característica dos gênios, tal como concebemos atualmente, não proveio das Mil e uma Noites. O famoso Gênio da Lâmpada veio de uma das histórias que Galland incluiu na obra para completá-la, a história de Aladin. Na verdade, apenas cerca de um terço da obra original das Mil e uma Noites se manteve até os dias de hoje; os tradutores e copistas tendem a acrescentar novas histórias folclóricas para completar as mil e uma noites que se passam no livro. Galland acrescentou as histórias de Alladin, Simbah e Ali-babá. Ironicamente, as histórias mais famosas das Mil e uma Noites não estão contidas no texto original.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A história de Aladin é difícil de ter sua origem rastreada, uma vez que Galland a recolheu da tradição oral, ouvindo-a de um sírio chamado Youhenna Diab, quando este viajou para Aleppo, na França, isto, segundo consta em seu diário na data de 25 de Março de 1709. Alguns fragmentos de manuscritos contendo o nome Aladin, tambem foram encontrados e arquivados na Bibliothèque Nationale, de Paris.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Na história de Aladin, o gênio aparece concedendo pedidos ao dono da lâmpada mágica. Já em outras histórias das mil e uma noites, os Gênios aparecem geralmente como entidades livres, sequestrando mulheres e interagindo de outras formas com seres humanos sem serem necessariamente bons ou maus.</span></div>
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<b><span style="font-size: large;"> Os Jinn da Mitologia Islâmica</span></b></div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmlCcYU84O7SB2SUxJZ_WYUUTkemAF2_0UHe8wV_UwGFtbZnNviFumU8zdFB-oY5U8UnYqHSODoalQ8jF_7ygDY3EFb4JfhIKLKHLi3nBRBSWmrauKhaGnpZP52NXTQnKxniEexrfwp3U/s1600/manuscrt.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="632" data-original-width="505" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmlCcYU84O7SB2SUxJZ_WYUUTkemAF2_0UHe8wV_UwGFtbZnNviFumU8zdFB-oY5U8UnYqHSODoalQ8jF_7ygDY3EFb4JfhIKLKHLi3nBRBSWmrauKhaGnpZP52NXTQnKxniEexrfwp3U/s400/manuscrt.jpg" width="318" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><span style="font-size: small;">Acredite! Os Jinn eram os culpados por tudo. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-size: small;">Até pela dor de dente.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Os islâmicos creem que os Jinn foram criados por Deus cerca de dois mil anos antes dos seres humanos, estando abaixo dos anjos em poder. Diferentemente dos humanos, que foram criados a partir do elemento terra, os Jinn foram criados a partir do ar e do fogo. Esse povo pré-humano foi se tornando perverso conforme foram ignorando os avisos de Alá. Os anjos, então, são enviados por Alá para batalhar com os Jinn. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Os Jinn sobreviventes foram expulsos do paraíso e teriam se instalado nas Montanhas Káf, que, segundo a tradição islâmica, seriam as montanhas que circundam a Terra, que criam ser plana.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> A disposição deles para com os seres humanos é obscura. Alguns Jinn são claramente maus; outros parecem querer ajudar os humanos, mas fica sempre a suspeita de estarem agindo por algum benefício próprio, não raro manipulando pessoas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Os Jinn aparecem no alcorão umas poucas vezes sempre denotando a necessidade que eles também tem de redenção divina, como os humanos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Os Jinn, como raça pré-adâmica são semelhantes aos humanos quando resolvem aparecer para eles, mas são invisíveis na maior parte do tempo. Eles também precisam beber e comer; também se casam e morrem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Para o Islã, o diabo é um Jinn chamado Iblis, que se recusou a aceitar a criação de Adão. Outrora granjeando prestígio entre um anjos, como um Jinn especialmente sábio, e mesmo vivendo entre os anjos, embora não fosse, Iblis foi expulso do Paraíso por sua arrogância. Crê-se que Iblis seja um Jinn especialmente mau que tem inveja dos humanos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"> O Jinn pré-Islâmicos</span></b></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Maomé não inventou os Jinn, ele reinterpretou a crença nessa criaturas, para se adequarem ao islamismo. A crença nos Jinn remonta a tribos antigas do Oriente Médio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Para essas tribos, os Jinn eram criaturas mágicas que habitavam lugares desolados como desertos, pântanos e outros lugares sujos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Homenagens poderiam ser prestadas aos Jinn para apaziguá-los mas não eram normalmente venerados como deuses. Alguns orientalistas crêem que Jinn seriam uma marginalização de deidades que foram perdendo a importância conforme outros deuses foram ganhando maior veneração por parte desses povos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Uma espécie de Jinn mais poderosa eram os Efrits. São mais maliciosos e indolentes que os Jinn comuns. Os Efrits aparecem frequentemente nas histórias originais das Mil e uma Noites e a sua crença também remonta a tempos pré-islâmicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um Efrit é retratado como sendo um ser de fogo, com chamas saindo pela boca e olhos. Podiam ser constituídos de fogo ou de fumaça, apresentando a cor vermelha ou negra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Crê-se que, mesmo sendo mais perversos, poderiam ser capturados e escravizados por meio de procedimentos mágicos. Isto dá fundamento à história do gênio da lâmpada e sua obrigação de conceder os desejos de seu amo. O gênio da lâmpada de Aladdin, neste caso, seria um Efrit.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Notaram como a crença nos gênios foram sofrendo uma drástica mudança ao longo dos séculos? Se pudéssemos escolher entre encontrarmos um furioso Efrit ou um espirituoso gênio da lâmpada, certamente escolheríamos o da lâmpada; porque este foi construído para se adaptar às necessidades na nossa cultura moderna.</span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-13935943747683595382019-03-18T16:28:00.001-07:002019-04-18T05:19:09.978-07:00Grandes Ensaios - A Filosofia da Composição, de Edgar Allan Poe<div style="text-align: justify;">
Galera, eu pretendo, com esta nova série Grandes Ensaios, trazer para vocês artigos escritos por grande personalidades do passado, com preferência no tema literatura, é claro. Os artigos serão traduzidos exclusivamente por mim, no melhor português. Agora você pode ouvir pessoas mortas no História de Mistério, ou ler, ao menos. E aprender com eles as melhores manhas e truques dos escritores.</div>
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E esta série já abre com a honra de publicar uma tradução decente de um artigo do grande Edgar Allan Poe, A Filosofia da Composição, de 1846. Ele irá nos explicar algumas de suas técnicas de compor uma obra escrita, seja poema ou prosa. Uma vez que ele usa o próprio poema O Corvo, como exemplo, em especial quem quer aprender poesia irá se beneficiar do artigo. Mas não há nada que impeça o escritor em prosa adaptar os métodos para a forma narrativa, visto que os princípios também se aplicam.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghHhbD3s_Rs_m03s4i1AqkN0gdcPhyphenhyphenUsM2sbzT5vG5QqsphvYG9A5uryl__s2-1lnoqg0Z0UI2UroM7pl9KJHA-VHcvNycvtVVqbEj7O6QAffmfEwxpGNU1kkHGCkXF9wIN8ugUyXIf6M/s1600/poe.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghHhbD3s_Rs_m03s4i1AqkN0gdcPhyphenhyphenUsM2sbzT5vG5QqsphvYG9A5uryl__s2-1lnoqg0Z0UI2UroM7pl9KJHA-VHcvNycvtVVqbEj7O6QAffmfEwxpGNU1kkHGCkXF9wIN8ugUyXIf6M/s1600/poe.jpg" /></a></div>
Artigo: The Philosophy of Composition<br />
Autor: Edgar Allan Poe<br />
Ano: 1846<br />
Publicação: Graham's American Monthly Magazine of Literature and Art - Abril de 1846<br />
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Charles Dickens, em uma anotação que agora está bem na minha frente, referindo-se a uma análise que eu fiz uma vez, do mecanismo de [seu romance] Barnaby Rudge, diz: "A propósito, sabia que Godwin escreveu seu [romance] Caleb Williams de trás para frente? Ele primeiro envolveu seu herói em uma teia de dificuldades, formando o seu segundo volume, e depois, para [escrever] o primeiro [volume], ficou procurando um jeito de explicar o que havia sido feito."<br />
Eu não posso discordar que o modo preciso de proceder da parte de Godwin, e de fato [isto é] o que ele mesmo reconhece, não esteja totalmente de acordo com a idéia do Sr. Dickens – mas o autor de "Caleb Willians" era um artista bom demais para não perceber a vantagem derivada de ao menos [seguir] um procedimento um pouco semelhante. Nada é mais claro de que todos os enredos, ou os que mereçam este nome, devam ser elaborados no desfecho antes que qualquer outra coisa seja tentada à caneta. É somente tendo o desfecho constantemente em vista que podemos dar ao enredo seu indispensável ar de consequência, ou circunstância, fazendo com que os acontecimentos, e especialmente o tom em todos os pontos [da obra], tendam para o desenvolvimento da motivação.<br />
Há um erro radical, eu acho, no modo habitual de se construir uma história. Ou a história oferece uma dissertação – ou uma é sugerida por um evento do dia – ou, na melhor das hipóteses, o autor se pôe a trabalhar em uma série de eventos marcantes para formar meramente a base de seu projeto narrativo, geralmente, para [depois] preencher com descrições, diálogos ou comentários narrativos, [preenchendo] quaisquer fendas de fatos ou ações que possam, no decorrer das páginas, tornarem-se aparentes. <br />
Eu prefiro começar com a consideração de um efeito. Mantendo a originalidade sempre à vista – pois é falso em si mesmo, quem se aventura em dispensar uma fonte de interesse óbvia e facilmente alcançável – eu digo para mim mesmo, em primeiro ligar: "Dos inúmeros efeitos, ou impressões, dos quais o coração, o intelecto, ou (mais genericamente) a alma é susceptível, o que eu devo, aqui, selecionar?" Tendo primeiro escolhido o romance, depois escolho um efeito vívido, eu considero se [o romance] pode ser melhor trabalhado por um evento ou tom – seja por eventos comuns e tom peculiar, seja o contrário, ou pela peculiaridade tanto do evento quanto do tom – e procurando à minha volta (quer dizer, dentro de mim) por combinações de evento, ou tom, que irão me ajudar melhor na construção do efeito.<br />
Muitas vezes eu penso no quão interessante [seria se] um artigo em uma revista fosse escrito por qualquer autor que, digo, pudesse detalhar, passo a passo, os processos pelos quais qualquer uma de suas obras atingem seu ponto final de conclusão. Porque que tal papel nunca foi gerado para o mundo, não sei, mas, talvez a vaidade do autor tenha mais a ver com a omissão, do que com qualquer outra coisa. A maioria dos escritores – poetas em especial – preferem [se deixar] entender que suas obras são compostas por uma espécie de belo frenesi – uma intuição estática – e certamente estremeceria em deixar o público dar uma espiada nos bastidores, nas elaboradas e vacilantes cruezas do pensamento, os verdadeiros propósitos alcançados apenas no último momento – nos inumeráveis vislumbres de ideia que ainda não maturaram completamente – às fantasias plenamente maduras descartadas no desespero como inaproveitáveis – às seleções e rejeições cautelosas – às dolorosas rasuras e interpolações – em uma palavra, nas engrenagens grandes e pequenas– o equipamento para mudança de cenário – as escadinhas e alçapões secretos – as penas de galo, a tinta vermelha e a fita adesiva que, em noventa e nove por cento dos casos, constituem as características da atuação literária.<br />
Estou ciente, por outro lado, que não é nada comum um autor que está em condições de refazer os passos pelos quais suas conclusões foram alcançadas. Em geral, as ideias, tendo surgido de forma desordeira, são seguidas e, de forma semelhante, esquecidas.<br />
Da minha parte, não tenho nenhuma simpatia pela repugnância que eu me referi, ou tenha, em algum momento, a menor dificuldade em relembrar os passos progressivos de qualquer uma de minhas obras e, uma vez que o interesse de uma análise ou reconstrução, como considerei desejável, seja completamente independente de qualquer interesse real ou imaginário na coisa analisada, não será considerado com uma violação de algum decoro da minha parte mostrar o modus operandi pelo qual uma das minhas próprias obras foi elaborada. Eu escolhi "O Corvo" como é conhecido geralmente. É meu dever manifestar que nenhum ponto em sua composição é referível a acidente ou intuição – a obra prosseguiu passo a passo, até a sua conclusão, com precisão e com o resultado rígido de um problema matemático.<br />
Deixemos de lado, como irrelevante para o poema em si, a circunstância – ou devo dizer, a necessidade – que, em primeiro lugar, deu origem à intenção de compor um poema que deve servir ao mesmo tempo ao gosto popular e da crítica.<br />
Comecemos, assim, com essa intenção.<br />
A consideração inicial era o tamanho. Se qualquer trabalho literário é longo demais para ser lido em uma sessão, devemos nos contentar em dispensar o efeito sumariamente importante provindo da unidade do papel impresso, se duas sessões forem necessárias, os assuntos do mundo interferem e tudo como totalidade é imediatamente perdido. Mas desde que, nessas circunstâncias, nenhum poeta pode dar-se ao luxo de dispensar qualquer coisa que possa fazer progredir a sua obra, resta saber se existe, na [longa] extensão, alguma vantagem para contrabalancear a perda de unidade que resulta. Aqui eu digo de uma vez que não há [vantagem]. O que chamamos de um longo poema é, na verdade, apenas uma sucessão de breves – isto é, de breves efeitos poéticos. É desnecessário demonstrar que um poema é tal apenas na medida em que emociona, intensamente, elevando a alma. E todas as emoções intensas são, por necessidade psicológica, breves. Por essa razão, pelo menos metade do "Paraíso Perdido" é essencialmente narrativa – uma sucessão de excitações poéticas, inevitavelmente, com depressões correspondentes – sendo o todo privado, através do extremo de sua extensão, do vasto elemento de patrimônio artístico, totalmente, ou unidade de efeito.<br />
Parece evidente, portanto, que há um limite distinto, no que se refere ao comprimento, em todas as obras de arte literária – o limite de uma única sessão [de leitura] – e que, embora em certas classes de composição em prosa, como "Robinson Crusoé" (que não requer unidade), este limite pode ser ultrapassado com vantagem, nunca pode ser ultrapassado adequadamente em um poema. Dentro deste limite, a extensão de um poema pode ser feita para se ter relação matemática com seu objetivo – em outras palavras, com a emoção ou elevação – novamente, em outras palavras, com o grau do verdadeiro efeito poético que [o poema] é capaz de induzir; pois é claro que a brevidade deve ser proporcional à intensidade do efeito pretendido – isto, com uma condição – de que um certo grau de duração é absolutamente necessário para a produção de qualquer efeito. <br />
Mantendo essas considerações, também aquele grau de emoção que eu não acreditei estar acima do popular, também não abaixo do gosto da crítica, cheguei imediatamente ao que concebi ser a extensão apropriada do meu pretendido poema: um comprimento de cerca de cem linhas. São, de fato, cento de oito.<br />
A minha próxima preocupação era concernente à escolha de uma impressão, um efeito, a ser transmitido; e aqui posso também observar que, ao longo da elaboração, mantive-me firmemente em vista o desígnio de tornar o trabalho universalmente apreciável. Eu vou longe demais do assunto, demonstrando um ponto sobre o qual tenho repetidamente insistido, e que, na poética, não há a menor necessidade de demonstração – que a beleza é a única província legítima do poema. Algumas palavras [sobre esse ponto], no entanto, na elucidação da minha real ideia, que alguns dos meus amigos teriam uma tendência em distorcer. Aquele prazer que é ao mesmo tempo o mais intenso, o mais elevado, e o mais puro é, creio eu, encontrado na contemplação do belo. Quando, de fato, os homens falam da beleza, eles explicam, precisamente, não uma qualidade, com é suposto, mas um efeito – eles se referem, em síntese, apenas àquela elevação intensa e pura da alma – não do intelecto, ou do coração, como eu comentei, e que é experimentado como resultado dessa contemplação. Eu designo a beleza como a província do poema, simplesmente porque é uma norma óbvia da Arte que os efeitos devam ser feitos partindo de causa diretas – que os objetivos devam ser alcançados através de meios melhor adaptados para esse fim – não houve ainda ninguém fraco o suficiente para negar que a elevação peculiar a que me refiro seja melhor alcançada em um poema. O objeto Verdade, ou a satisfação do intelecto, e o objeto Paixão, a elevação do coração, são, embora atingíveis até certo ponto na poesia, muito melhor alcançáveis na prosa. A verdade, de fato, exige uma precisão, e a paixão, uma simplicidade (os verdadeiramente apaixonados me compreendem), e são absolutamente antagônicos à beleza que, sustento eu, é a excitação ou elevação prazerosa da alma. De modo algum significa, qualquer coisa dita aqui, que a paixão, ou mesmo a verdade, não possa ser inserida, e mesmo proveitosamente inserida em um poema, pois podem servir para elucidar, ou ajudar no efeito geral, como as desacordes na música, por contraste – mas o verdadeiro artista sempre irá trabalhará, primeiro, em dar o tom com função adequada à meta principal, e depois, vesti-los, tanto quanto possível, na beleza que é a atmosfera e a essência do poema.<br />
Considerando, portanto, a Beleza com a minha província, minha próxima questão giou em torno do tom de sua mais alta manifestação – e toda a experiência tem mostrado que o tom é a tristeza. A beleza de qualquer tipo em seu desenvolvimento supremo invariavelmente axalta a alma sensível às lágrimas. A melancolia é, portanto, o mais legítimo de todos os tons poéticos.<br />
Tendo sido o tamanho, a província e o tom, determinados, deixei-me a uma indução habitual, com o objetivo de obter algum sabor artístico que me pudesse servir de chave na construção do eixo poético sobre o qual a estrutura inteira pode girar. Ao pensar cuidadosamente sobre todos os efeitos artísticos usuais – ou mais propriamente situações, no sentido teatral – não deixei de notar de imediato que nada havia sido tão universalmente empregado como o refrão. A universalidade de seu emprego bastou para me assegurar de seu valor intrínseco e me poupou da necessidade de submetê-lo à análise. Eu considerei, no entanto, no que diz respeito à sua susceptibilidade da melhoria, e logo o vi estar em uma condição primitiva. Como comumente usado, o refrão, ou estribilho, não apenas se limita ao verso lírico, mas depende a sua impressionabilidade na força do som monótono – tanto no som quanto no pensamento. O prazer é extraído apenas no sentido de identidade, de repetição. Resolvi diversificar e, assim, aumentar o efeito, aderindo em geral à monotonia do som, enquanto variava continuamente o pensamento: ou seja, decidi produzir continuamente novos efeitos, pela variação da aplicação do som – o refrão em si permanecendo, na maior parte, invariável.<br />
Com estes pontos sendo determinados, em seguida pensei na natureza do meu refrão. Como sua aplicação deveria ser repetidamente variada, era claro que o refrão deveria ser breve, pois haveria uma dificuldade insuperável em frequentes variações de aplicação em qualquer sentença longa. Na medida da brevidade da sentença, estaria, evidentemente, a facilidade da variação. Isso me levou imediatamente a uma única palavra como o melhor refrão.<br />
A questão que surgia então era o caráter da palavra. Tendo decidido por um refrão, a divisão do poema em estrofes era, naturalmente, uma indução em cadeia, o refrão formando o final de cada estrofe. Que tal final, para ter força, deve ser sonoro e susceptível à ênfase prolongada, não havia dúvida, e essas considerações inevitavelmente me conduziram ao longo do tempo como a vogal mais sonora em conexão com o "r" como a consoante mais produtiva.<br />
Com o som do refrão sendo então determinado, tornou-se necessário escolher uma palavra que incorporasse esse som e ao mesmo tempo se mantivesse o mas completo possível naquela melancolia que eu havia predeterminado como sendo o tom do poema. Em tal busca, seria absolutamente impossível ignorar a palavra "Nevermore" (Nunca Mais). De fato, essa foi a primeira [palavra] que se apresentou.<br />
O próximo desejo foi ter um pretexto para o uso contínuo da palavra "Nevermore." Observando a dificuldade encontrada ao inventar um motivo suficientemente plausível para a sua repetição contínua, não deixei de notar que essa dificuldade apenas parte do pressuposto de que a palavra deveria ser tão continuadamente ou monotonamente pronunciada por um ser humano – não deixei de notar, em síntese, que esta dificuldade reside na relação entre essa monotonia e o exercício da razão por parte da criatura que repete a palavra. Aqui, então, imediatamente surgiu a ideia de uma criatura sem raciocínio capaz de falar, e muito naturalmente, um papagaio, de primeira, sugeriu a si mesmo, mas foi substituído imediatamente por um corvo, [que também é] igualmente capaz de falar, e infinitamente melhor em manter o tom que eu pretendia.<br />
Eu tinha ido bem longe ao conceber um Corvo, o pássaro do mau agouro, repetindo monotonamente a palavra "Nunca Mais" na conclusão de cada estrofe em um poema de tom melancólico e na extensão de cem linhas. E então, nunca perdendo de vista o objetivo – hiperbolismo ou perfeição em todos os aspectos – me perguntei : "De todos os tópicos melancólicos o que, de acordo com a compreensão universal da humanidade, é a mais melancólico?" Morte foi a resposta óbvia. "E quando, " disse eu, "essa é a mais melancólica das questões mais poéticas?" Com tudo que já expliquei [até aqui] com alguma profundidade, a resposta também é óbvia: "No momento em que a morte se aproxima mais da beleza: a morte de uma mulher bonita, é, sem dúvida, o tópico mais poético do mundo, e também é indiscutível que os lábios mais adequados para desenvolver tal tópico são os [lábios] de um amante desolado."<br />
Agora eu deveria combinar as duas ideias de um amante lamentando a morte de sua senhora falecida e um corvo continuamente repetindo a palavra "Nevermore." Eu tive que combiná-los, tendo em mente o meu projeto de variar a aplicação da palavra repetida, mas o único modo inteligível de tal combinação é imaginar o corvo empregando a palavra em resposta às perguntas de amante. E foi aqui que eu vi imediatamente a oportunidade oferecida pelo o efeito do qual eu vinha dependendo, isto é, o efeito da variação da aplicação. Vi que poderia fazer a primeira questão proposta pelo amante – a primeira questão à qual o corvo deveria responder "nevermore" – que eu poderia fazer dessa primeira questão um ponto central, a segunda menos, a terceira ainda menos e assim até, finalmente, o amante, assustado com a indiferença original do caráter melancólico da própria palavra, por sua repetição frequente e por uma consideração da reputação omniosa da ave que a proferiu, estando, por fim, provocado pela superstição, e selvagemente propondo questões de um caráter muito diferente – questões cuja resposta ele leva apaixonadamente ao coração – ele propõe [questões] metade em superstição e metade em uma espécie de desespero que se deleita em auto-tortura – não as propõe por acreditar no caráter profético ou demoníaco do pássaro (o que a razão lhe assegura estar meramente repetindo uma lição aprendida por rotina), mas por experimentar um prazer frenético ao modelar perguntas a ponto e receber do esperado "nevermore" a mais deleitosa por ser a mais intolerável das tristezas. Percebendo a oportunidade que me foi proporcionada, ou, e mais estritamente, me foi forçada no progresso da construção, estabeleci primeiro em minha mente o clímax ou a conclusão do interrogatório – aquela pergunta à qual "nevermore" deveria estar em último lugar como resposta – aquela pergunta na qual a resposta "nevermore" deveria envolver a quantia mais concebível de tristeza e desespero.<br />
Aqui então o poema poema pode ser dito ter seu começo – no final, onde todas as obras da arte deveriam começar – pois foi aqui, neste ponto de minhas primeiras considerações, que primeiro coloquei a caneta no papel na composição desta estrofe:<br />
<br />
"Profeta!" disse eu, "coisa funesta! Profeta ainda se pássaro ou besta!<br />Por este céu, que se curva acima de nós, pelo Deus que até vós adorais,<br />Diga a esta alma carregada de aflição, se no distante Éden, então,<br />Esta alma abraçará ainda a virtuosa donzela; Lenora, chamam os anjos, ademais,<br />Abraçará a quem os anjos chamam Lenora, uma rara donzela de olhos radiais?"<br />Disse o corvo "Nunca mais."<br />
[original: <br />
"Prophet!" said I, "thing of evil! prophet still if bird or devil!<br />
By that Heaven that bends above us- by that God we both adore,<br />
Tell this soul with sorrow laden, if, within the distant Aidenn,<br />
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore-<br />
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore." <br />
Quoth the Raven "Nevermore."]<br />
<br />
Compus esta estrofe, neste ponto, primeiro, estabelecendo o clímax, que eu poderia variar e graduar melhor, em termos de seriedade e importância, as questões precedentes do amante, e também, eu poderia definitivamente estabelecer o ritmo, a estrutura, e o comprimento e arranjo geral da estrofe, bem como graduar as estrofes que deveriam preceder, de modo que nenhuma delas pudesse superar [o final] em efeito rítmico. Se eu tivesse sido capaz, na composição seguinte, de construir estrofes mais vigorosas, eu deveria, sem escrúpulos, enfraquecê-las propositadamente para não interferir no efeito de clímax.<br />
E aqui eu posso dizer também algo sobre a versificação. Meu primeiro objetivo (como de costume) foi a originalidade. Até que ponto isso te sido negligenciado na versificação é uma das coisas mais inexplicáveis. Admitindo que haja pouca variedade debaixo de um mero ritmo, ainda, é claro, que as possíveis variações de metro e estrofe são absolutamente infinitas, e ainda, por séculos, nenhum homem, em verso, jamais fez, ou pareceu pensar estar fazendo, uma coisa original. O fato é que a originalidade (a não ser em mente de força muito incomum) não é, de forma alguma, como alguns supõem, uma questão de impulso ou intuição. Em geral, [a originalidade] para ser encontrada, deve ser procurada de forma elaborada e, embora seja um mérito positivo da mais alta classe, exige, em sua elaboração, menos invenção do que negação.<br />
Claro que eu não pretendi ter originalidade nem no ritmo e nem a na estrutura de "O Corvo." O primeiro é trocaico – o último é octametro acataléptico, alternando-se com o heptâmero cataléptico repetido no refrão do quinto verso e terminando com tretrametro cataléptico. Falando menos rebuscadamente, o ritmo empregado ao longo [do poema] (coreu) consiste em uma longa sílaba seguida por uma curta, a primeira linha de estrofe consiste em oito desses ritmos, a segunda de sete e meia (em efeitos dois terços), a terceira de oito, a quarta de sete e meio e a quinta de novo, a sexta três e meia. Agora, cada uma das linhas tomadas individualmente [já] foram empregadas antes, e a originalidade de "O Corvo" é na combinação delas em estrofe; nada, nem mesmo remotamente, abordando isso, já foi tentado. O efeito dessa originalidade combinatória é auxiliado por outros efeitos inusitados, alguns completamente novos, decorrentes de uma ampliação da aplicação dos princípios da rima e da aliteração.<br />
<br />
[Esta linguagem rebuscada deste último parágrafo nada mais são do que fórmulas poéticas. Se você quiser se aprofundar mais nesse assunto, estude Métrica Poética.]<br />
<br />
O próximo ponto a ser considerado era como ligar o amante ao corvo – e o primeiro ramo dessa consideração era o local. Para tal, a sugestão mais natural pode parecer uma floresta, ou os campos – mas sempre me pareceu que um perímetro [fechado] do espaço é absolutamente necessário para o efeito de evento insular – tem a força de uma moldura para uma pintura. Tem um poder moral indiscutível em manter a atenção concentrada e, claro, não deve ser confundido com uma mera unidade de lugar.<br />
Decidi, portanto, colocar o amante em um quarto – um quarto sagrado para ele por conta das memórias dela frequentando-o. O quarto é representado como ricamente mobiliado – isso em mero prosseguimento de ideias que já expliquei sobre o tema da beleza, como a única e verdadeira tese poética.<br />
Com o local sendo determinado, eu tinha agora de apresentar o pássaro – e o pensamento de introduzi-lo pela janela era inevitável. A ideia de fazer o amante supor, de primeiro momento, que o bater das asas do pássaro contra a veneziana, era uma "batida" na porta, me veio pelo desejo de aumentar, de prolongar, a curiosidade do leitor, e pelo desejo de admitir o efeito incidental que surge no amante abrindo a porta, encontrando o escuro, e daí adotando a baixa fantasia que era o espírito de sua senhora que batia.<br />
Deixei a noite tempestuosa, primeiro para explicar a procura do corvo [por um abrigo], e depois, para o efeito de contraste como a serenidade (física) dentro do quarto.<br />
Fiz o pássaro pousar no busto de Pallas, também pelo efeito do contraste entre o mármore e a plumagem – entendendo que o busto foi totalmente escolhido pelo pássaro. O busto de Pallas foi escolhido, primeiro, para manter em mente a intelectualidade do amante e depois, pela sonoridade da palavra, Pallas, em si.<br />
Lá pela metade do poema, também, aproveitei a força de contraste, com o intuito de aprofundar a impressão final Por exemplo, um ar de aproximação fantástica, quase ao ridículo como era admissível, é dado à entrada do corvo. Ele vem "com muito saracoteio e alvoroço."<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">Ela não fez nenhuma reverência, apenas entrou cheia de impaciência.<br />E com jeito de duque ou dama, pousou acima da porta, sem mais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"> </span>[original:<br />
Not the least obeisance made he - not a moment stopped or stayed he,<br />
But with mien of lord or lady, perched above my chamber door.]<br />
<br />
Nas duas estrofes a seguir, o desenho é mais obviamente executado:<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">Este pássaro ébano seduzia minha triste fantasia quando ria<br />Do severo decoro do semblante que eu usava, sem modos formais.<br />"Ainda que tenhais a crista rasgada," disse eu,"não temais vossa ação ousada.<br />Sinistramente assustador e antigo corvo, nesta orla noturna em que vagais<br />Qual o teu nobre nome, nesta noite plutoniana de que cais?"<br />Disse o corvo: "Nunca Mais."<br />Com esta ave ordinária surpreso por seu discurso soar tão coeso,<br />Ainda que, como resposta, pouco significava para os racionais,<br />Tenho que admitir, moroso, que homem algum já fora venturoso<br />De receber a visita de um passarinho que diz palavras, sejam quais,<br />Em um busto acima da porta, ou mesmo daquelas feras bestiais,<br />Com o nome "Nunca Mais."</span><br />
[original:<br />
Then this ebony bird, beguiling my sad fancy into smiling<br />
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,<br />
"Though thy crest be shorn and shaven, thou," I said, "art sure no craven,<br />
Ghastly grim and ancient Raven wandering from the Nightly shore<br />
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore?"<br />
Quoth the Raven "Nevermore."<br />
Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,<br />
Though its answer little meaning- little relevancy bore;<br />
For we cannot help agreeing that no living human being<br />
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door <br />
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,<br />
With such name as "Nevermore."]<br />
<br />
Com o efeito do desfecho sendo assim provido, deixo cair de imediato o fantástico pelo tom da mais profunda seriedade, começando o tom na estrofe imediatamente após a última, com o verso: Mas o corvo ali sentado no plácido busto, falou apenas... e assim por diante.<br />
A parir daí o amante não brinca mais, não vê mais nada de fantástico no comportamento do corvo. Ele fala dele como um "pássaro sombrio, ordinário, sinistro, esquelético e ameaçador de outrora," e sente os "olhos de fogo" queimando "no fundo do peito." Essa transformação do pensamento, ou fantasia, por parte do amante, destina-se a induzir algo similar no leitor – trazer a mente para um quadro apropriado para o desfecho – que é agora trazido tão rápido e diretamente quanto possível.<br />
Com o desfecho em si – com a resposta do corvo, "nunca mais", até a demanda final do amante se ele encontrará sua amada em outro mundo – o poema, em sua fase óbvia, e de uma narrativa simples, pode ter sua conclusão completa. Até aqui, tudo está dentro dos limites do real: um corvo, tendo aprendido mecanicamente a única palavra "nunca mais", e tendo escapado da custódia de seu dono, é conduzido à meia noite, pela violência de uma tempestade, a buscar refúgio em uma janela da qual uma luz ainda brilha, janela do quarto de um estudante, ocupado ora em se debruçar sobre algum livro, ora em sonhar com uma amada que morrera. O caixilho [da janela] se abre ao bater das asas do pássaro, que então se empoleira no assento mais conveniente, fora do alcance imediato do estudante, que se diverte pelo incidente e pela estranheza do comportamento da ave, e exige, em tom de brincadeira, e sem esperar resposta, o seu nome. O corvo, alvo da pergunta, responde com sua resposta costumeira, "Nunca mais" – uma palavra que encontra eco imediato no coração melancólico do estudante que, exprimindo em voz alta os pensamentos sugeridos pela ocasião, é outra vez surpreendido pela repetição da ave "Nunca Mais." O estudante agora vê o estado real da situação, mas é impulsionado, como já expliquei, pela sede humana de auto-tortura, e em parte por superstição, de propor tais perguntas à ave que trarão ao amante a maior parte do luxo da tristeza, através da respota antecipada, "Nunca Mais." Com a indulgência, ao extremo, desse auto-flagelo, a narrativa, no que chamei de primeira fase ou fase óbvia, tem um término natural, e até agora não houve nada além dos limites do real.<br />
Mas em temas manipulados dessa forma, por mais habilmente, usando uma série de incidentes vívidos, sempre há certa dureza ou nudez que repele os olhos artísticos. Duas coisas são invariavelmente necessárias: primeiro alguma complexidade ou, mais propriamente, adaptação; e, depois, alguma quantidade de sugestividade – uma certa sub-corrente, ainda que indefinida, de significado. É este último, em especial, que transmite a uma obra de arte tanto dessa riqueza (emprestar um termo eficaz do cotidiano), que gostamos muito de confundir com o ideal. É o excesso do significado sugerido – é transformá-lo na parte principal em vez de na sub-corrente do tema – que o torna prosa (a do tipo mais simples), a assim chamada poesia dos assim chamados transcendentalistas.<br />
Mantendo essas opiniões, acrescentei as duas estrofes finais do poema – sua sugestividade sendo assim permeada por toda a narrativa que as precedeu. A sub-corrente do significado é mostrada em primeiro lugar.<br />
<br />
Retira este bico que rasga meu coração, retira-te da minha porta e não volte jamais!"<br />
O corvo disse: "Nunca Mais."<br />
<br />
[original<br />
"Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!"<br />
Quoth the Raven<br />
"Nevermore!"]<br />
<br />
Observe que as palavras "do meu coração" envolvem a primeira expressão metafórica do poema. Tais palavras, com a resposta, "nunca mais", dispõem a mente a buscar uma moral em tudo o que foi previamente narrado. O leitor começa agora a considerar o corvo como simbólico – mas não é senão na última linha da última estrofe que a intenção de torná-lo um símbolo do lúgubre e da interminável lembrança pode ser distintamente vista:<br />
<br />
<span style="font-size: medium;">E o corvo, nunca mais voando, vai ficando e vai ficando,<br />No pálido busto de Pallas, me olha diferente dos outros animais<br />Parecem do demônio o seu olhar. Um demônio parado a sonhar.<br />À luz do candeeiro, sua sombra dança no chão, e ele imóvel nos umbrais.<br />É minha alma esta sombra que tremula por sofrer demais;<br />E não terá alívio "Nunca Mais."</span><br />
[original<br />
And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting,<br />
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;<br />
And his eyes have all the seeming of a demon that is dreaming,<br />
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;<br />
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor <br />
Shall be lifted-<br />
Nevermore.]<br />
<br />
Comentem aí o que acharam e sugiram mais artigos! O original usado nesta tradução pode ser encontrado <a href="http://xroads.virginia.edu/~HYPER/poe/composition.html">aqui</a>.<br />
<br />
<br /></div>
Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-41756040943911945542019-03-11T12:17:00.002-07:002019-05-10T08:43:50.172-07:00O Que é a Linguística?<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbo0vG9ngwT_mWs8qX8MHuVbhBqs221wyI4l6puEiL88JjAVP8YlpUe8D6Hzs-krHTcOC87VnXHebBKL0Wh1tpcxZcZe80b2-v8vBzvUKFRBTQwmq7YTZqmcHeBSGLlLDSyyFb4R4M8Pw/s1600/library-425730_960_720.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="960" height="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbo0vG9ngwT_mWs8qX8MHuVbhBqs221wyI4l6puEiL88JjAVP8YlpUe8D6Hzs-krHTcOC87VnXHebBKL0Wh1tpcxZcZe80b2-v8vBzvUKFRBTQwmq7YTZqmcHeBSGLlLDSyyFb4R4M8Pw/s640/library-425730_960_720.jpg" width="640" /></a></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> "Linguiça?! Vai fazer faculdade de linguiça?".... era assim que meus amigos me zoavam quando eu era mais jovem e dizia que eu iria estudar linguística, rsrsrsrs.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Relatei esse efêmero incidente da minha vida para vocês terem uma ideia do quão desconhecida é essa área de humanas, que nada mais é do que o estudo dos idiomas, como eles se formam a partir de línguas mais antigas, entre outras coisas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Basicamente, o linguista quer descobrir como funciona o processo de geração de um idioma. Como um povo trabalha para criar novos termos, quais palavras este povo abandona, quais palavras novas ele sente a necessidade de criar e baseado em quê se criam novas palavras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas a linguística não é o estudo de toda a forma de comunicação, se restringe à comunicação verbal. Quer dizer, apenas a comunicação realizada pela fala, em síntese, sinais idiomáticos que provém da boca e que são representados ou não por sinais gráficos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Assim, apesar da pintura ou da dança serem consideradas formas de expressão e, portanto, de comunicação, não são consideradas na linguística. Já a linguagem de sinais, por exemplo, pode ser entendida como a representação "gráfica" de uma língua falada (por exemplo, usa-se sinais para representar as letras do alfabeto). Assim, é assunto de debate se linguagem de sinais para surdos é objeto de estudo por parte da linguística.</span><br />
<span style="font-size: large;"> O estudo de todas as formas de comunicação, seja idiomática ou artística e até mesmo comunicação animal, é uma super-ciência chamada de Semiótica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Dentro do campo da linguística, como em outras ciências, há também todo um leque de áreas para se aprofundar. Eu explicarei a seguir as minhas áreas preferidas ok?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Filologia</b>. É o estudo da linguagem, tendo como objeto fontes históricas, principalmente escritas, tais como poesia, prosa, textos didáticos. É também importante para a área de literatura, que estuda a escrita sendo usada como arte. O filólogo precisa dominar as chamadas linguagens mortas, tais como o latim e o gótico, ou precisa compreender as versões antigas de idiomas atuais, como o Old English (Velho Inglês) ou o Grego Antigo. Aliada à chamada linguística sincrônica, a filologia é útil para analisar como os idiomas vão mudando ao longo do tempo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Etimologia</b>. Trata-se do estudo da origem das palavras. Como as palavras se formam, não raro provindo de palavras em outros idiomas, como o latim e o grego. O etimólogo não pode se basear exclusivamente na similaridade entre palavras de idiomas novos e antigos, mas devem usar a historiografia para encontrar relações entre culturas que falam idiomas diversos e assim confirmar relações entre esses idiomas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Etimologia baseada exclusivamente na similaridade fonética entre as palavras, ou seja, etimologia ruim, gera o que chamamos de pseudoetimologia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRSc3YHFHisyrk35m-TCRQn603qj5fe7sr3Mmq9U-YA4bK_3xgqk5OO1kI0zoY1hDOSkdN_j92RHg3UE5b3gCA2cswxrx9trsC9wXTcfHgqCrPXA91PdS-ZcAYwWNLjwd10NmndvfVvgs/s1600/man-80105_960_720.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="685" data-original-width="960" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRSc3YHFHisyrk35m-TCRQn603qj5fe7sr3Mmq9U-YA4bK_3xgqk5OO1kI0zoY1hDOSkdN_j92RHg3UE5b3gCA2cswxrx9trsC9wXTcfHgqCrPXA91PdS-ZcAYwWNLjwd10NmndvfVvgs/s640/man-80105_960_720.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A palavra árabe "mawlídon" era usada para se referir a pessoas mestiças. A etimologia sugere que seja esta a origem verdadeira da palavra "mulato."</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Por exemplo, dizer que a palavra "cesariana" remete ao imperador Júlio César, que teria sido pioneiro nessa prática (ou ao menos tido esta ideia para os médicos da época), sendo que, na verdade, é derivado da palavra francesa </span><span style="font-size: large;"><i>ciseaux </i>(tesoura). Ou dizer que a palavra "mulato" deriva de "mula," quando, na verdade, mulato deriva do árabe "mawlídon" (</span><span style="font-size: large;"><span dir="rtl" lang="ar"> </span></span><span style="font-size: large;"><span dir="rtl" lang="ar"><span dir="rtl" lang="ar">مولد"</span></span></span><span style="font-size: large;">" que significa "gerado"), usado no passado pelos árabes para se referir a uma pessoa mestiça; e que, por sua vez, deriva do persa "mulidina" ( "</span><span style="font-size: large;"><span dir="rtl" lang="ar" title="Arabic language text">مولدين</span>" que significa "criado", no sentido de "prole"). Nada a ver com "mula," do latim "mule" ou "animal híbrido." São exemplos de como é perigoso se deixar levar apenas pela similaridade das palavras; sem se aprofundar no estudo histórico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Já um grande êxito da etimologia foi a reconstrução especulativa do idioma ancestral humano, o proto-indo-europeu; conseguido por meio de etimologia comparativa entre idiomas antiquíssimos como o sânscrito e o persa; o proto-indo-europeu poderia ter sido falado na pré-história! Eu já escrevi um artigo sobre o proto-indo-europeu <a href="https://fernandovrech.blogspot.com/2018/07/palavras-pre-historicas.html">aqui</a>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Estilística</b>. De certo ponto de vista, seria o termo técnico que a linguística dá para a literatura. É aqui que estudamos como os idiomas são usados em diversos contextos e porque mudamos o estilo para se adequar a esses contextos. Assim, a estilística vai um pouco além de livros de ficção e poesia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Também é importante para a estilística, por exemplo, as diferenças de estilo idiomático entre uma carta e uma conversa. Afinal, quando estamos batendo aquele papo com nossos amigos, nós não terminamos nossas declarações com "Atenciosamente" e então recitamos nossos nomes. O porque dessa diferença é também objeto de estudo por parte da estilística.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Semântica</b>. É o estudo do significado das palavras. É aqui que estudamos os sinônimos, antônimos... aquele negócio de metáfora, hipérbole, etc. Também já escrevi um artigo mais específico <a href="https://fernandovrech.blogspot.com/2017/12/o-que-e-semantica.html">aqui</a>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Lexicologia</b>. É o estudo da coleção de palavras de um idioma e seus significados. Um dicionário é, basicamente, um puro compêndio na área de lexicologia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> É isso aí, galera. Eu desejo muito que o nosso país dê mais importância para essa ciência, uma vez que é difícil encontrar cursos superiores nesta área, havendo apenas o curso de "letras" que é menos específico e não ensina o bastante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-58912007922652754392019-03-07T15:54:00.002-08:002019-11-07T11:57:14.488-08:00Malta - A Ilha da Salvação<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9n2JWS8C29iunJA_BTTqcK1Lwx_WzA0UXK6EhMfLJZyNyVV4_2DRWCiVEOgKWEKfY53QY2AG6VYbE6eCHV89iCcWARcOMEfkLClY-wUEPcotf4Iymy4z_G3ASWlPxtS7pASfBqW8z5rw/s1600/lev_lagorio_art_painting_sky_clouds_bay_harbor_water-1248176.jpg%2521d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="777" data-original-width="1200" height="414" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9n2JWS8C29iunJA_BTTqcK1Lwx_WzA0UXK6EhMfLJZyNyVV4_2DRWCiVEOgKWEKfY53QY2AG6VYbE6eCHV89iCcWARcOMEfkLClY-wUEPcotf4Iymy4z_G3ASWlPxtS7pASfBqW8z5rw/s640/lev_lagorio_art_painting_sky_clouds_bay_harbor_water-1248176.jpg%2521d.jpg" width="640" /></a></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"> No mar mediterrâneo, coração da Grécia Antiga, pontilhado de ilhas famosas como Creta, Rodes, Cefalônia... viajava um atribulado navio carregando prisioneiros. Seu destino era a Itália mas os ventos se manifestaram contrários á viagem. O navio parou temporariamente em uma vila portuária chamada Kaloi Limenes, em uma região remota da ilha de Creta.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"> A situação era preocupante e o inverno estava chegando. Um dos prisioneiros, corajosamente questiona os navegadores: "<span class="v hl" id="v44-27-10-1">Homens, vejo que esta viagem vai resultar em grandes perdas, não só da carga e do navio, mas de nossas almas.” Mas com medo do inverno o capitão não deu ouvidos ao prisioneiro e navio zarpou mesmo com o clima imprevisível.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"> Em alto-mar, diante da percepção de uma mudança nos ventos, ouviu-se um tripulante gritar: "euraquilón", era como os romanos chamavam um temido vendaval que costuma soprar sobre o mediterrâneo; algo que chamaríamos hoje de "bomba climática". A força do vento obrigou os assustados marinheiros a deixarem-se levar pelo incontrolável vendaval.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"> Em situações desesperadoras como essas, os antigos navegadores costumavam jogar carga no mar; com o navio mais leve o vendaval os sacudia menos.</span><span class="v hl" id="v44-27-10-1"></span><br /><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"> "Por muitos dias, o sol e as estrelas não apareceram, e uma violenta tempestade se abatia sobre nós. Então, por fim começou a desaparecer toda a esperança de sermos salvos." - relata outro prisioneiro, que registrou a história.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"> Os tripulantes mal estavam se alimentando e aquele prisioneiro ousado expressou-se novamente: </span></span><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-21-1">“Homens, vocês deviam ter
aceitado o meu conselho e não ter partido de Creta. </span><span class="v" id="v44-27-22-1">Ainda assim, tenham coragem, pois nenhum de vocês morrerá, apenas o navio se perderá. Foi o que um anjo me disse ontem à noite em uma visão. No entanto, iremos naufragar em uma ilha."</span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-22-1"> Até mesmo o trigo que o navio levava fora jogado para diminuir o peso. </span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-22-1"> "</span></span></span><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-22-1"><span class="v" id="v44-27-39-1">Quando o dia amanheceu, não reconheceram aquela terra,<a class="b" data-bid="770-1" href="https://wol.jw.org/pt/wol/bc/r5/lp-t/1001070148/769"><span class="tt m"></span></a> mas viram uma baía com uma praia e decidiram que, se possível, encalhariam o navio ali." - continua a nos relatar o prisioneiro escritor.</span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-22-1"><span class="v" id="v44-27-39-1"> Por fim o navio, em alta velocidade, bateu em um banco de areia, próximo à praia. "</span></span></span></span><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-22-1"><span class="v" id="v44-27-39-1"><span class="v" id="v44-27-41-1">A proa se prendeu e ficou imóvel, mas a popa começou a ser despedaçada pelas ondas."</span></span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"><span class="v hl" id="v44-27-10-1"><span class="v" id="v44-27-20-1"><span class="v" id="v44-27-22-1"><span class="v" id="v44-27-39-1"><span class="v" id="v44-27-41-1"> Com o navio encalhado os soldados desembainharam suas espadas para matar os prisioneiros, que poderiam escapar nadando. Mas um dos oficiais, impressionado com as visões daquele prisioneiro falador, impediu os soldados. Todos nadaram então para esta ilha desconhecida.</span></span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"> "Os nativos da ilha nos mostraram extraordinária solidariedade. Acenderam uma fogueira e receberam bem a todos nós, pois estava chovendo e fazia frio." Aquele prisioneiro visionário estava acendendo uma fogueira quando uma víbora saiu da lenha e se enrolou na mão dele. Os nativos viram isso e pensaram: "O destino não permitirá que esse assassino sobrevivente deveras viva, a justiça divina enviou a víbora para matá-lo." Mas o prisioneiro simplesmente sacudiu a mão e a víbora caiu sem lhe fazer nenhum mal. </span></span><br />
<span style="color: blue;"><span style="font-size: large;"> Os nativos ficaram observando, esperando que o homem inchasse e caísse morto em questão de minutos, mas quando nada disso aconteceu eles começaram a acreditar que ele não era um assassino, mas um santo. Por isso, os nativos hospedaram os náufragos em sua vila até que um navio pudesse resgatá-los.</span></span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O conto acima pessoal, é uma releitura de uma história bíblica. O Prisioneiro que registrou a história é São Lucas e o prisioneiro ousado que previu a salvação da tripulação é ninguém menos do que São Paulo. É baseado nos capítulos 27 e 28 do livro bíblico de Atos, onde Lucas registrou, basicamente, o que se passou nessa história.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas e a ilha da salvação? Essa ilha se chama Malta e os malteses, que Lucas descreveu como sendo de "extraordinária solidariedade" ainda são conhecidos por sua hospitalidade até os dias de hoje.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitqP3FdAInRKipBwX4jzj-8zoj-8EsgQFulAfNQgJR-j1XB8mqkUSo0yF5K7gyEydg9wwZex6Wa35nO2KavDQ_AGVzD2pEhUi05cRppSG8amVlxAX92OUXIFavrR2KBGu01Zs98TIsfUs/s1600/malta-harbor-1492457005C7U.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitqP3FdAInRKipBwX4jzj-8zoj-8EsgQFulAfNQgJR-j1XB8mqkUSo0yF5K7gyEydg9wwZex6Wa35nO2KavDQ_AGVzD2pEhUi05cRppSG8amVlxAX92OUXIFavrR2KBGu01Zs98TIsfUs/s640/malta-harbor-1492457005C7U.jpg" width="640" /></a></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Em épocas pré-historicas, quando o nível da água era mais baixo, crê-se que Malta era um ponte natural que ligava a Itália à África.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Hoje em dia ela continua sendo uma espécie de "ponte" para relações amistosas entre a África e a Itália.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Esse movimento marítimo todo é o que a nação maltesa precisa para viver, já que até mesmo a água potável é limitada na ilha e precisa ser exportada. Sua pouca extensão de terra seca também faz com que Malta tenha que exportar cerca de 80% da comida que consome. Mesmo energia é comum ser um produto comprado por Malta. Atualmente, Malta pôde desenvolver-se tecnologicamente e comercialmente aproveitando sua posição estratégica que aproxima a ilha de vários países que integram pelo menos dois continentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas o melhor de Malta, e também uma importante atividade econômica, é acolher com extraordinária hospitalidade os inúmeros turistas que desembarcam em Malta em todas as épocas do ano, honrando a tradição de seus ancestrais, que acolheram São Paulo e aqueles náufragos, nos tempos remotos, hoje os malteses acolhem "náufragos" do mundo todo.</span></div>
<br />
<br />
<br />Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-20412459788377618652019-02-28T01:07:00.000-08:002019-03-01T04:41:23.350-08:00Guia da Insônia #24 Henry Rider Haggard<b><span style="color: #660000;"><b>Sir Henry Rider Haggard</b> (1856-1925)</span></b><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;">Estilo: Aventura; Ficção Histórica</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMZMS62z7V5xUn7A6aDXBmmmER7KHmt7Q_1Ne0Tz9NRn0k_fougngIge4LG7V23HdMt3N21xX1jU9dVaszKkFhNntTKVEHD_RqpYJCsg2WslT86FimVqsxbzSHAJl7Bac4sew2p957OAk/s1600/haggrd.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="344" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMZMS62z7V5xUn7A6aDXBmmmER7KHmt7Q_1Ne0Tz9NRn0k_fougngIge4LG7V23HdMt3N21xX1jU9dVaszKkFhNntTKVEHD_RqpYJCsg2WslT86FimVqsxbzSHAJl7Bac4sew2p957OAk/s400/haggrd.jpg" width="363" /></a></div>
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Sendo o único entre seus irmãos que não recebeu educação particular, o britânico Henry Rider Haggard levou um bom tempo para avançar na vida. Seu pai pôde ter decidido economizar na educação de Henry, talvez pensando que o filho mais novo não se tornaria grande coisa.</span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Ele não passou no exame de admissão para o exército, então ele foi enviado para um curso intensivo, em Londres, para prestar um exame de admissão no Ministério das Relações Exteriores Britânico; mas Haggard estava desinteressado; ele passou esse tempo em Londres entrando em contato com pessoas interessadas no estudo de fenômenos psíquicos.</span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Tendo também a admissão no Ministério Britânico falhado, seu pai o enviou para a região que atualmente é a África do Sul, para trabalhar em um posto não-remunerado como assistente do secretário do governador da colônia britânica de Natal. Foi nessa fase de sua vida que o escritor entrou em contato com culturas, costumes e lendas que lhe serviriam de inspiração posteriormente.</span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Depois de constituir uma família, já de volta na Inglaterra, Haggard e sua esposa viajaram pela África juntos, revelando que a aventura era mesmo a paixão do escritor. Embora Haggard tivesse tentado seguir carreira na área em que vivenciou durante sua juventude na África, a área das leis e da justiça, Haggard via a literatura como uma carreira mais promissora e dedicava muito de seu tempo livre elaborando romances de aventura.</span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Em 1885, por fim, Haggard publica seu mais famoso romance: As Minas do Rei Salomão. Se você, leitor, é um saudosista dos anos 80, certamente se lembrará do personagem Allan Quartermain, um primordial "Indiana Jones", que esquentou as telas das TVs abertas na época. Este personagem foi criado por Haggard, cem anos atrás; certamente, inspirado em exploradores que o escritor conheceu durante sua estadia na África, como </span></span><span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><span class="tlid-translation translation">Frederick Selous.</span></span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> O sucesso de As MInas do Rei Salomão garantiu a Haggard o sustento de forma independente. O caçula subestimado pelo pai até ganhou o título de Sir, em 1919, pela sua contribuição cultural.</span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"> Pouquíssimo de sua obra foi traduzida para o português. O que é uma pena.</span></span><br />
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><br /></span></span>
<span style="color: #660000;"><span style="color: black;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="color: #660000;">Sugestões de leitura </span></b></span><br />
(Obras em Domínio Público)</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYnHnE0lCtQ4gUtcxf5nOHS2vEQlDOHhQPuHcM92tBs6_evgu5AYoAQdmr_tVaz8KLKeM27YsF2dX8zuE3K9Io9lbk9FFnPMkeAwupJL0dG4z7kPpNanefGatpkPDokiil-5-kZWtsh7o/s1600/HRH01.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="217" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYnHnE0lCtQ4gUtcxf5nOHS2vEQlDOHhQPuHcM92tBs6_evgu5AYoAQdmr_tVaz8KLKeM27YsF2dX8zuE3K9Io9lbk9FFnPMkeAwupJL0dG4z7kPpNanefGatpkPDokiil-5-kZWtsh7o/s200/HRH01.jpg" width="138" /></a><b>Fair Margeret.</b> 1907. <i>Ficção histórica. </i>Um casamento arranjado para salvar a nobreza da família de um comerciante, na época de Henrique VII, é frustrado quando a noiva é sequestrada.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7RI7Td5q4Ylzt4ApZM3_aXsyxKUqiUhwpq77kmZiPw4KHroG1oDhrCeKJSlGWRtt6zdyAkdjxJ7MvqDya0rrjgwDfUV8mmuuoEOOjTxTdN6EmhWHOOZXRT0Q1NMgfTdl6KxNny_vnneA/s1600/HRH02.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="269" data-original-width="217" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7RI7Td5q4Ylzt4ApZM3_aXsyxKUqiUhwpq77kmZiPw4KHroG1oDhrCeKJSlGWRtt6zdyAkdjxJ7MvqDya0rrjgwDfUV8mmuuoEOOjTxTdN6EmhWHOOZXRT0Q1NMgfTdl6KxNny_vnneA/s200/HRH02.jpg" style="cursor: move;" width="161" /></a><b>The Way of Sprit. (O Caminho do Espírito). </b>1906. <i>Aventura, Drama.</i><b> </b>Um homem é capturado por inimigos e
severamente mutilado mas sobrevive. Posteriormente é rejeitado pela sua
esposa que, devido ao casamento ser arranjado, já não a amava nem
inteiro. As circunstâncias levam o protagonista a vagar pelo deserto e
encontrar seu antigo amor, um amor verdadeiro; mas ele mantém esse amor
platônico por questão de consciência uma vez que estava casado com a
mulher que o rejeitara.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEp8SsnoXsPS5Q4es-1chTAwFTazZtfD4ZM3rW4P-vy19RFH3kmbyYN3oxKRYIIJJgvRfTpRCFqG0bIffCQ4PXwKHxTS6MKAKMu95mG8L_A0Kk_KWG4ooNongXrLNp-RvdBxwacictRvQ/s1600/HRH03.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="269" data-original-width="217" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEp8SsnoXsPS5Q4es-1chTAwFTazZtfD4ZM3rW4P-vy19RFH3kmbyYN3oxKRYIIJJgvRfTpRCFqG0bIffCQ4PXwKHxTS6MKAKMu95mG8L_A0Kk_KWG4ooNongXrLNp-RvdBxwacictRvQ/s200/HRH03.jpg" width="161" /></a><b>The Wizard (O Mago)</b>. 1896. <i>Aventura</i>. Um missionário tentando catequizar indígenas africanos é coagido a provar que seu Deus é verdadeiro por meio da realização de um milagre, caso contrário será morto<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic1oFsOqNTRLjnxpqd0_ebwiLfA6cZ2i7LBdH69KKZNJjk60LLLwl3a401yTrmizWIoubg7WuLwMgAhthCaPDk3HJpegbTdK4wM7mys0IgfHHH8Q_YXs_dBjl1bkZdZvLKO2cEBz6gyCc/s1600/HRH04.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="301" data-original-width="217" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic1oFsOqNTRLjnxpqd0_ebwiLfA6cZ2i7LBdH69KKZNJjk60LLLwl3a401yTrmizWIoubg7WuLwMgAhthCaPDk3HJpegbTdK4wM7mys0IgfHHH8Q_YXs_dBjl1bkZdZvLKO2cEBz6gyCc/s200/HRH04.jpg" width="144" /></a><b>Heart of the World (Coração do Mundo).</b> 1895. <i>Aventura</i>. Um derrotado príncipe maia e seu amigo europeu buscam a outra metade de uma joia que teria o poder de reerguer novamente o império Maia.<br />
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<b>Cleópatra</b>. 1889.<i> Ficção Histórica. </i>Um feiticeiro egípcio que crê ser o herdeiro egípcio ao trono trama para derrotar a rainha romana que rege o conquistado Egito, ninguém menos que Cleópatra.<br />
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<b> Romances de Allan Quatermain e Ayesha. </b>Estes dois personagens populares de Haggard, além de se passarem em universos literários muito detalhados, foram unidos em um mesmo universo literário quando Haggard publicou She and Allan (Ela e Allan).</div>
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Já Quartermain nos é apresentado no seu livro mais famoso as<b> King Solomon's Mines (As Minas do Rei Salomão)</b>, 1885, em que Quartemain é contratado para procurar uma pessoa que se perdeu buscando as famosas minas. Posteriormente, Haggard lança um novo livro protagonizado por <b>Allan Quartmain</b> homônimo.<br />
Há cerca de 15 romances protagonizados por Allan Quartermain, como por exemplo: <b>The Holy Flower (A Flor Sagrada)</b> 1915, em que o aventureiro busca por uma rara flor gigante; <b>The Ivory Child (A Criança de Marfim), </b>1916, onde ele se envolve em uma épica batalha civil de uma civilização desconhecida, <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj616Mgc-UttvJ0xPH8w9xToRTC5siF2KKo4jCdOGG_zII6uuB7C89jwwbwNsWNIxLdWZ8Y1UeEE43smzpOPpgWWpYhdRAuZnVeTCP01TTY26ZG6OhKQ0ix8AYSNs-I59YgYqnz9iD4D9M/s1600/HRH13.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="291" data-original-width="216" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj616Mgc-UttvJ0xPH8w9xToRTC5siF2KKo4jCdOGG_zII6uuB7C89jwwbwNsWNIxLdWZ8Y1UeEE43smzpOPpgWWpYhdRAuZnVeTCP01TTY26ZG6OhKQ0ix8AYSNs-I59YgYqnz9iD4D9M/s200/HRH13.jpg" width="148" /></a>um deus-elefante, tempestade de areia e tudo o mais que uma aventura de Quartemain tem direito.<br />
Alguns desses romances são visões que Allan tem sob a influência de uma erva psicoativa chamada Taduki. Essas visões seriam, alegadamente, visões de vidas passadas. Em <b>The Ancient Allan (O Antigo Allan)</b>, 1920, o personagem se vê como o guerreiro Shabaka e retorna à época em que os egípcios foram<b> </b>conquistados pelos persas. Em<b> Allan and the Ice-gods (Allan e os Deuses-Gelo),</b> ele desperta como o bárbaro Wi, um governante de um assentamento pré-histórico, em meios a mamutes, auroque e smilodontes. <br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFm5PkOfZPVx72gK95dmzSckORAnaRTXpvQIBhLLkJqYmBMrPRowfgEak2vqTMyN95z8nEwhtbNIb7IwSVbfr33a-2V5xZn6zOhu5TlW6kWxurKMFwG4cZxyntelK5aFCu-9mBJOFjJtM/s1600/HRH14.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="325" data-original-width="216" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFm5PkOfZPVx72gK95dmzSckORAnaRTXpvQIBhLLkJqYmBMrPRowfgEak2vqTMyN95z8nEwhtbNIb7IwSVbfr33a-2V5xZn6zOhu5TlW6kWxurKMFwG4cZxyntelK5aFCu-9mBJOFjJtM/s200/HRH14.jpg" width="132" /></a> A chamada trilogia Zulu, Allan Quartemain protagoniza histórias com pouquíssima ou nenhuma fantasia, envolvendo a guerra anglo-zulu de 1879. (<b>Marie, Child of Storm e Finished</b>)<br />
Ayesha e Quartermain tiveram um crossover em <b>She and Allan (Ela e Allan)</b>, onde o aventureiro viaja em busca da lendária rainha com o intuito de saber se sua falecida família está bem onde quer que ela esteja.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv608x3SHcHDlX1heV6_FBmnQA2y_Cy3hpOa_D5xfWWVObJUb4X2ViNkCTvFiVfFc3L9VpfoI06w17Cy0HFmFpAbFhIXdBtQF0LcKGDfGexEmH5SSZHFRHtYfqloEt_qSZrflHgptZYwc/s1600/HRH1518.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="791" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv608x3SHcHDlX1heV6_FBmnQA2y_Cy3hpOa_D5xfWWVObJUb4X2ViNkCTvFiVfFc3L9VpfoI06w17Cy0HFmFpAbFhIXdBtQF0LcKGDfGexEmH5SSZHFRHtYfqloEt_qSZrflHgptZYwc/s640/HRH1518.jpg" width="640" /></a></div>
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É isso galera, este é mais um especial Guia da Insônia, como eu já fiz com o H.G. Wells e Júlio Verne, coloquei uma lista bem grande de livros de H Rider Hoggard.<br />
Conforme eu vou estudando mais o trabalho deste escritor, quem sabe rola também o lançamento de uma tradução de algum trabalho notável dele futuramente?<br />
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Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1632505806175961194.post-84248117967614115992019-02-17T11:12:00.001-08:002019-02-17T11:29:52.188-08:00O que Diabos é um Zumbi?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLdXmGZcRAbxEPsRZVWXMD8nMdAaoRrYcBlTvQaAywMzMyanvA77Q4rsNneEB07B98-TbDm2k27W0iTCTcn1xVsIJKnxNV0chFFiVi0FO0Q5arjfH5YgsSRBtbPJ_hg9rd0oHKyJxB26w/s1600/4569394962_3d613fac85_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="785" data-original-width="1024" height="490" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLdXmGZcRAbxEPsRZVWXMD8nMdAaoRrYcBlTvQaAywMzMyanvA77Q4rsNneEB07B98-TbDm2k27W0iTCTcn1xVsIJKnxNV0chFFiVi0FO0Q5arjfH5YgsSRBtbPJ_hg9rd0oHKyJxB26w/s640/4569394962_3d613fac85_b.jpg" width="640" /></a></div>
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<span style="font-size: large;"> Galera, inspirado em <a href="http://fernandovrech.wixsite.com/siteoficial/ficcao-cientifica" target="_blank">um artigo no meu site</a>, sobre as teorias da ficção científica, eu tive a ideia de explicar também as teorias do gênero terror. Vamos começar com os nossos queridos zumbis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um zumbi é um cadáver que resguarda ainda um instinto de vida dentro de si; quase sempre adotando uma dieta peculiar - carne humana. Aparentemente, não possui ego, não é mais uma pessoa, apenas um resquício de subconsciência parece funcionar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Embora um tiro na cabeça seja normalmente o melhor remédio para um zumbi, não apenas seu cérebro está sub-ativo, como se costuma pensar. Seus músculos funcionam o bastante para que o zumbi rasteje o que sugere também que o coração do zumbi ainda bata precariamente, mas o bastante para irrigar seus músculos e seu cérebro e manter alguns sentidos alertas (não raro apurando o olfato).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Mas de onde tiraram esse termo "zumbi"? E se tiraram de algum lugar, qual fundo de verdade jaz sobre esta história?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Acreditem se quiser, mas os zumbis da vida real existem de verdade, e guardam tantas semelhanças com o zumbi do terror que podemos dizer que não é um fundo de verdade... mas verdade mesmo!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> De fato, feiticeiros vuduístas do Haiti conseguiram desenvolver um método para se criar um morto-vivo real. Continuem a leitura e conheçam como são os verdadeiros zumbis...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
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<b><span style="font-size: large;">O Zumbi do Vuduísmo</span></b></div>
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<span style="font-size: large;"> E um dia de névoa matinal do Caribe, enquanto uma família rural tenta a vida roçando sua pequena fazenda, um corpo vacilante aparece rastejando no meio da poeirenta estrada que agrega o sítio. O ano é 1936, próximo a Port-au-Prince, Haiti.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Ao se aproximarem intrigados, a família descobre que é uma mulher - cega, muda e aparentemente surda, quando perguntaram a ela se poderiam ajudá-la. Embora dócil, a mulher não respondia e sequer seu rosto, como que amortecido, emitia qualquer expressão facial. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNxsUG_BY6PrqwtVUroFtJmLoYcEdn5zjujCWUHf2V1yqrl_jsEnl1SckGZFb6QzQlwotD_pH9woBhR0LhRoBcdrmM0Apnvi8PG-oTV1DnU3ZaMzRDrnRMQarXMTjjjoRoTZz8K3FUy_Q/s1600/Fel%25C3%25ADcia+felix.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="581" data-original-width="445" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNxsUG_BY6PrqwtVUroFtJmLoYcEdn5zjujCWUHf2V1yqrl_jsEnl1SckGZFb6QzQlwotD_pH9woBhR0LhRoBcdrmM0Apnvi8PG-oTV1DnU3ZaMzRDrnRMQarXMTjjjoRoTZz8K3FUy_Q/s640/Fel%25C3%25ADcia+felix.jpg" width="489" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Felícia Félix-Mentor, um zumbi real. Foto por Zora Neale Hurston</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Um dos empregados a reconhece, mas fica estarrecido. Ele se lembra de que ela teria morrido a não menos que 29 anos atrás, em 1907. A mulher se chamava Felícia Felix-Mentor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Conforme ela foi sendo levada ao hospital, as pessoas notaram que Felícia, embora cega, surda e muda, movia a cabeça de forma bizarra, como uma ave, para um lado e para o outro, em movimentos repentinos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Após ser examinada em um hospital próximo, a enfermeira teve dúvidas de qual doença ela deveria registrar no prontuário. O médico, embora pasmado, sabia exatamente o nome da doença da mulher... pediu para enfermeira registrar "Zumbi."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> No folclore haitiano existe a forte crença de que um feiticeiro pode trazer mortos de volta para usá-los como escravos, que chamam de nzumbi ("cadáver" no idioma Quimbando). Ainda hoje, no Haiti, mesmo famílias pobres investem um bom dinheiro em grades para os proteger os túmulos de seus parentes, com o medo deles serem exumados e reanimados por um feiticeiro. Há famílias que mantém vigílias nas proximidades do túmulo, portando espingardas, atentos para o movimento de qualquer feiticeiro ladrão de corpos, ou <i>bokor</i>, como são chamados na ilha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Para a antropóloga e folclorista Zora Neale Hurston isso não passava de crendice, até ela investigar o caso de ninguém menos que Felícia Felix-Mentor. De fato, foi ela mesma quem fotografou Felícia; podendo examinar o caso em primeira mão. Após apurar os fatos dispostos em sua frente, ela passou realmente a acreditar que corpos estavam sendo reanimados, de alguma forma, no Haiti. Segundo ela:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> <i>"A visão foi terrível. Aquele rosto imóvel, com os olhos mortos. As
pálpebras eram brancas em torno dos olhos, como se tivessem sido
queimadas com ácido. Não existia nada que você pudesse dizer a ela ou
retirar, exceto olhar para ela, e a visão de sua ruína era demais para
suportar por muito tempo."</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Outro caso intrigante de zumbificação ocorreu com Clairvius Narcisse. Ele conta... sim ele conta!... que fora hospitalizado, em 1962, com fortes dores na cabeça, até o médico decretar seu óbito horas depois. Mas o homem relata que não havia morrido! Ele se lembra do choro de sua irmã ao descobrir a sua "morte", se lembra de colocarem um lençol em sua cabeça... e tem lembranças terríveis de ter acordado momentaneamente já dentro caixão! Após isso Clairvius Narcisse tem vagas lembranças de ter trabalhado em uma plantação de cana, junto com outros trabalhadores zumbis. Ele acredita que essa "morte" foi encomendada pelo seu próprio irmão, de olho em sua pequena propriedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Ele clama que um sacerdote o exumou de seu caixão e o reanimou da falsa morte, levando-o para trabalhar para ele nesta plantação. Mas o sacerdote morreu e a plantação, distante da civilização, ficou por um tempo cheia de zumbis vagueando sem objetivo, até que ele foi recuperando a consciência, lentamente, com o tempo, e decidiu fugir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O homem ficou muito tempo vagando até que se lembrou da sua terra natal e lá foi reconhecido por sua irmã Narcissea, em um encontro emocionante. Ao se localizar no tempo percebeu que o ano era 1982, e que ele ficou pelo menos 16 anos trabalhando como escravo em um estado de morto-vivo.</span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: large;"> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvWycIMW2wZtHug6gc4on_yUNcyBiVT91yoyzmM9BnRxDgig8z2L3iwCiqL3g04s2e1IiYpdiUSfWi76KnJhABVissbloY6ltRosDkckLIvjgK4J5LckTXCgDifeBD5d_8Qii8hKWs1vQ/s1600/Nacrisse.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="662" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvWycIMW2wZtHug6gc4on_yUNcyBiVT91yoyzmM9BnRxDgig8z2L3iwCiqL3g04s2e1IiYpdiUSfWi76KnJhABVissbloY6ltRosDkckLIvjgK4J5LckTXCgDifeBD5d_8Qii8hKWs1vQ/s640/Nacrisse.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Se você duvidar dele, Narcisse te leva até o seu túmulo e mostra o nome dele na lápide.</td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O antropólogo Wade Davis, passou anos investigando casos de zumbificação, dando atenção especial ao caso de Clairvius Narcisse. Ele descobriu algumas plantas e toxinas, usadas em rituais de reanimação: uma dessas substância é tetradoxina, veneno retirado do Baiacu (aliás, em um restaurante oriental, tome muito cuidado se você pedir um prato chamado Fugu), este veneno é capaz de causar um estado de letargia muito próxima da morte, que médicos de regiões precárias não saberiam diferenciar de uma morte real. Após o enterro do falso cadáver (por que não dizer morto-vivo) o feiticeiro o reanimaria deste estado cataléptico usando uma planta misteriosa chamada "Pepino do Zumbi", algo como o éter, usado para reanimar pessoas inconscientes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> O estado de zumbificação é explicado como sendo a falta de oxigenação no cérebro; que tira da vítimas diversas funções de autoconsciência, tornado-a sugestionável a trabalhos simples. Nesse ínterim, o feiticeiro acredita estar possuindo a alma da vítima; algum feiticeiros carregarão um pequeno pote onde acreditam que aprisionaram a alma. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Embora um zumbi suporte viver apenas alguns meses neste estado, informações dadas por Narcisse revelam que uma poção administrada regularmente mantém o zumbi por muito mais tempo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Outras pessoas crêem que esses zumbis são simplesmente pessoas mantidas drogadas para serem usadas como escravas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">E aquele negócio de vírus?</span></b></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-size: large;"> Mas os zumbis mais pops do momento são, certamente, os zumbis da ficção científica: um vírus que reduz as pessoas ao seu instinto animal, e canibal; enquanto seus corpos vão se decompondo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> É, embora tenha aquela história de que o pentágono já tem até um plano de contingência para o caso de uma infestação zumbi, nenhum vírus é capaz disso. Mas há um vírus que guarda muitas características do vírus zumbi. É um vírus conhecido, que subestimamos, e seu perigo potencial passamos despercebido - estou falando do Lyssavírus, o vírus da raiva.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Pensa bem, o vírus se espalha por meio da saliva infectada em contato com a corrente sanguínea. Que melhor estratégia um vírus assim poderia ter senão provocar agressividade no infectado para que ele morda outras pessoas? Isso me lembra um tal de vírus zumbi...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> Se alguma organização funesta um dia resolver criar um vírus zumbi, o caminho óbvio seria uma mutação para potencializar o vírus da raiva. Bom, é melhor eu não dar ideia, não é? Vou parando por aqui então...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Fernando Vrechhttp://www.blogger.com/profile/09152912780206206482noreply@blogger.com0